Decidir onde se hospedar quando se conhece uma nova cidade é um ponto importante do planejamento de viagem. Isso porque, dependendo de onde você estiver e do que pretende fazer/conhecer na cidade, os seus dias por ali já começam e terminam de maneira diferente, e isso precisa ser levado em conta em um planejamento. Bom, e no caso da cidade da moda, o desafio não é diferente. Por isso se você quer saber onde se hospedar em Milão, vem comigo.
Antes de falarmos propriamente do assunto, preciso pontuar algumas coisinhas para quem nunca esteve na cidade. Milão é uma cidade grande para os padrões italianos, mas é também uma cidade de porte médio a pequeno, para os padrões brasileiros. O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que muita coisa você vai acabar fazendo a pé quando estiver por aqui porque, para os padrões brasileiros, tudo fica “perto” – mas se prepare para andar bastante por causa dessa desculpa que são só 15 minutos a pé hahaha.
Isso não quer dizer que você pode pegar um hotel ou Airbnb em qualquer lugar da cidade. Aliás, poder, você pode né? Mas se você procurar com antecedência e carinho, talvez seja muito mais confortável escolher algumas regiões da cidade que tornarão a sua visita muito mais bacana. Além disso, você pode também filtrar pelas suas preferências e comodidades preferidas – alô banheiro privativo – tornando sua experiência e viagem muito mais agradável.
Booking.comTá sem tempo, irmão, e não quer ler tudo? Te dou uma colher de chá e/ou um spoiler. Na minha opinião, você pode começar a sua busca por onde se hospedar em Milão na região de Porta Garibaldi (pode pular diretamente para o tópico aqui embaixo no menu). De nada!
Região do Duomo de Milão
Se hospedar em Milão na região do Duomo é uma boa ideia principalmente para quem quer evitar grandes deslocamentos. No entanto, esteja preparado para preços um pouco mais elevados – ou muito mais elevados` dependendo da época e das estrelas do seu hotel. Claro que ficar por ali é bem confortável e, provavelmente, você não precisará se deslocar com o metrô ou os meios de transporte público para conhecer os principais pontos turísticos da cidade.
Por outro lado, leve em consideração que fica um pouco mais afastado das principais rotas de quem vêm dos aeroportos e, dependendo do dia, você terá que enfrentar uma multidão que lota a Praça do Duomo enquanto percorre as ruas do centro com suas malas.
Como todas as outras regiões da cidade, existem então seus prós e contras. Todos eles a serem levados em consideração se você optar por estar pertinho do principal monumento da cidade: o Duomo de Milão.
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Região de Cadorna e Corso Magenta
Bom, entendo por Centro Histórico, também, a região do Duomo, claro, porque “centro histórico” é genérico e quer dizer muita coisa. A verdade é que o centro de Milão é relativamente grande, então se você conseguir se hospedar em uma região que fica a uns 20 minutos a pé do Duomo, já será de grande ajuda. Você pode procurar, por exemplo, alguma coisa na área da Corso Magenta.
A Corso Magenta é a rua onde está localizada a igreja Santa Maria della Grazie. É no refeitório dessa igreja que Leonardo da Vinci pintou a Santa Ceia (que nós já visitamos, clique aqui para ler). A região é muito bem localizada, já que uma das estações de metrô que existem por ali é a Cadorna, que tem não o trem – que liga com o aeroporto de Malpensa – como também é abastecida por duas linhas de metrô, a linha vermelha (ligação com a região central do Duomo) e a linha verde (ligação com a Estação Centrale).
Cadorna também está do lado do Castelo Sforzesco, um dos pontos turísticos importantes da cidade. Ou seja, é bem localizada e, dependendo e se quiser, você não precisará nem mesmo pegar o metrô para circular pelo centro da cidade.
Além disso, são vários os restaurantes à disposição de todos os bolsos por ali. É também uma região que tem um bom fluxo de pessoas o dia inteiro, já que muitos escritórios – onde eu trabalho inclusive – estão localizados ali.
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Região do Parco Sempione
Essa é uma das minhas regiões preferidas na cidade. Se você encontrar uma opção de hospedagem perto da região da Corso Como, na minha opinião, você estará muito bem localizado o suficiente para usar o tram ou o metrô lilás – dependendo da altura da Corso Sempione – e ainda assim estará longe da bagunça. Aliás, falando nela, quanto mais perto estiver do Arco della Pace, mais bem localizado – e mais perto da agitação. Então leve tudo isso em consideração e dê uma boa procurada por ali que talvez você ache boas opções – principalmente nas zonas mais residenciais.
Região de Brera
Brera é uma das regiões mais visitadas pelos turistas aqui em Milão – depois do Duomo, claro. Se hospedar na região, então, deixará você muito bem localizado já que estará a poucos passos da Pinacoteca de Brera, do Castello Sforzesco, do Parco Sempione e também do centro histórico. A desvantagem é que não há muitas opções de hospedagem por ali, mas se andar um pouquinho mais, chegará em uma região que, ali sim, é repleta de opções e sobre a qual eu falo no nosso próximo tópico.
O bairro de Brera é um bairro que eu pessoalmente gosto muito. É super charmoso, meio boêmio, e tem seus restaurantes, bares, galerias de artes e algumas lojas vintage espalhadas pelas suas ruas estreitas de paralelepípedos. Mesmo que você não se hospede por ali, vale dar uma passada e conhecê-lo.
Região de Porta Garibaldi
A zona de Porta Garibaldi, e também de Porta Nuova, é uma das que mais oferecem opções de hospedagem em Milão. Assim como mencionei a estação de Cadorna ali em cima, Porta Garibaldi também possui uma estação de trem tão movimentada quanto a Estação Central. Se hospedando ali então, além de ter a opção de ir para o aeroporto de Malpensa, você também terá a disposição duas linhas de metrô (a Lilás e a Verde) e poderá fazer muita coisa a pé. É também em Porta Garilbadi que está a Piazza Gae Aulenti e o Bosco Verticale, pontos turísticos que muita gente gosta de conhecer – e que fazem um contraponto com a parte mais antiga da cidade.
Outra vantagem que eu acrescentaria aqui é que a localização é privilegiada também pela proximidade com o bairro Isola, que é repleto de barzinhos e restaurantes para você aproveitar a noite, quando quiser fugir da muvuca do Navigli e/ou do centro da cidade. Não que Isola não seja muvuca, mas é menos muvuca e mais frequentado pelos locais hahahah.
Ou você pode ficar na própria região de Porta Garilbadi. Pois ali também existem inúmeras opções de restaurantes, é próxima da região da Chinatown de Milão, e é bem movimentada – principalmente perto do metrô Moscova. Além disso, é também nessa região que está localizado o Eataly caso você goste da rede e queira conhecer, compra algo ali, ou mesmo aproveitar um dos seus restaurantes.
Região do Navigli
A famosa região dos canais de Milão é legal para se hospedar porque além do Navigli ser um bom ponto turístico, está cheia de restaurantes, barzinhos e muita agitação. Note o agitação aqui citado, é uma região bem boêmia e os jovens – turistas ou locais – vão para lá principalmente no fim de tarde e aos finais de semana. Isso significa que, se você quer paz, talvez não seja a sua melhor escolha.
Assim como a região de Porta Garibaldi, o Navigli também tem muitas opções de hospedagem. A vantagem é que é perto do centro e é relativamente perto de uma das estações da linha verde – note o relativamente perto, significa que não é pertíssimo e que provavelmente você vai acabar usando mais o tram para entrar e sair de lá do que o metrô propriamente dito.
No meio do caminho entre a região do Duomo e do Navigli, também tem a região da Porta Ticinese. Ali sim me parece ser uma boa opção à quem quer frequentar os restaurantes e bares do Navigli, sem ficar exatamente no meio do fervo. Você pode considerar essa parte da cidade também, se quiser.
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Região da Stazione Centrale
A Estação Central de Milão é uma das grandes pegadinhas da cidade. Explico: a estação central não fica no centro da cidade. Hahahaha, pois é. Então se você está chegando de trem por ali, ou pegou um dos ônibus que saem dos aeroportos e chegou à Stazione Centrale, saiba que muito provavelmente você vai precisar pegar algum metrô (por ali passam as linhas amarela e verde) para se deslocar até o centro.
Dito isso, também é importante dizer que não é recomendável sair vagando por ali sem rumo em determinadas horas do dia. A região da estação central, infelizmente, se tornou um pouco perigosa nos últimos anos, segundo os milaneses. Eles contam que a segurança da cidade piorou, principalmente após o COVID (eu cheguei depois dessa época, então não posso opinar).
Então, apesar de a Estação Central reunir as melhores ofertas de hoteis e hostels – eu sei que ali é muito mais barato – se você puder, tente optar por outra região da cidade. Principalmente por questões de segurança e também porque, como disse no início do texto aqui, é um pouquinho mais longe do que outras partes da cidade. Se não der pelos preços, procure os hoteis e hospedagens que são mais “perto” da zona Loreto, Porta Venezia e República. Essas regiões são sempre cheias porque têm um comércio bem ativo e é frequentada pelos milaneses para compras e restaurantes.
Por outro lado – e sim, trarei os prós também – podemos lembrar que além da principal estação de trem de Milão ser ali – ou seja trens de todos os lugares do país e também de outros países chegam nessa estação – é também muito favorável o fato da estação ser ligada com duas linhas de metrô e também com os ônibus que vem e vão para os principais aeroportos internacionais da cidade (Bergamo e Malpensa). Isso pode significar que você não vai precisar pensar em grandes deslocamentos com mala, principalmente se estiver vindo com malas grandes.
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Saber onde se hospedar em uma cidade é um dos principais pontos de um roteiro de viagens completo, né? Se você está em uma eurotrip e pretende visitar também a capital da Alemanha, o blog Viaja que Passa fez um guia completo de onde se hospedar em Berlim. Vai lá ler!
Esse post faz parte do grupo de blogagem coletiva Viagens por Escrito. E para conferir todos os posts aqui do Voyajando que já escrevemos para o Viagens por Escrito, clica aqui!
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