Bastou um Google sobre a Croácia para começarem a aparecer as primeiras imagens dos Lagos Plitvice. E daí para a nossa vontade de visitar esse parque nacional maravilhoso localizado a cerca de 130 quilômetros de Zagreb, não faltou praticamente nada. A decisão foi instantânea. E se você tem ainda alguma dúvida, veja abaixo o que fazer e como visitar os Lagos Plitvice na Croácia.
Antes de tudo, veja as fotos desse post para entender se você não faria o mesmo que nós. Os Lagos Plitvice entraram no nosso roteiro pelo país croata no mesmo momento em que lemos sobre ele e vimos as fotos. Aliás, muita gente decide visitar a Croácia somente por ver imagens do local, de tão lindas que são. E o melhor: é possível visitar o parque o ano todo e a cada estação, você encontra uma paisagem completamente diferente.
Então chega de enrolação e vamos entender abaixo porquê você deveria inserir esse paraíso natural no seu roteiro pela Croácia.
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Visitamos a Croácia em outubro de 2020.
Informações dos Lagos Plitvice
Na verdade verdadeira, as fotos não fazem jus à paisagem natural que encontramos por lá. São lagos, cachoeiras, vegetação, formações rochosas e muito mais, às vezes até intocados. O parque de lagos, que já é gigante, compõe apenas 1% dos quase 300 quilômetros quadrados da área total do parque.
Impressionante né? Segundo informações do próprio local (acesse o site aqui), é o maior e mais antigo parque nacional da Croácia, situado na região montanhosa entre a cordilheira Mala Kapela no oeste e noroeste, e a cordilheira Lička Plješivica no sudeste.
Coberto por vegetação florestal, o local sempre atraiu visitantes, mas só em abril de 1949, foi declarado como o primeiro parque nacional da Croácia. E, em 1979, a UNESCO incluiu o lugar na sua Lista de Patrimônios Mundiais.
O famoso sistema de lagos é composto por 16 lagos nomeados e vários outros lagos menores não nomeados. A água passa de um para outro em cascatas e, devido às condições “hidrogeológicas características”, o parque foi dividido em lagos superiores e lagos inferiores:
Os lagos superiores são (sem me pedir pela pronúncia, tá? Rs) – Prošćansko jezero, Ciginovac, Okrugljak, Batinovac, Veliko jezero, Malo jezero, Vir, Galovac, Milino jezero, Gradinsko jezero, Burgeti e Kozjak. “Esses lagos foram formados em rocha dolomítica impermeável e são maiores, com margens mais recortadas e mais suaves do que os lagos inferiores. Os Lagos Inferiores, consistindo nos lagos Milanovac, Gavanovac, Kaluđerovac e Novakovića Brod, foram formados em substrato de calcário permeável, cortado em um desfiladeiro profundo com penhascos íngremes. Os lagos terminam nas impressionantes cachoeiras Sastavci”, dizem as informações oficiais traduzidas.
Preço para visitar os Lagos Plitvice
O preço para visitar o Plitvice Lake muda de acordo com a época do ano. Pesquisamos os preços em setembro, quando estávamos planejando essa viagem, e estava em cerca de 160 a 180 kunas. Foi só virar o mês para outubro, que começou uma promoção que a entrada no parque por um dia ficou em 90 kunas por pessoa. Que sorte né?
Além disso, há também a opção de visitar o parque por dois dias, e essa opção estava em 180 kunas por pessoa em outubro de 2020.
Como chegar
Fomos para os Lagos Plitvice de carro, saindo de Zagreb levamos pouco mais de uma hora e meia de estrada boa e pedagiada (pagamos 19 kunas o pedágio). Pelo que pesquisamos, é possível também chegar ao parque de ônibus, saindo de Zagreb ou Zadar.
O parque tem duas entradas, a 1 e a 2, com estacionamento (pagamos em outubro de 2020, cerca de 8 kunas a hora). Como íamos nos hospedar mais perto da entrada 2, fomos direto para ela. Mas grande parte das excursões param na entrada 1. Acredito que não mude muita coisa, mas na entrada 2 você para do outro lado da pista, atravessa uma ponte e faz uma caminhadinha até a bilheteria do parque. De lá, eles levam você de ônibus para o início da trilha que você vai fazer para conhecer o parque.
- Existem excursões que saem de Zagreb e levam você para o Parque Plitivice; confira aqui algumas opções
Trilhas para conhecer o parque
Chegando ao parque, você pode escolher qual das trilhas que você deseja fazer, divididas por distância e tempo de caminhada. Nós fizemos a H, a segunda maior, e (apesar de nossas pernas no dia seguinte nos dizerem o contrário após 8 quilômetros de andanças), sinceramente nem sentimos a distância e o tempo passarem.
Você faz a trilha no seu ritmo, e pode ficar o “tempo que quiser” lá no parque, já que não há um acompanhamento de guias. Placas indicativas vão mostrando o caminho e a trilha é bem sinalizada, com plataformas de madeira e corrimão em alguns lugares, e pedras em outros. E mesmo sendo a segunda maior, achamos bem fácil de fazer a trilha H.
Como cada um escolhe o seu, e visitamos o parque em um outono, no meio (ou no fim, depende do ponto de vista) da pandemia do corona vírus, encontramos poucas pessoas durante o caminho. Cada um no seu ritmo para apreciar a paisagem e ir tirando fotos no caminho.
Andamos a manhã toda e chegamos ao píer P2 para embarque no barco que leva ao outro ponto da trilha por volta da hora do almoço. O que foi ótimo, porque chegando ao P3, pudemos almoçar um hot dog croata e descansar um pouco antes de continuar na segunda parte da trilha. (Lembrando que fizemos o caminho a partir da entrada 2 do parque, talvez quem faça a partir da entrada 1, faça o caminho contrário da H).
Aliás, essa é uma dica que nós damos: gostamos muito de fazer a trilha H saindo da entrada 2, porque pegamos muitas descidas. Não sabemos como é essa trilha feita a partir da entrada 1, se o ônibus te deixar no mesmo ponto de partida, ótimo, mas nós cruzamos com muitas pessoas que seguiam no sentido contrário, ou seja, acreditamos que elas estavam fazendo a mesma trilha H, só que voltando. Nesse caso, elas devem ter pegado muitas subidas, o que torna tudo mais cansativo na nossa opinião.
O bom também desse caminho que fizemos foi deixar o Crème de la crème para o final. Exatamente quando estávamos cansando de andar, foi quando chegamos às grandes quedas d’água, o que deu um ânimo a mais. O final de tudo foi a Big Waterfall, que realmente é muito big, kkkk, veja a foto, com 78 metros de altura.
É nesse final também que encontramos mais pessoas no caminho. Boa parte da trilha que fizemos estávamos só nós duas – o que nos fez lembrar que na pesquisa dizia que o parque nacional tem ursos e lobos – além da abundante flora e aves de todos os tipos. Mas não encontramos nenhum ursinho pelo caminho, ufa! Rs..
Ah, e também no fim da trilha há a possibilidade de passar por dentro de uma caverna. Sabe aquele ditado de água mole em pedra dura, tanto bate até que fura? Pois então, furou, e foi daí que “nasceu” essa caverna. Como mostramos lá nos stories do Instagram do Voyajando, não tivemos coragem – e nem pique – para entrar por já estarmos no finalzinho do passeio, e também porque havia uma placa dizendo que era por nossa própria conta em risco, kkkk.
Considerações finais
Eu sei que os Lagos Plitvice não são os mais conhecidos para quem pensa em Croácia – como Dubrovnik é. Mas, de coração, a gente recomenda MUITO a ida. Ele pode ser visitado em qualquer época do ano (procure por fotos desse lugar no inverno, é lindo) e fica a cerca de 2h de carro de Zagreb e 1h30 de Zadar. É de uma paisagem única e bem diferente. A cor da água também é inesquecível. Enfim, amamos e já queremos voltar realmente.
Além dos Lagos Plitvice, o que mais fazer em Jezerce?
Se você, assim como nós, vai ficar em Jezerce mais de um dia, temos mais uma ideia do que fazer no local, além do passeio pelos Lagos Plitvice. Já de cara digo que nós não fizemos esse passeio, porque estava chovendo torrencialmente no dia. Mesmo assim, gostaríamos de ter feito.
A nossa ideia era sair de Zagreb por volta do meio dia do dia dois de viagem e chegar em Jezerce à tarde. Os planos mudaram totalmente quando vimos a previsão do tempo, que indicava chuva o dia inteiro para a data que havíamos programado visitar o Parque Plitvice. Sendo assim, mudamos tudo de última hora: saímos cedo de Zagreb e partimos direto para o parque para poder aproveitar o dia de sol por ali e deu muito certo, como você pode ver acima.
Sendo assim, percebemos que tínhamos um dia livre para aproveitar os arredores de Jezerce, e da pesquisa sobre o que mais fazer por ali surgiu: a Barac Cave – que infelizmente não pudemos visitar, mas achamos que vale a dica.
Barac Cave
A cerca de 20 km dos lagos Plitvice, essa com certeza teria sido a nossa opção caso a chuva não atrapalhasse nosso segundo dia nas redondezas do Parque Plitvice. Quando éramos crianças, já visitamos cavernas em Minas Gerais, no Brasil, e amamos a experiência! Além disso, a Barac Cave é a atração mais famosa de uma área de 5,19km 2, e que deu nome a todo esse espaço. Aberta pela primeira vez para visitantes em 1892, o local proporciona aos visitantes uma experiência de vivenciar a natureza abaixo da superfície da terra.
Acompanhadas por um guia, as pessoas que vão à Barac Cave poderão perceber a formação da caverna ao longo dos milênios, ver suas estalactites e estalagmites e também seus achados arqueológicos. O passeio que dura cerca de 60 minutos também proporcionará aos visitantes uma “volta no tempo”, onde será mostrado “uma variedade de monumentos em pedra, o habitat onde o urso das cavernas costumava viver, o lugar onde um colar de bronze medieval foi descoberto”.
A experiência também proporciona um momento de silêncio e escuridão total por dentro da caverna, que sempre tem uma temperatura de cerca de 9° C.
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