Que as Cataratas do Iguaçu estão entre os destinos que muitos brasileiros (e até pessoas de outras nacionalidades) gostariam de conhecer um dia, disso não temos dúvidas. Mas para aproveitar melhor a cidade onde está localizada esse Patrimônio Mundial, a gente elencou tudo o que fizemos em três dias e várias opções do que não fizemos, em um completinho ‘Roteiro Foz do Iguaçu’ que vai ajudar voce a se planejar para a sua viagem para lá.
Como sempre, o aviso: três dias são suficientes? Não. Mas é o que tínhamos – porque aproveitamos uma promoção de milhas para a passagem. E se é o tempo que você também dispõe, a gente se ajuda, né? No entanto, se você tem mais tempo, fica aqui no texto que no final tem ainda sugestões de mais passeios legais para fazer nesse lugar que atrai visitantes de todo o mundo.

Foz do Iguaçu estava na minha lista de viagens há mais ou menos uns 20 anos. Sem brincadeira. Meu pai já havia visitado o local umas duas vezes e sempre ficávamos nos planos de uma viagem de carro em família que acabou não acontecendo. Eis que eu e o Bruno resolvemos nesse ano tirar, finalmente, essa viagem do papel e, aproveitando uma promoção de milhas, embarcamos rumo a Foz do Iguaçu em uma viagem de mais ou menos uma hora e meia de avião saindo do aeroporto de Campinas (SP).
E se esse é sem duvidas um dos destinos mais conhecidos do Brasil, hoje eu entendo o por quê. Não só brasileiros, mas viajantes de todo o mundo vem para a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai para conhecer a cidade que abriga o Parque Nacional do Iguaçu e suas cataratas, que são consideradas uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo.
Como chegar em Foz do Iguaçu?
Temos alguns modos de chegar à Foz do Iguaçu. Um deles, que foi o que usamos, é de avião. A cidade possui um aeroporto internacional: o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (IGU) que está localizado a aproximadamente 13km do centro da cidade e recebe voos regulares de diversas cidades do Brasil, como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. Ali dentro já é possível alugar carro e pegar transfers e táxis para o centro e para cidades vizinhas. No nosso caso, nós pedimos um Uber para sair de lá, e foi bem tranquilo.
Segundo a concessionária que administra o aeroporto, em 2024 mais de 2,13 milhões de passageiros passaram pelo local. Só em dezembro de 2024, mês que se considera alta temporada, estima-se que o terminal recebeu mais de 180 mil viajantes.
Já outra opção é ir de carro e ônibus. No transporte rodoviário, as linhas regulares de ônibus ligam Foz às cidades vizinhas e até a países vizinhos, vindos da Argentina e do Paraguai. Já de carro, a principal via de entrada é a BR-277, que liga Foz a várias regiões do país. De São Paulo são aproximadamente 1050km, já de cidades mais próximas como Curitiba (640km), Porto Alegre (900km) e Florianópolis (950km), a road trip é mais rápida.
Nosso roteiro:
Aqui embaixo separei mais ou menos em três dias as nossas escolhas de roteiro para você se inspirar. Os passeios em Foz do Iguaçu podem ser divididos em manhã/tarde e/ou tarde/noite. Ou seja, divididos em duas partes do dia, você consegue estruturar melhor sua programação de um modo que não fique tão corrido. O nosso roteiro foi meio estranho porque meu marido estava trabalhando de lá na sexta e na segunda. Então, nesses dois dias, nós conseguimos passear/aproveitar melhor a parte da tarde/noite. Olha aqui embaixo para entender melhor:
Chegada quinta-feira: Vôo Campinas – Foz do Iguaçu na quinta-feira à noite. Ida ao hotel de Uber.
Dia 1 (sexta-feira) – Marco das Três Fronteiras à tarde/noite
Dia 2 (sábado) – Amanhecer nas Cataratas (manhã/tarde) + Jantar à noite
Dia 3 (domingo) – Itaipu Binacional (manhã) + Paraguai (tarde)
Dia 4 (segunda-feira) – Ida à Argentina à tarde/noite
Volta terça-feira: Vôo Foz do Iguaçu – Campinas

Roteiro Foz do Iguaçu: o que fazer?
Como é de se esperar, um dos pontos altos do roteiro são as Cataratas do Iguaçu. Não tinha como ser diferente, temos a oportunidade de conhecer uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo aqui na nossa casa. Que sorte!
Após decidir o dia que você visitará as Cataratas do Iguaçu – e espero que o tempo esteja bom para aproveitar bastante o parque – nos outros dias, ou dia, ainda terá muita coisa para fazer. Duvida? Pois vem comigo que eu te mostro.
Parque Nacional do Iguaçu
Mas claro que a gente começa essa lista falando sobre ele. O Parque Nacional do Iguaçu é a morada das mundialmente famosas Cataratas do Iguaçu que, como dissemos, é considerada uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo. As cataratas foram formadas há aproximadamente 150 mil anos e as quedas d’água são resultado do encontro dos Rios Iguaçu e Paraná. Esse cenário que até hoje nos impressiona, também deslumbrou os primeiros exploradores que por ali passaram. O mais famoso foi o espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, que acredita-se que as viu pela primeira vez em 1541. Mas somente mais tarde, o nome “Iguaçu” foi oficialmente adotado, sendo uma palavra de origem tupi que significa “água grande”.
As cataratas foram tombadas como Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO nos anos 80. O parque nacional abriga uma enorme biodiversidade, com mais de 2 mil espécies de plantas e centenas de animais – tem até onças lá dentro, e são mais de 20 (!). São 2,7 mil metros de parque e quedas de até 82 metros de altura. É, sem dúvida, um cenário de tirar o fôlego.


Amanhecer nas Cataratas
Quando descobrimos que era possível visitar o Parque Nacional do Iguaçu antes dos demais visitantes, fomos logo entender as possibilidades. Como era nossa primeira vez por ali, queríamos muito viver essa experiência e foi uma das melhores escolhas que fizemos nessa viagem.
Adianto que não é uma experiência super econômica: pagamos R$220 a inteira, por adulto (novembro 2024). Além disso, é necessário reservar antes pelo site o passeio que nos faz acordar às 4h30 para ver o nascer do sol no cenário inesquecível das Cataratas do Iguaçu. Mas, para nós, valeu cada centavo – e cada minuto de sono perdido. Chegamos ao parque de Uber (muitos cancelaram por causa do horário, mas deu certo) e logo em seguida já fomos encaminhados pela numerosa equipe de funcionários para o ônibus que nos levaria à experiência.
O ônibus nos deixa na frente do hotel que tem dentro do parque, e o trajeto pela Trilha das Cataratas foi feito com os primeiros raios de sol da manhã. É realmente muito bonito. A natureza super exuberante, o sol nascendo, e as cataratas já a todo vapor. Também foi bem especial viver a experiência com calma, sem pressa, já que o café da manhã – incluso no preço – seria servido apenas dali a algumas horas, à partir das 7h.
Até lá, pudemos desfrutar do parque com calma e passar pela famosa passarela perto da Garganta do Diabo, que nos deixou ensopados e me fez congelar de frio já que, claro, não havia levado nem blusa e nem capa de chuva para a experiência (fica a dica e de nada).
Depois de muita água de cataratas na cabeça, finalmente fomos para o café da manhã. Em estilo buffet, ele é servido para os visitantes do Amanhecer nas Cataratas todos os dias, das 7h às 9h. Depois desse horário, podemos ainda aproveitar todo o dia no Parque Nacional do Iguaçu, até às 17h30.



Macuco Safari
E já que o ingresso nos permitia ficar no parque até o fim da tarde, nós ficamos. Aproveitamos que já estávamos no Parque Nacional do Iguaçu e já havíamos vislumbrado as Cataratas do Iguaçu de diversos ângulos diferentes, resolvemos vê-las ainda mais de perto: mais precisamente de dentro do rio, debaixo da catarata.
O Macuco Safari é um passeio que simplesmente nos leva para dentro das cachoeiras que compõem o Parque Nacional do Iguaçu. Não estou mentindo e em breve você verá nosso vídeo lá no nosso canal no YouTube (então já se inscreve para não perder nada) – mas já dei um spoiler lá no nosso Instagram, está salvo nos destaques de Foz do Iguaçu então já segue a gente por lá também para acompanhar as viagens em tempo real.

A experiência nos custou (em novembro de 2024) R$386 por adulto, e é dividida em três partes. Na primeira, chamada de Selva, um veículo ecológico movido a eletricidade nos leva por meio da selva, daí o nome, enquanto o guia nos explica curiosidades sobre o Parque Nacional, sobre a sua flora e sua fauna – tipo o fato de existirem pelo menos 20 onças ali dentro do parque? Pois então.
Depois que descemos do carrinho, os guias nos levam por uma caminhada por cerca de 600 metros pela mata. Ali aprendemos um pouquinho mais sobre a vegetação até chegarmos à terceira parte do passeio que é o barco em si, às margens do Rio Iguaçu. E sobre essa parte do barco, algumas dicas:
- No passeio de barco você VAI se molhar. Não existe uma alternativa quanto à isso.
- Portanto: se quiser, você pode alugar um armário ao custo de R$10 para deixar as suas coisas. No caso, deixamos TUDO que não poderia molhar (documentos principalmente), e também deixamos nossos sapatos. Sim, fomos na experiência descalços (não havíamos levado chinelos) e foi uma boa escolha, sinceramente.
- Também e ainda no assunto você vai se molhar, caso a roupa encharcada incomode muito, você pode levar uma muda de roupas e deixar nesse armário. Isso, aliás, é altamente recomendável. Existe uma lojinha por ali que vende capas de chuva e camisetas, calcinhas, cuecas, para trocar depois se quiser. É também uma opção mas, se você levar de casa, não tem ainda mais esse gasto.
- Capas de chuva: sinceramente, não sei quanto são eficazes. Se a sua capa de chuva for muito boa e altamente impermeável, pode ser que ajude de alguma forma na parte de cima do corpo. Mas é inevitável e repito, você VAI se molhar.
No mais, vale muito a experiência. Apesar de rapidinha, nos divertimos demais. Eles nos levaram em apenas uma das cachoeiras – vimos outros barcos indo em outras -, mas acabaram repetindo mais de uma vez a entrada do barco debaixo da queda d’água. É uma energia absurda e a força da natureza é realmente sentida por ali. Foi bem especial.
E para encerrar com chave de ouro, na terceira etapa, os visitantes embarcam em um dos bimotores Macuco Safari para um emocionante passeio pelo Rio Iguaçu, proporcionando vistas espetaculares das Cataratas do Iguaçu e a oportunidade de sentir a energia das águas em um refrescante banho. Prepare-se para uma aventura que despertará todos os seus sentidos no Macuco Safari!


Marco das Três Fronteiras
E depois de falar sobre a atração principal de Foz do Iguaçu, agora vamos falar do segundo lugar que mais gostamos de visitar: o Marco das Três Fronteiras. O local está localizado no encontro entre os rios Paraná e Iguaçu e demarca a fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Por si só, já é um lugar interessante: do mirante você consegue ver os dois rios importantíssimos e avista ainda os marcos da Argentina e do Paraguai, nas outras margens. É dali, então, que você sente que realmente está em uma cidade que é vizinha de outros dois países.

Mas o Brasil resolveu levar essa história a outro patamar. Diferente dos vizinhos, que hoje têm marcos que podem ser visitados apenas como mirante, o nosso país transformou o lugar em uma atração turística completa – no entanto, a pagamento, diferente dos outros dois.
A vantagem é que você, ao visitar o Marco das Três Fronteiras, tem acesso a uma estrutura completa que oferece restaurante, banheiros, food trucks, lojinha de souvenirs, pontos panorâmicos para fotos e um espetáculo completo que faz uma homenagem a cultura dos três países (e na minha visão, imperdível).

O espetáculo é realmente um espetáculo, com o perdão da repetição. Ficamos encantados com as danças típicas, com a troca de figurinos, com a imersão em cada uma das apresentações. Vale muito visitar o local no fim do dia e garantir uma cadeira para assistir confortavelmente esse show que fez a nossa sexta-feira ganhar vida. Já demos alguns spoilers no Instagram (segue a gente!) e, em breve, vamos colocar tudo lá no nosso canal (se inscreve lá) e assim você vai conseguir dar uma espiada no que espera por você quando visitar esse ponto turístico.
É bom lembrar que o espetáculo é realizado no fim da tarde e pode sofrer algum tipo de alteração na programação, por isso fique atento ao site e redes sociais do Marco das Três Fronteiras. Nós chegamos por volta das 17h por lá e foi bem bonito ver o pôr do sol por ali. Caso você queira aproveitar melhor o seu tempo – e o seu ingresso -, chegue um pouco mais cedo para explorar as opções de souvenirs e food trucks, além de ter mais tempo para enfrentar as filas que se formam para tirar foto nas placas turísticas, caso queira.
Depois do espetáculo, nós ainda fomos ao restaurante que fica dentro do complexo, o Cabeza de Vaca. O restaurante se propõe a oferecer comidas típicas dos três países da fronteira e a gente gostou muito e super recomenda caso você queira experimentar.



Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional foi o passeio que nós deixamos para fazer no domingo de manhã. Uma das vantagens da visita é que você pode encaixá-la tanto de manhã quanto à tarde – a depender do tipo de passeio que você escolher. No nosso caso, como o sábado deixamos praticamente inteiro para o Parque Nacional do Iguaçu (tópico acima), no domingo optamos por visitar simplesmente uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo e sua impressionante estrutura.
E é realmente impressionante. O passeio que escolhemos se chama Itaipu Panorâmica e é o mais econômico dos passeios por ali. Talvez por isso, ficamos um pouquinho decepcionados com o como é estruturado. Nós que adoramos nos aprofundar nos rolês, achamos meio fraca a programação de andar pela Itaipu de ônibus. Explico:

O Itaipu Panorâmica é meio que o passeio de entrada da Itaipu. Pagamos R$58 por pessoa e o consideraria ótimo para quem está com o roteiro apertado e tem pouco tempo. Ele dura cerca de 1h30 e leva você para passear de ônibus panorâmico dentro da empresa. Na primeira parada, você pode tirar foto com o letreiro da Itaipu Binacional e a barragem de fundo. A maioria das pessoas desce nessa parada e você tem uns 5 minutos no máximo para tirar as fotos. É meio corrido, mas rola – a depender da noção de coletividade das pessoas que estiverem no grupo com você.
Daí depois a gente segue para a segunda e última parada, que é o mirante para a barragem. Ali é um ponto de apoio, com uma pequena cafeteria, uma lojinha, e banheiros. Durante todo o passeio você é munido de informações sobre a construção e funcionamento da empresa (isso é bem legal) e também nessa última parada, alguns vídeos falam um pouco mais sobre a enormidade dessa empresa binacional.
E fim. Essa segunda parada você pode fazer no tempo que quiser e depois é só se dirigir ao ponto de ônibus para pegar um deles de volta para a entrada. Já lá na entrada, de onde partem todos os passeios, tem mais lojinhas de souvenirs e um restaurante.


Informações Itaipu Binacional
A Itaipu Binacional foi construída pelo Brasil e pelo Paraguai, se tornando uma usina hidrelétrica binacional, entre os anos de 1975 e 1982. A barragem está localizada no Rio Paraná, que divide os dois países, e seu nome foi tirado de uma ilha que existia ali perto do local da construção.
Sua capacidade chega a 14 mil megawatts e a barragem tem 196 metros de altura. Seu comprimento é ainda mais impressionante: são 7.235 metros, com 20 unidades geradoras de energia. Hoje, a Itaipu Binacional é a maior usina hidrelétrica do mundo em termos de capacidade instalada. Ela é responsável por gerar 17% da energia elétrica consumida no Brasil e no Paraguai, o que equivale a cerca de 80 milhões de pessoas.
O local recebe 1 milhão de visitantes por ano e gera U$S 1,5 bilhão por ano em receita.
Compras no Paraguai: Ciudad del Este
Visitamos Ciudad del Este no Paraguai em um domingo, e essa é a primeira informação que você precisa saber agora que eu vou te contar como foi ir ao Paraguai saindo de Foz do Iguaçu. E essa informação é importante porque aos domingos a maioria esmagadora das lojas está fechada.
E por quê fomos então em um domingo, você deve estar se perguntando. E eu explico. Nós não íamos ao Paraguai. Já que havíamos há pouco voltado de viagens grandes de compras, não estávamos com uma grande vontade de gastar dinheirinhos e, enfim, não havíamos dias disponíveis já que no sábado fomos ao Parque Nacional do Iguaçu e nos dias de semana estávamos trabalhando durante o dia.
Dito tudo isso, assim que saímos de Itaipu no domingo de manhã, a motorista do Uber nos contou mais ou menos como seria a experiência de ir ao Paraguai em um domingo. Pelo que ela nos explicou, ainda assim, compensava. Já que os shoppings – que são os lugares mais seguros para se fazer compras em Ciudad del Este – estariam abertos.
Nosso tempo relativamente livre no domingo à tarde e essa informação foram, juntos, motivos suficientes para resolvermos arriscar. E é aqui que vem a informação que você está buscando: sim, na nossa experiência, consideramos que compensa visitar o Paraguai no domingo.
Ciudad del Este fica a aproximadamente 20 minutos do centro de Foz do Iguaçu. É um paraíso de compras que atrai milhares de brasileiros todos os dias e ali você pode encontrar eletrônicos, perfumes, roupas, vinhos e comidas importadas a preços bem menores dos que são praticados no Brasil. Ou seja, compensar, compensa.
Pelo menos em 2024, quando fomos para Foz do Iguaçu, estava compensando. Os preços praticados eram similares aos que encontrávamos na Europa – e às vezes até mais baratos. Então foi bem bacana a experiência. Nem preciso dizer que estava lotado de brasileiros que, assim como nós, tiraram a tarde de domingo para visitar os poucos locais que ficaram abertos nesse dia da semana.
Aliás, sobre isso, nós visitamos a Cell Shop, que infelizmente fechava às 14h e não tivemos tempo hábil para comprar nada. E o Shopping Paris, esse sim, estava aberto com suas mais de 150 opções de compras. A melhor dessas opções, na nossa opinião, é o também já conhecido Shopping China, que ocupa todo o terceiro andar do Paris. Ali já pudemos encontrar de tudo. Não sei sobre os preços já que não tive tanta margem de comparação com outros negócios do Paraguai, mas pela nossa experiência muita coisa compensou e você pode comprar tudo no mesmo lugar, o que é um ponto positivo.
E comprar de tudo mesmo. Comidas, roupas, acessórios, eletrônicos e por aí vai. Tem de tudo e você pode fazer as suas compras usando um carrinho de supermercado super cômodo. Além disso, eles aceitavam cartões de crédito do Brasil, PIX, e podíamos pagar diretamente em real. Outra coisa interessante é que a maioria dos vendedores se viravam em uma mescla de português e espanhol que dava para entender perfeitamente.
Mas, atenção: lembre-se de checar quanto está a cota de compras permitidas pela Receita Federal brasileira, para não ter problemas para voltar ao Brasil com suas comprinhas depois. Em 2024, por exemplo, a cota é de US$ 500.

Como chegar em Ciudad del Este?
Vou começar pela maneira que, segundo me explicaram, é a mais fácil e foi a que fizemos. Como não alugamos carros para essa viagem, acabamos optando por fazer tudo de Uber. Então, pegamos um carro de aplicativo até a proximidade da fronteira – eles aparentemente estão bem acostumados com essa prática e inclusive nos indicaram fazê-la. Descendo ali próximo, cruzamos a fronteira a pé. E foi bem tranquilo atravessar a pé, tanto do lado brasileiro, quanto a famosa Ponte da Amizade, quanto a fronteira paraguaia. Não calculei, mas eu estimo de 10 a 15 minutos de caminhada e, como era domingo, estava bem vazio.
Chegando do lado paraguaio, foi só ir para a esquerda da avenida principal, e ali já encontraríamos – segundo os motoristas de Uber que nos ajudaram – os principais shoppings. E foi o que fizemos. Na volta, a mesma coisa, cruzamos a fronteira a pé e chegamos ao lado brasileiro. Não fomos parados para checagem de bagagem/compras e também não fizemos a declaração já que estávamos dentro da cota de US$ 500.
Existe também a possibilidade – não tão indicada pelos locais – de cruzar a fronteira de carro ou de Uber. Eles nos disseram que é possível, mas você perderia muito tempo nas filas das fronteiras mas é uma possibilidade para quem tem mobilidade reduzida ou crianças pequenas e prefere evitar longas caminhadas.
Por fim, também rola cruzar a fronteira de ônibus ou com excursões. Os guias credenciados costumam conhecer melhor a região e te deixar nos principais centros de compra, e podem também ser uma opção para quem quer de fazer o passeio com mais segurança.
Segurança no Paraguai
E por que falei de segurança? Porque é importante considerá-la quando você for à Ciudad del Este no Paraguai. Não é nada que nos impediu de ir, mas é bom ficar atento. De novo, eu fui em um domingo, então como estava tudo fechado, não sofremos o assédio de dezenas de pessoas nos abordando e chamando para ir em lojas específicas ou tentando nos vender de tudo. Mas ainda assim, um e outro apareceu por ali.
Também é importante destacar que muitos nos sugeriram de não dar atenção a esses vendedores ambulantes. Muitos têm boas intenções mas muitos outros, não. E, infelizmente, não tem como saber quem é quem, né? Outra dica é não andar com grandes quantias de dinheiro em espécie e, se você levar dinheiro em espécie, dividir entre vários bolsos e bolsas.
Mas a principal sugestão é a que seguimos: focar nos grandes estabelecimentos, nos shoppings que já são conhecidos e que oferecem não só uma estrutura maior mas também a segurança de comprar produtos originais. A ideia é pesquisar antes – como você está fazendo aqui com a gente – e apostar nos lugares mais seguros para ir e voltar com tranquilidade.
Uma noite na Argentina: Puerto Iguazú
Do outro lado da fronteira, a cidade argentina de Puerto Iguazú oferece um outro tipo de experiência cultural. O ponto alto é o famoso jantar com show de tango no Casino Iguazú, onde dançarinos profissionais apresentam a dança mais emblemática da Argentina. Além do espetáculo, também é possível aproveitar a gastronomia local, com destaque para os cortes de carne argentina e vinhos.
No nosso caso, acabamos não indo ao show de tango e priorizando a Feirinha de Puerto Iguazú. Contratamos um transfer que nos buscou no hotel e nos levou diretamente ao Duty Free, na fronteira com a Argentina, e depois até a feirinha, onde ficamos algumas horas andando de lojinha em lojinha e adquirindo os quitutes típicos do país e também jantando.
O tango vai ficar para a próxima, mas o passeio até Puerto Iguazu está, sim, nas nossas indicações caso você queira preencher uma de suas noites em Foz do Iguaçu com algo diferente. Existem várias opções de transfers mas recomendamos demais que você reserve com antecedência. Outras opções é você atravessar de carro – caso tenha alugado um – ou negociar diretamente com taxistas ou Ubers para fazer a travessia.
Uma dica também é você tentar evitar os horários de pico na fronteira. Ficamos ali por quase meia hora esperando para passar, já que o fluxo de carros é grande no finzinho da tarde, principalmente porque todo mundo faz praticamente o mesmo passeio: no fim de tarde, ir à Puerto Iguazu.
E para passar na aduana um lembrete: não se esqueça de levar seu documento válido. Eles aceitam identidade ou passaporte – alguns dizem que aceitam também a CNH, mas eu não arriscaria já que depende do oficial que vai te atender – e eu acho sempre melhor não depender disso.

Chegando lá, priorizamos as compras de vinhos, doce de leite, alfajores, azeitonas e salames. Muitas lojas oferecem degustação e os preços variam. Nós pensávamos que os preços seriam parecidos: ledo engano. Inclusive pagamos mais caro em algumas coisas mas não nos arrependemos, já que havíamos pouco tempo para aproveitar tudo e ainda queríamos jantar.
Na janta, experimentamos o Chorizo, um dos cortes argentinos, mas também nos recomendaram muito a famosa picanha argentina; que vai ficar para a próxima, com certeza. Tivemos a cara de pau de comer na Argentina em um lugar chamado Bar do Gaúcho, hahahahaha, mas gostamos bastante e recomendamos, caso queira experimentar.
Aliás, no geral, os preços estavam parecidos, e vai da sua escolha optar por um restaurante mais intimista ou outro com música ao vivo, e ainda alguns que ficam no meio da praça.
E sobre a experiência de ir de transfer para a Argentina, foi ok. Acho que para lá foi o único lugar que gostaríamos de ter ido de carro, já que o Uber que conversamos não queria nos atravessar, era longe para ir a pé – como fizemos no Paraguai – e a excursão nos deu pouco tempo para aproveitar bem por lá. Das opções que tínhamos, concordo que foi a melhor e, caso você não tenha ido de carro ou alugado um, talvez seja também uma boa opção para você, apesar do pouco tempo por lá.


Onde se hospedar em Foz do Iguaçu?
Foz do Iguaçu não é uma cidade enorme, mas também não é pequena. Explico. Nós nos hospedamos próximos ao centro da cidade, mas não exatamente no centro. Estávamos próximos a das vias de acesso que ligavam ao aeroporto e às cataratas, no Hotel Rouver, e como andamos praticamente apenas de Uber por lá e para ir e vir dos passeios, foi muito fácil e rápido.
Em um dos dias usamos, inclusive, um ônibus para voltar do Parque Nacional do Iguaçu, e o ônibus parou praticamente em frente ao hotel. Fora isso, é uma região repleta de restaurantes e bares, o que facilitou a nossa vida à noite, quando queríamos apenas jantar algo gostosinho e voltar para o hotel para descansar.
Não é O hotel, mas também não é ruim. O atendimento foi bem bacana. Já o banheiro não era incrível e o quarto era um pouco escuro e pequeno, mas isso só fez diferença porque ficamos alguns dias o dia todo por ali, já que estávamos trabalhando à distância. Aliás, também não é o quarto mais adequado para trabalho, mas para o nosso propósito e pelo custo-benefício, compensou e foi bem ok. Além disso, ele tem piscina, uma parte de jogos, e o café da manhã era incluso na diária.



Mas fora os hotéis ali do centro, e se você quer ainda mais sossego, vimos que existem vários hoteis grandes e resorts que ficam próximos ao Parque Nacional do Iguaçu – tem até um super chic lá dentro mesmo, caso você possa ($$$). Entre as opções você pode dar uma olhadinha no Hotel Mabu e no Blue Park, com um mega toboágua novinho para quem curte uma hospedagem mais radical, por exemplo.
E das maravilhas de estar em uma cidade localizada na fronteira de três países é que você pode, ainda, optar por se hospedar nos países vizinhos. É o que propõe o Gran Meliá Iguazú, a cerca de 40 minutos de transfer do aeroporto de Foz do Iguaçu, você pode se hospedar na Argentina, com vista para as cataratas do lado de lá. Legal né?
O que comer em Foz do Iguaçu?
A culinária de Foz do Iguaçu reflete a diversidade cultural da região que faz fronteira com dois países diferentes. Se você quiser experimentar alguns pratos típicos, além dos famosos rodízios de carne que estão por toda a parte, existem também, por exemplo, o Carreteiro, que é um prato típico da fronteira, com arroz, carne de sol, calabresa e ovos.
Outra opção é o Porco no Rolete, que é um pernil de porco assado no forno a lenha; a Chipa, um pão de queijo paraguaio; e o Sorvete de Erva-Mate, feito da famosa infusão típica da região. Para quem não quer fugir muito do que tá acostumado, a cidade também tem opções de redes como Mc Donald’s, Johnny Rockets e a Bubble Mix.
Durante o tempo que passamos lá, nós acabamos comendo um pouco de tudo mas não experimentamos esses pratos típicos que acabo de vos dizer – enfim, a ironia hahaha. Mas a gastronomia é sempre um bom motivo para voltar, não é mesmo? Entre os restaurantes que visitamos, deixo aqui alguns destaques que você pode, se quiser, experimentar também.
Um deles, a gente até já comentou aqui no texto, foi o Cabeza de Vaca, restaurante que fica dentro do Marco das Três Fronteiras. Foi uma experiência bem bacana e a gente realmente indica caso você queira ficar um pouquinho mais lá dentro, ouvindo uma música ao vivo e curtindo o local.

Outra experiência que já citamos aqui e com certeza repetiríamos seria o Amanhecer nas Cataratas e, com ele, o café da manhã no restaurante Porto Canoas. Realmente gostamos bastante da experiência como um todo e a gente super indica. Também almoçamos dentro do Parque Nacional do Iguazu um hambúrguer que, sinceramente, não amamos. Além de pegarmos uma fila imensa para comprarmos, não estava incrível. Mas lá dentro existem outras opções de restaurantes e, inclusive, é possível almoçar no mesmo lugar que fizemos o café da manhã, mas o custo é por pessoa à vontade, e achamos um pouco salgado.
Já os outros restaurantes que vou citar ficam mais próximos do local onde estávamos hospedados, o Hotel Rouver. Na primeira noite fomos em um rodízio japonês – porque somos desses -, se chama Sushi Hokkai. Achamos o preço um pouco salgado, R$160 por pessoa, e o serviço foi um pouco demorado. Mas os pratos estavam bem saborosos.

Além disso, ali na região, também visitamos o Confins Steakhouse, e esse sim, gostamos bastante da carne e do atendimento. Vale visitar se você quiser experimentar. E ainda indicamos o Quinta da Oliva, restaurante italiano que serviu um ótimo bife à parmegiana e o destaque vai para o buffet de antipastos que estava uma delícia. Reparamos que muita gente pede também as pizzas.


O que mais fazer em Foz do Iguaçu?
E aqui ficam as nossas dicas sobre o que mais fazer na cidade se você tiver mais tempo que nós. Aproveite e depois não esqueça de nos contar – e marcar – o @voyajandoblog nas redes sociais, vamos amar ver sua viagem!
Outros passeios do Parque Nacional do Iguaçu
Além da experiência que vivemos, e já contamos aqui em cima, do Amanhecer nas Cataratas. Existem outros passeios que você pode optar para explorar melhor o Parque Nacional do Iguaçu. Um deles é o Pôr do Sol nas Cataratas, em que você entra no parque às 17h e pode desfrutar de música ao vivo enquanto aproveita a vista da cataratas em um pôr do sol que, segundo eu mesma, deve ser de tirar o fôlego. Os visitantes também podem brindar esse momento especial com espumantes, águas e sucos, inclusos no valor do ingresso.
Parque das Aves
O Parque das Aves é outro passeio certeiro para se fazer em Foz do Iguaçu. Aliás, grande parte das pessoas aproveitam para conhecer as Cataratas do Iguaçu e entrar no Parque das Aves no mesmo dia, já que as entradas são praticamente no mesmo lugar. Vale levar em consideração isso ao montar o seu roteiro caso você queira visitar o parque que possui 16 hectares de mata nativa, mais de 1300 animais de 140 espécies diferentes, entre aves, répteis e mamíferos.
Dessa vez, acabamos não visitando, mas o Parque das Aves é também um dos destinos mais conhecidos de Foz do Iguaçu e, dizem, que vale muito a visita. Afinal, é a única instituição do mundo focada na conservação das aves lindas e exuberantes da Mata Atlântica, com mais de 30 anos de história com vários viveiros que oferecem uma imersão e um contato único com a na nossa fauna.
Faz Arte Neon Experience
Uma outra opção de atividade bem legal para fazer em Foz do Iguaçu, e que infelizmente não tivemos tempo, é a Faz Arte Neon Experience. Nós não conhecíamos, mas eles entrarem em contato com a gente no nosso Instagram (segue lá) e nos contaram que é uma experiência bem diferente e que se adequa perfeitamente à programação dos outros passeios em Foz, já que é mais para tarde/noite.
Eles são os primeiros e únicos a oferecer a experiência de pintura neon em uma sala imersiva, ao som de uma playlist bem animada. São dois tipos de ingressos: com open de vinho por R$120 e um com open não-alcóolico por R$100. A experiência dura cerca de uma hora e meia e é legal reservar com antecedência pois as vagas são limitadas e a princípio eles estão abertos às sextas-feiras e sábados, às 18h30.
“Fornecemos tudo o que os clientes precisam para relaxar e se divertir (bebidas, tintas, telas, pinceis, aventais, etc). E no final cada um fica com sua obra como lembrança da experiência”, nos contaram.
Achei uma opção divertida para interagir e relaxar depois de um dia inteiro de passeios. Se você tiver mais tempo que nós em Foz do Iguaçu, e for na experiência, não esquece de nos marcar para acompanharmos as suas ‘artes’ e vivermos tudo com você.


Sobrevoar as Cataratas do Iguaçu
Outra opção super interessante é a de sobrevoar as Cataratas do Iguaçu e a Usina Hidrelétrica de Itaipu. É o que propõe a empresa Helisul, que opera voos panorâmicos de helicoptero na cidade há 52 anos. Mais de 6 milhões de passageiros já tiveram a oportunidade de contemplar de cima os mais belos cartões-postais do país, entre eles Foz do Iguaçu (PR), Rio de Janeiro (RJ) e Penha (SC).
Os helicópteros podem comportar entre quatro e seis passageiros. “Os voos são tranquilos e a família toda pode participar da aventura nas alturas. É um passeio seguro e que agrada a todos. Não tem um passageiro que não volte do voo com um sorriso no rosto”, diz o superintendente operacional da Helisul, Bruno Biesuz.
Embarque e desembarque: Avenida das Cataratas, 12499.
Os preços variam conforme os roteiros e o tempo de voo. O valor pode ser parcelado em até 10 vezes sem juros. Mais informações sobre os voos panorâmicos podem ser obtidas no site da Helisul.
Templo Budista Chen Tien
Esse aqui é mais um dos que eu gostaria de ter visitado. Localizado no coração de Foz do Iguaçu, o Templo Budista Chen Tien é considerado um tesouro arquitetônico que transporta os visitantes diretamente para o Oriente. Foi construído em 1996 e se destaca por ser o maior da América Latina, com seus impressionantes 120 metros quadrados (!).
Dizem que os jardins merecem uma atenção a mais, com as estátuas de Buda que criam uma atmosfera de serenidade. Para aproveitar melhor a visita, recomenda-se ir no início da manhã, quando o local está mais tranquilo e a iluminação é perfeita para fotos. A entrada é gratuita, mas é importante respeitar o dress code.
E aí, gostou do nosso post sobre Foz do Iguaçu? Essa foi uma das viagens que entrou para a nossa lista de viagens memoráveis e surpreendentes. Já sabíamos que íamos gostar, mas gostamos muito de Foz do Iguaçu. A ponto de já querer e planejar a nossa volta para lá um dia!
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