Roteiro Polignano a Mare: o que fazer nesse paraíso na região da Puglia, na Itália

Já contei para vocês aqui no blog que no verão passado pegamos o nosso carrinho e saímos de Milão rumo à região da Puglia (Apúlia em português), lááá no finalzinho da Itália, no calcanhar da bota, né? Se você não viu os posts anteriores sobre essa viagem, te convido a dar uma olhadinha caso esteja montando um roteiro para conhecer a região onde está localizado o nosso roteiro de Polignano a Mare. O nosso destino de hoje é um paraíso lindíssimo, e vale entrar – segundo nós mesmos – para a sua lista de lugares inesquecíveis.

A gente chegou à cidade depois de passar uns dias em Lecce e conhecer todo o Salento (os posts já estão aqui no blog). Saímos super cedo da cidade e seguimos rumo ao norte, para chegar cedo em Polignano a Mare (se lê “polinhano” a mare).

Falei no post do roteiro pela Puglia que tinha um compromisso importante naquele dia, deveria fazer uma entrevista de emprego por uma videoconferência. E aí não deu para conhecermos a cidade de Brindisi, de Ostuni e de Monopoli, que ficaram para uma próxima viagem pela região. Se você não tem uma entrevista de emprego no dia (hahahah) e quiser então seguir essa indicação, eu teria conhecido esse lugares – ou alguns deles – antes de chegar à Polignano a Mare, depois de sair de Lecce.

Mas vamos logo ao que interessa. Talvez você já tenha ouvido falar de Polignano a Mare ou visto fotos do local e nem se lembre/saiba. Isso porque a cidade é um cartão postal da Itália principalmente por causa desse lugar aqui:

Roteiro de Polignano a Mare na Puglia

Mas além da Lama Monachile, que é esse lugar aqui em cima, a cidade também é conhecida pelo famoso restaurante dentro da gruta e, entre os italianos, é famosa por ser a cidade de natal de Domenico Modugno. Esse nome não quer dizer nada para você? Então eu te ajudo:

“Volare.. oh, oh!… cantare… oh, oh, oh, oh! Nel blu, dipinto di blu, felice di stare lassù…”

Sim, Volare, a música desse refrão batido aí de cima, foi inclusive cantada pela senhorinha que nos recebeu na hospedagem que ficamos hahahaha. Uma querida!

História de Polignano a Mare

Feitas as devidas apresentações e estando você já sintonizado sobre as coisas clichês de Polignano a Mare, podemos começar a falar sobre ela. Só para contextualizar um pouco, sua origem é antiguíssima e acredita-se que a cidade foi fundada pelo imperador Júlio César, já outros acreditam que foi fundada por um cônsul chamado Mario d’Arpino, que resolveu construir um castelo ali que, mais tarde, seria destruído pelo próprio Júlio César.

A verdade é que não se sabe ao certo a origem da cidade e nem mesmo porque se chama Polignano a Mare. Alguns dizem que é derivado da deusa Polimnia, já outros de uma antiga colônia marítima chamada Neapolis, que ficava perto da atual cidade de Polignano.

O mais provável é que seja realmente de origem romana (podemos ver resquícios dessa civilização até na ponte da Lama Monachile. Na época, a cidade era um importante centro comercial graças à sua localização privilegiada, ligando Roma a Brindisi.

Roteiro de Polignano a Mare: o que fazer na cidade?

Agora sim, pega o seu café/chá/cerveja/vinho/água e bora descobrir quais são os pontos turísticos de Polignano a Mare e o que fazer por lá.

Para começar, você vai ver que a cidade tem um centro histórico lindinho mas super pequeno. Depois da fatídica entrevista, saímos para explorar um pouco a cidade e já vimos quase tudo naquela tarde mesmo. O motivo de deixarmos então duas noites para a cidade foi outro: ela está estrategicamente posicionada entre Bari e Brindisi e fica relativamente perto das cidades que gostaríamos de visitar nos arredores (já expliquei para você nesse post aqui que conhecemos toda a região de carro – o que para nós, se você puder, é a melhor opção).

Estátua de Domenico Modugno

Falei procê ali em cima que a senhorinha até cantou para a gente a música do Domenico Modugno para nos fazer lembrar quem era ele e de que música estava falando. Pois é esse o orgulho da cidade e claro que tem uma estátua dele pertinho do centro onde você pode fazer uma foto com os braços abertos, no maior estilo volaaaaareeeee e cantareeeeee…. e esse check foi feito. Hahaha brincadeira.

Se a estátua não é motivo o bastante para você ir até lá, também tenho uma outra razão muito boa: você vai passar pela ponte da Lama Monachille e dali já dá para admirar a vista de cima e tirar várias fotos de frente para a entrada do mar. Depois disso, chegando na estátua, além de dar risada da criativa – contém ironia – pose que todos fazemos quando chegamos ali (eu inclusa), podemos também ter outro panorama do belo mar da Puglia.

Centro histórico de Polignano a Mare

Esse centrinho é uma graça! Passeamos por ali e nos perdemos nas vielinhas onde, do nada, chegávamos à um mirante de onde podíamos ver o mar. Você entra por um arco chamado Arco Marchesale que era o único acesso da cidade até o século XVIII. A vila antigamente era cercada por um fosso, então para entrar na cidade só passando por uma Ponte Vecchia levadiça e por essa porta.

Vielas estreitas, com restaurantes, lojinhas e muitas casinhas formam um verdadeiro labirinto que, para mim, é o charme desse tipo de cidadezinha italiana. Andando por ali, além de ver frases espalhadas de poesias nas escadas das casas e lojas, em algum momento você chega de novo aos terraços que têm uma vista incrível para o Mar Adriático.

Andando por ali você certamente vai chegar a algumas praças, sendo a principal – ou a que passamos mais vezes hahaha – a Piazza Vittorio Emanuele II. Ela está localizada no coração do centrinho histórico e por ali também tem o antigo relógio – que diz-se que até hoje se funciona a base de cordas.

– Lama Monachile

Lembra que falei sobre o cartão postal? É esse lugar aqui. Se você jogar Apúlia no oráculo Google, é quase certeza que pelo menos uma das fotos vai ser desse “buraco” que o mar abriu e criou uma das praias mais bonitas que já vi. Bonitinha, mas ordinária. A praia no verão é LOTADA. Fomos em julho e já estava muito cheia quando chegamos, imagina em agosto.

Outra questão é que o local onde você pode estender sua canga, toalha, sei lá o que… é super pequeno e é de pedra, o que é relativamente comum nas praias daqui. Então nem sequer pensamos ou tentamos aproveitar a praia ali, mas vi que muita gente o faz. Se você se interessar, chegue cedo. Se não, faça como nós e aproveite o fim do dia para conhecê-la e para admirar a linda luz do pôr-do-sol que invade as frestas e falésias e deixa tudo ainda mais poético.

Aliás, para chegar por ali, você pode seguir a massa. Hahahah, brincadeira. O acesso é por baixo da ponte da Via Appia Traiana – que inclusive era a estrada romana que ligava Roma ao sul. Você vai ver o acesso antes da ponte, e por ali você consegue chegar lá embaixo.

Grotta Palazzese

Esse aqui é um daqueles rolês que indico, mas não fui. Hahaha. Outro motivo pelo qual Polignano a Mare é conhecida é por suas grutas marinhas (que você pode visitar por meio de uma excursão), sendo a mais famosa a Grotta Palazzese. Com o doce som do mar ao fundo, você pode almoçar ou jantar com uma vista de tirar o fôlego nesse restaurante que é considerado um dos restaurantes mais exclusivos do mundo. O local, na realidade, chama Hotel e Grotta Palazzese, ou seja, você pode dormir por ali também se assim quiser – puder.

Dessa vez não pudemos. Mas fica para quem-sabe-um-dia. Se você gostaria de conhecer, pode reservar diretamente no site deles uma mesa. Cada reserva é feita a cada duas horas e eles disponibilizam um estacionamento gratuito aos clientes. E o preço é a partir de €195 por pessoa.

– Roteiro de Polignano a Mare: cidades próximas

Depois de passear por toda a cidadezinha – e dar várias voltas por ali, já que o centro histórico não é tão grande – decidimos que nos dias seguintes conheceríamos as cidades próximas de Polignano a Mare. Começamos então o nosso dia pelo chamado Valle d’Itria, que também pode ser chamada de terra dos trulli, que são essas casinhas super peculiares encontradas, principalmente, em Alberobello.

Nosso dia foi dedicado a circular pela região então e conhecer Alberobello e Locorotondo no mesmo dia, mas isso é papo para um próximo post. Então eu convido você a nos acompanhar por aqui e pelo Instagram para não perder nada das nossas viagens por aí. Até lá!


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