Florença respira arte. Andar pelas mesmas ruas em que tantos artistas que viveram o Renascimento andaram foi para mim uma experiência muito significativa. Muita gente não coloca Florença no roteiro da Itália, priorizando outras cidades, e outras pessoas preferem usar a cidade só como base para visitar locais próximos – e tudo é válido né? Vai de gosto e estilo de viagem.
No meu caso, gostei tanto de Florença quanto gostei de Roma. Voltaria mil vezes e acho que vale muito deixar alguns dias para conhecer com calma suas ruazinhas. Vem conhecer então o que fazer em Florença e veja se você também gosta da cidade tanto quanto eu!
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Se você gosta de museus, galerias, pinturas, esculturas e história, vai amar Florença. Deixamos cerca de três dias inteiros só para Florença. No quarto dia que pernoitamos lá, fizemos um bate-volta para Verona – que eu não recomendo, e já contei nesse post o motivo.
Andar pelas ruazinhas, passear pela Ponte Vecchio e visitar museus importantes só é uma parte da visita à cidade. Ir à Florença também é ver as dezenas de estudantes de arte com suas pastas andando para lá e para cá. Sentar para degustar um belíssimo gelato ou um café enquanto vê o movimento na rua. Passear pelas vielas de dia ou à noite. E almoçar ou jantar nos mais variados restaurantes. Tudo isso vivi em Florença e foi fantástico.
A dica então é, se permita curtir a cidade. Acho que isso vale para qualquer cidade no mundo, mas Florença tem um gostinho a parte porque muito da cidade está nas pessoas que andam por ali. Se você for, depois me conta se também teve a mesma percepção, combinado?
Breve história de Florença
Florença (Firenze em italiano) viveu o despertar artístico e cultural do século XV e pode ser encarada como um monumento a céu aberto do Renascimento. Artistas ilustres como Botticelli, Michelangelo e Donatello, além de escritores como Dante, Petraca e Maquiavel contribuíram com sua herança cultural para a humanidade, transformando a cidade em uma das principais capitais artísticas do mundo.*
Florença nasceu como uma colônia romana em 59 a.C. Se tornou um estado-independente depois da Idade Média e seu poder passou pelas mãos de diferentes famílias nobres – a mais influente era a dos Medici, uma dinastia de banqueiros extremamente rica, que dominou Florença e depois a Toscana por três séculos, transformando a cidade em coração cultural e intelectual da Europa. Em 1737 os Medici desapareceram, deixando a cidade sob o controle da Áustria e, por pouco tempo, de Napoleão, até a Unificação Italiana em 1860.*
A cidade conserva seu ar medieval, principalmente a região leste. O poeta Dante, que nasceu em uma das casas por ali, se lembraria do labirinto de ruas e também do Batistério, um dos prédio mais antigos da cidade.
O que fazer em Florença?
Agora vamos a eles! Os pontos turísticos que visitei quando estive na cidade. Para começar, um adendo: se você estiver de carro, Florença tem uma particularidade de multar carros de passeio que não são moradores, em uma determinada área do centro. Fique atento à isso para não ter dor de cabeça e euros a menos no bolso depois. Nós não tivemos esse problema porque acabamos ficando bem próximos ao centro, perto ali da estação de trem, então deixamos para fazer tudo a pé – só pegamos o carro no dia de ir à Verona e depois para ir embora.
É muito tranquilo andar por Florença à pé – isso não quer dizer que você vai andar pouco, rs. A parte histórica é bem compacta e você consegue alcançar boa parte das atrações caminhando. Se sentir e tiver tempo, deixe o primeiro período que chegar à cidade (manhã, tarde ou noite) para andar despretenciosamente pelo centrinho, com certeza você já alcançará o Duomo, que é o centro geográfico e histórico da cidade.
Piazza del Duomo
É bem aqui o centrinho de Florença. Se você ficar uns dias na cidade, vai perder as contas de quantas vezes vai passar pela majestosa Santa Maria del Fiore, com seu Duomo alaranjado, um dos símbolos mais famosos da cidade. Ainda que você passe muitas vezes, é capaz de dar sempre aquela olhadinha na direção da enorme igreja e, eu pelo menos, me espantei em cada uma dessas vezes com a sua beleza em detalhes verde e branco.
O local reúne, em um mesmo lugar, muitos pontos turísticos de cunho religioso e espiritual da cidade. Vale explorá-lo com calma.
Catedral de Florença (Duomo de Santa Maria del Fiore)
Principal atração de Florença, a Santa Maria del Fiore é a quarta maior igreja da Europa. É também o edifício, até hoje, mais alto da cidade, com uma altura, no interior da cúpula, de 100 metros! Sua magnífica fachada de mármore branco e sua cúpula com telhas alaranjadas e 45 metros de diâmetro dificilmente é esquecida por quem visita a cidade florentina.
Lembro que cheguei a Florença no fim de tarde, e após passar rapidamente no hotel, já havia escurecido quando vi pela primeira vez ao vivo essa igreja. Fiquei chocada com sua cor belíssima, sua fachada toda detalhada, e com o conjunto que engloba a igreja, o campanário e o batistério.
Foram 72 anos de construção da igreja, que foi finalizada em 1368. Já o domo, feito quase um século depois, foi construído por 14 anos pelo arquiteto Fillippo Brunelleschi e era a maior cúpula da época, construída sem andaimes. Aliás, subir na cúpula foi – digamos – muito interessante. No frio de menos de seis graus, subimos os cerca de 463 degraus irregulares que levam à cúpula quase sem ar – eu, no caso. Mas posso dizer que a vista compensa. É maravilhoso poder ver Florença de cima, então aproveite o tempo para admirar a cidade – e também para descansar um pouco antes de enfrentar os degraus da descida.
A igreja em si – minha opinião – é mais bonita por fora do que por dentro – com exceção da cúpula. No entanto, reitero aqui, que subir todos os degraus para ver de perto o Duomo todo pintado por dentro compensa bastante e depois ainda será beneficiado com a vista lá de fora. Claro que você deve levar em consideração o seu porte físico para isso. E não se esqueça de agendar previamente o seu horário para subir na cúpula.
Campanário de Florença
Depois de subir os 463 degraus até o Duomo de Brunnelleschi, você pode até achar que não compensa subir 414 degraus até o alto do Campanário – afinal, a vista é quase a mesma né? E é, mas o Campanário traz uma vista que o Duomo não traz: a vista da própria igreja vista do alto. A subida até o alto do que é considerado um dos mais bonitos campanários da Europa é muito mais leve e tranquila do que a da catedral, o que também é um bom argumento a favor.
Claro que se você só tiver tempo – e/ou disposição – para subir apenas um dos dois, escolha a subida até o Duomo. Mas se sobrar tempo, e já que é o mesmo ingresso, sugiro que também faça a subida ao Campanário, porque assim você se permite ver a cidade de outra perspectiva, e ainda pode ver as pessoas lá no alto do Duomo, tendo a mesma sensação que você teve. O desafio a ser “vencido” aqui são 85 metros de altura, ou seja, são seis metros a menos que a cúpula da Catedral de Florença. Também revestido em mármore, a obra foi construída no século XIV por Giotto (que faleceu durante a sua construção) e finalizado por Andrea Pisano.
Sua construção teve início em 1334 e finalizado por Pisano em 1359. Sua parte interior foi decorada com 54 baixos-relevos e sua parte superior possui diversos nichos ocupados por estátuas de santos e profetas – as estátuas que hoje estão na fachada são cópias, as originais são exibidas no Museo dell’Opera del Duomo.
São 414 degraus que levam a parte mais alta. Sua subida é muito mais leve que a do Duomo.
Batistério de Florença
No mesmo estilo e revestido de mármore branco e verde, como o Campanário e o Duomo, o Batistério é o prédio mais antigo de Florença. Ali foram batizados famosos como o poeta Dante, e possui, no seu portão leste, o famoso Portão do Paraíso – apelidado por Michelangelo.
A nossa visita ao batistério foi super rápida. Vimos os mosaicos bizantinos dourados – lindos – e logo saímos do edifício. Se você tiver tempo, use o ingresso único para visitar, mas a maior atração está mesmo do lado de fora: para ver o portão do Paraíso e ver as histórias retratadas ali.
Esse é o edifício mais antigo de Florença. Foi aqui que famosos como o poeta Dante, foram batizados. Mosaicos bizantinos coloridos do século XIII decoram o teto do local e ilustram o juízo final.
Instalado em frente a fachada da catedral, o Battistero di San Giovanni também está revestido de mármore branco e verde. Além dos mosaicos dourados, seu interior possui a tumba do antipapa João XXIII, desenhada por Donatello e um discípulo.
O portão sul do Batistério foi de Andrea Pisano, e o norte e o famoso portão leste, foram feitos por Lorenzo Ghilberti.
Portão do Paraíso
O famoso Portão do Paraíso – nomeado por Michelangelo – foi feito em bronze por Lorenzo Ghiberti. Encomendado em 1401 para celebrar o fim da peste na cidade, Ghiberti venceu um concurso para fazer o portão. Os painéis, diferentes do estilo gótico florentino da época, são considerados por muitos, as primeiras obras do Renascimento – pelo uso da perspectiva e individualidade das figuras.
O Portão do Paraíso possui dez painéis em relevo que mostram temas bíblicos do Antigo Testamento. (Os originais estão expostos no Museo dell’Opera del Duomo). São eles (da esquerda para a direita, de cima para baixo):
1 – Criação de Adão e Eva e o pecado original
2 – Caim mata seu irmão Abel
3 – A embriague de Noé e seu sacrifício
4 – Abraão e o sacrifício de Isaac
5 – Esaú e Jacó
6 – José vendido como escravo
7 – Moisés recebe os dez mandamentos
8 – A queda de Jericó
9 – A batalha com os filisteus
10 – Salomão e a rainha de Sabá
Museo dell’Opera del Duomo
Um museu dedicado à história do Duomo. Eu particularmente não estava muito empolgada para visitar esse museu, mas depois que entramos, achei muito bacana e com certeza voltarei. Ele mistura tecnologia com a história para contar como foi construído o Duomo, expor obras de Michelangelo (Pietà) e Donatello (Maria Madalena) além de exibir a majestosa “Porta do Paraíso”, produzidas por Lorenzo Ghiberti por 27 anos, para decorar a porta nobre do Batistério (foi nomeada assim por Michelangelo).
São esculturas, pinturas e relíquias que ocupavam nichos da fachada da igreja além de relíquias religiosas dos séculos XVI e XV.
Entre os prós também há o fato de, por não fazer parte dos tradicionais roteiros de visita à cidade, não há aglomerações e você pode tirar um tempo para ver com calma as instalações. Outra vantagem é que por um mesmo valor você acessa um combo completo desse centrinho da cidade: catedral, cúpula, batistério, cripta, campanário e o Museu da Ópera do Duomo.
Galleria dell’Accademia
É aqui na Galleria dell’Accademia que está o majestoso e original Davi – que pode ser visto em outros dois locais da cidade, mas são cópias. É essa obra, feita em 1504 por Michelangelo, que consagrou o artista, aos 29 anos, como principal escultor da sua época. A obra tem 5,2 metros de altura e representa o herói bíblico nu, que matou o gigante Golias. Foi encomendada pela cidade para ser colocada na Piazza della Signoria, mas foi transferida para a Accademia em 1873, para ser melhor cuidada. A academia de belas-artes foi fundada em 1563 e foi a primeira escola na Europa para ensinar especificamente técnicas de desenho, pintura e escultura. O acervo exibido atualmente foi formado em 1784, para servir de material de estudo e modelo para os alunos.
Quando entramos nesse museu, a impressão que dá é meio que essa mesmo. Como se estivéssemos entrando em uma grande escola de arte. Claro que a atenção principal se volta ao Davi, onde passamos um bom tempo admirando o talento de Michelangelo (sou fã hahah). E o legal é perceber que o espaço combina com a “aura” da cidade, com vários estudantes, turistas e entusiastas por desenho e arte, sentados em volta de Davi, desenhando e copiando traços dele em seus próprios materiais.
Entre outras obras-primas do artista expostas na Accademia estão os Quattro Prigioni (quatro prisioneiros), esculpidos entre 1521 e 1523 para adornar o túmulo do papa Júlio II. A Galleria também contem um importante acervo de pinturas de artistas florentinos do século XV e XVI, além de pinturas e esculturas produzidas por membros da Accademia.
Piazza della Signoria
Aqui é considerado o centro do poder civil de Florença. As ruas que ligam a Piazza della Signoria à Piazza del Duomo (centro religioso da cidade) são as mais agitadas e servem também para um passeio noturno pelas suas lojas e restaurantes.
Reúne em um mesmo lugar a Galeria Uffizi, o Palácio Vecchio e a Loggia dei Lanzi. Portanto é um dos locais que você vai passar muitas vezes – nós passamos. Além disso, há também uma fonte (Fontana di Nettuno de 1575) e uma cópia do Davi, de Michelangelo, que ficou na praça até 1873 e agora está na Galleria dell’Accademia.
Sendo o coração da vida social e política de Florença, já que é aqui que está o Palazzo Vecchio, a praça era também usada para o palco do parlamento, uma reunião pública com os cidadãos – que eram convocados pelas badaladas do sino. Na época do Império Romano, a praça contava ainda com uma instalação termal e no início da Idade Média, as termas desapareceram e a praça foi tomada por artesãos. A Piazza adotou sua forma atual em meados do século XII.
É nessa praça também que, até 1873, estava o Davi de Michelangelo original (hoje há uma cópia na praça), para simbolizar o triunfo sobre a tirania. Agora ele se encontra na Galleria dell’Accademia.
Não deixe de visitar, gratuitamente, a Loggia dei Lanzi, pequeno museu ao ar livre que reúne esculturas como O Rapto das Sabinas e Perseu com a cabeça da Medusa. Tem o nome dos guarda-costas de Cosimo I (os Lanzi), que ficavam alojados nela.
Galeria Uffizi
“Basicamente” o lugar mais visitado de Florença e o maior museu de arte da Itália. Reúne quadros que você vê nas aulas de artes e história na escola, como O Nascimento de Vênus e Primavera, além de artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli.
Nós, que apesar de não entendermos tanto, amamos visitar um museu de arte, adoramos a Galeria Uffizi. A dica aqui é você reservar antecipadamente a sua visita – o valor é um pouco maior, mas compensa para evitar a fila – e aí você consegue reservar um tempo maior para andar pelas inúmeras salas com calma, ler as legendas dos quadros e esculturas e apreciar as obras.
Para mim fez muita diferença visitar a Galeria Uffizi com calma, mas como sei que nem todo mundo tem muito tempo em Florença, uma ideia é você pesquisar previamente quais obras gostaria de conhecer e fazer um roteiro de salas para ir diretamente até cada uma delas.
Com construção iniciada em 1560 por ordem de Cosme I de Médici, a ideia inicial era que o prédio fosse o substituto do Palácio Vecchio como residência. As obras foram finalizadas em 1581 e passou a ser utilizada para abrigar os escritórios (uffici) do duque. O arquiteto Vasari usou estruturas de ferro como reforço, permitindo que seu sucessor, Buontalenti, criasse uma parede de vidro quase ininterrupta no piso superior.
É aqui que você vai encontrar obras famosas como:
- O Nascimento de Vênus (Botticelli, 1484)
- Primavera (Botticelli, 1480)
- Adoração dos Magos (Leonardo da Vinci, 1481 – Obra Inacabada)
- A Anunciação (Leonardo da Vinci)
- Virgem do Pintassilgo (Rafael, 1506)
- A Vênus de Urbino (Tiziano, 1538)
- A Sagrada Família (Michelangelo, 1507)
- Baco (Caravaggio, 1589)
A última dica é: a Galeria Uffizi é gigante, vá com tempo e programe-se para visita-la. Com uma visita guiada ou a reserva da entrada antecipadamente, você evita as filas que costumam se formar na entrada.
Palazzo Vecchio
Estava animada para conhecer o Palazzo Vecchio e, principalmente, o Salone dei Cinquecento – cenário do livro e filme Inferno. Infelizmente, como o local ainda é a prefeitura da cidade, o salão estava sendo usado para uma audiência, convenção, sei lá, e só pudemos vê-lo de cima. Mas o passeio em geral foi muito bacana. Vimos a máscara mortuária de Dante – que também é mostrada no filme – e toda a engenhosidade de Vasari, que reformou internamente o prédio à pedido do duque Cosimo I.
É um passeio muito gostoso de conhecer, bem mais vazio que a Galeria Uffizi e você ainda pode subir até a torre do sino (sim, mais escadas em Florença!). O prédio foi finalizado, inclusive, justamente quando o sino chegou no topo da torre, em 1332. Ele era usado para avisar a população sobre reuniões na praça pública, enchentes, incêndios e ataques inimigos.
Ponte Vecchio
É muito legal pensar que uma ponte guarda tanta história. A Ponte Vecchio, ou ponte velha em tradução literal, foi construída em 1345 e foi a única ponte de Florença que não foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, ainda há o Corredor Vasariano, que passa em cima da ponte e liga o Palazzo Pitti ao centro da cidade. Foi criado por Vasari em 1565 à pedido da família Medici, para que eles não se misturassem às pessoas que passavam pela ponte no dia a dia.
A ponte ainda abrigou diversos tipos de comércio – até açougueiros – até chegar ao que é hoje, cheio de ourives e joalheiros. Eu, infelizmente, não comprei uma joia da Ponte Vecchio, mas quem sabe em uma próxima visita? Hahah.
Dito isso, estava animada para conhecer a Ponte Vecchio. Gosto de ver os pontos turísticos que representam a cidade (tipo o Coliseu e Roma, sabe?). Mal sabia eu que passaria muitas e muitas vezes pela Ponte Vecchio durante minha estada em Florença. Isso porque fomos mais de uma vez ao Palazzo Pitti. Uma, à tarde, para ver seus inúmeros aposentos e depois outro dia pela manhã, para conhecer o Jardim de Boboli de dia. Nosso ingresso nos dava essa opção.
Basicamente, é a ponte de pedra mais antiga da Europa e nos séculos XV e XVI, as casas suspensas da ponte foram ocupadas por açougueiros. No entanto, quando a corte se mudou para o Palácio Pitti, que fica ali perto, o duque Fernando I, em 1593, mandou fechar os comércios pelo cheiro desagradável e foram substituídos por joalheiros e ourives, que estão lá até hoje.
Palazzo Pitti
O Palazzo Pitti foi outra grata surpresa de Florença. Essa cidade de fato me encantou bastante. Aqui, a única questão foi que resolvemos visitar o Palazzo à tarde, após ter ido de manhã na Galeria Uffizi. Se puder lhe dar uma dica é: não façam isso. Não deixem dois museus grandes como esses para o mesmo dia.
Tenho certeza que teríamos apreciado muito mais a Galleria Palatina e todas as outras atrações do Pitti se tivéssemos deixado um dia para ele com mais calma. Além das salas principais, ainda há acervos separados como o Museu da Prata e a Galeria del Costume. E por fim, você pode visitar também o Jardim de Boboli. Ou seja: é muita coisa para uma tarde.
Claro que não conseguimos ver tudo e estávamos super cansados no final da nossa jornada Uffizi + Pitti. Mas nem o cansaço deixou de nos impressionar com a riqueza dos aposentos e das obras espalhadas sem critério e sem ordem cronológica (do jeito que os grão-duque gostavam). Voltamos em outro dia para terminar com calma e ver o Jardim de Boboli em uma linda manhã de sol, e foi lindo andar sem pressa pelas sebes geometricamente podadas ao estilo renascentista (claro que essa parte eu pesquisei, rs).
Mas vamos falar dele. Construído para o banqueiro Luca Pitti, o Palazzo Pitti teve sua construção iniciada em 1457, atribuída a Brunelleschi. Seu tamanho ilustra a determinação de Pitti de superar a família Medici na ostentação de riqueza e poder mas, ironicamente, os próprio Medici compraram o palazzo quando os custos do edifício levaram os herdeiros do banqueiro à falência.Em 1550 tornou-se residência principal dos Medici, e todos os governantes da cidade viveram nela. Hoje seus inúmeros aposentos exibem mais tesouros e acervos dos Medici.*
A Galleria Palatina forma o núcleo central dos museus Pitti. Com Botticelli, Ticiano, Perugino, Andrea del Sarto, Tintoretto e outros, as obras acumuladas pelos Medici estão expostas segundo o desejo dos grão-duques: sem ordem cronológica ou divisão temática. São 11 salões principais – os primeiros cinco com afrescos no teto exaltando a família.
Além da Galleria, há também o Appartamenti Reali e outros acervos como o Museo degli Argenti (Museu da Prata), com objetos preciosos expostos, e a Galeria del Costume, que reflete as mudanças da moda na corte do fim do século XVIII até 1920.
Jardim de Boboli
Atravessando o Palazzo Pitti ainda pudemos conhecer os lindos jardins, chamado de Jardim de Boboli. Projetado para os Medici depois que compraram o Palazzo Pitti em 1549, é um lugar maravilhoso para descansar após a visita ao museu. Jardim no estilo renascentista, foi aberto ao público em 1766. Mais próxima ao palazzo está a parte mais clássica, com sedes podadas em padrões geométricos e simétricos. A vegetação conduz a bosques mais selvagens e no alto, acima dos jardins, o Forte di Belvedere, projetado em 1590 por Buontalenti, para os grão-duque Medici.
Santa Croce
Para você se lembrar: essa é a igreja que tem as tumbas do pessoal famoso. Sério. São quase 300 tumbas e, entre elas, tem Michelangelo, Galileu e Maquiavel. As datas das lápides variam entre os séculos XIV e XIX.
Foi muito legal essa ida até a Santa Croce, que está um pouco mais distante do centrinho que sempre andamos, para poder conhecer essa igreja que possui 115 metros e 38 metros de largura. A praça em frente à igreja, possui ainda alguns eventos e atividades ao longo do ano – quando fomos ia rolar uma feirinha.
Piazzale Michelangelo
E foi aqui, em um fim de tarde, esperando o pôr do sol, que me emocionei de verdade em Florença. Acho que mesmo os locais que oferecem uma vista da cidade, como o Duomo, ou o Campanário, não oferecem o panorama de Florença que a Piazzale Michelangelo oferece. É linda demais!
Um pouco mais distante (coloque aí mais alguns muitos passos até lá), a praça foi projetada na década de 1860 por Giuseppe Poggi e adornada com cópias de estátuas de Michelangelo. Turistas e vendedores de souvenirs se acomodam por lá durante o dia, mas o ponto alto mesmo é o por do sol, sobre o Rio Arno e as colinas toscanas.
Outra dica é aproveitar a luz do dia para tirar boas fotos de Florença, ou tomar um café ou desfrutar de uma refeição em um dos estabelecimentos que existem próximos na piazzale.
Gostou de conhecer Florença? A gente amou. Tanto que já queremos e provavelmente vamos voltar em breve! Se você quer ler outros textos sobre a Itália, clique aqui e veja tudo que já fizemos no país da bota.
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