Acabamos de começar nossa #sérieintercâmbio e já a consideramos pakas (kkkk, alô galera dos tempos do Orkut). E esperamos que você, caro leitor, também esteja gostando das entrevistas que mostram como é a imersão nos estudos em outros países, línguas e culturas diferentes. Hoje vamos ao oeste dos Estados Unidos, mais precisamente na “…Califórnia, viver a vida sobre as ondas“. Essa foi uma das músicas mais ouvidas pela jornalista e intercambista Pamella Massola, quando ela decidiu que estava indo para lá em julho de 2019, rumo a um intercâmbio de Au Pair nos EUA.
A Pam, como chamamos, também é uma amiga querida muito próxima, e acompanhamos de perto todo o processo desde a decisão pelo intercâmbio até, praticamente, o embarque rumo ao desconhecido. Por aqui, já falamos aqui da experiência em Dublin, vivida pela coautora do blog @jeaninecarpani. E já trouxemos também como foi fazer um intercâmbio de férias em Nova Iorque, experiência que foi vivida pela nossa amiga Luiza.
E se você pensa em fazer um intercâmbio como Au Pair, é legal acompanhar a entrevista abaixo para entender um pouco sobre a decisão, a rotina e os melhores e os “não tão bons” momentos que a Pamella passou até agora. Ela está entrando no seu segundo ano de intercâmbio, e já tem na bagagem muita história para contar!
– Qual intercâmbio você está fazendo?
Sou Au Pair! Nesse intercâmbio, vivo com uma família americana e cuido de duas crianças. O menino tem 7 e a menina 5 anos. Eles são meus amores mas, como toda criança, às vezes, me tiram do sério! Aqui tenho meu próprio quarto, trabalho de segunda a sexta e recebo um valor fixo por semana .
– Para qual país você foi?
Sempre tive o sonho de viver nos Estados Unidos e hoje moro em San Diego, na Califórnia. O estado é conhecido como “O Paraíso” e não é mentira. Além das praias, existem muitas trilhas e atividades ao ar livre para serem descobertas. Nunca fui muito fã de natureza mas aqui minha opinião mudou muito. No entanto, se mesmo assim não for muito a sua cara, os shoppings, museus, teatro, bares e restaurantes também valem a pena.
Au Pair nos EUA: veja relato
– Como foi no início?
Difícil! Morar em uma casa com uma família que não é sua, se encaixar na rotina, se adaptar à comida, ainda não ter amigos e ficar no seu quarto no seu tempo livre não é nem um pouco legal. Com o tempo, as coisas foram se ajeitando. Conheci pessoas incríveis, minha host family me ajudou bastante e me incluiu em vários programas. Também passei a amar minha própria companhia.
Hoje, não ligo de ir ao cinema, praia ou até mesmo almoçar sozinha. Aprendi que sou minha melhor parceria e para esse ano dar certo, vou ter que me amar e me valorizar em primeiro lugar. Mas claro que ter alguém para contar os perrengues no final do dia ajuda muito.
– Como foram as aulas, o curso que fez ou está fazendo?
Como Au Pair, é preciso completar no mínimo 72 horas de aula e a sua host family pode arcar com uma bolsa de até 500 dólares. No primeiro ano fiz o ESL – English as a Second Language com três horas de aulas de segunda à sexta. Agora no segundo, quero focar em alguns cursos de comunicação e marketing.
– Qual foi o momento mais desafiador que passou durante o intercâmbio?
Acho que o agora! De forma alguma esperava viver meu intercâmbio junto com uma pandemia. Todos meus planos estão parados e sem previsão de retorno. Meu horário de trabalho aumentou muito porque estou com as crianças em casa todos dos dias desde março e aqui na Califórnia o próximo semestre será todo virtual.
– Qual foi o melhor momento que você passou durante o intercâmbio?
Não digo um momento e sim todas as viagens que já realizei durante o primeiro ano. Já fiz meu check in em Los Angeles, Chicago, Orlando, Nova York e Winnipeg, no Canadá. Minha maior alegria é pisar em um aeroporto. Ir em um show dos Jonas Brothers aqui em San Diego também foi muito incrível. Como boa fã, estar na terra dos seus ídolos e vê-los de perto foi uma experiência inacreditável.
Uma das músicas que mais ouvi na minha adolescência tinha o seguinte verso “Hello Beautiful, how’s going? I hear it’s wonderful in California…”. Quando ouvia em São Paulo, sonhava no dia que estaria nos EUA. Foi muito emocionante ouvir essa música ao vivo e estar realmente na Califórnia. Chorei sim ou com certeza?
– Que dicas daria para quem pensa em fazer um intercâmbio similar ao seu?
Pesquise muito sobre a agência que você for fechar seu programa. No Brasil existem três grandes companhias e cada uma delas com prós e contras. Também é necessário avaliar o que será mais importante para você durante seu ano: Qual a localização da família? Prefere clima quente ou frio?
Além disso, veja também a quantidade e idade das crianças que quer cuidar? Quais seus planos e sonhos durante o ano? Quais cursos você quer fazer? Acho que essas são as primeiras e principais perguntas que você precisa criar antes de embarcar no programa, além de saber que nem tudo são flores quando chegar aqui. Terão dias de lutas mas de glórias também, e são eles que não vão te deixar desistir.
– Você passaria por essa experiência novamente? Ou faria outro intercâmbio?
Como au pair acho que não, mas outro intercâmbio penso e quero muito fazer. Sou muito grata por essa oportunidade que tive, mas cuidar de criança cansa, é trabalhoso e muito estressante. Por mais que ame meus kiddos acho que 2 anos são mais que suficientes.
– Se você fosse dar uma dica para você mesma quando decidiu fazer o intercâmbio, qual seria?
Acho que diria para ter pensado menos e ter vindo um pouco antes. Sempre tive vontade de ter uma experiência fora do Brasil mas fui deixando de lado e colocando outras coisas como prioridade. Não é um arrependimento, mas talvez teria vindo assim que terminei a faculdade e não quase 2 anos depois.
– Mais alguma informação sobre que gostaria de acrescentar?
Seria mais um complemento mesmo da dica pra quem quer fazer o Au Pair ou qualquer outro intercâmbio: se jogue! Viva cada segundo intensamente, aproveite todas as oportunidades e diga sim para todas as aventuras, com cuidado claro! O tempo aqui passa muito rápido e quando você menos esperar, já vai ter que pensar o que fazer quando seu intercâmbio acabar.
E aí, curtiram a entrevista da Pam e as dicas dela como Au Pair? Ela tá vivendo tudo agora mesmo, em 2020, e essa pandemia trouxe alguns aprendizados e experiências a mais para ela que está passando tudo dentro de uma família que não é a sua própria. Um baita desafio!
Semana que vem tem mais! Fiquem ligados que estamos bem animadas com essa #sérieintercambio que está trazendo relatos de experiências diferentes pelo mundo. Não esquece também de nos acompanhar pelo nosso Instagram @VoyajandoBlog, estamos sempre conversando e trazendo conteúdos por lá também!
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