Bonjoooouuuur! Se você nos acompanha no Instagram (segue a gente lá também!), você viu que nós fomos à Paris, pela primeira vez, no meu aniversário desse ano. Era um sonho que eu tinha de conhecer a cidade-luz e, apesar dos poucos dias que passamos por lá – apenas três dias – foi uma experiência inesquecível.
Bom, depois de Roma, que conheci em 2018 pela primeira vez e fiz post aqui no blog, Paris era a cidade que mais queria conhecer na Europa. Vocês podem imaginar, portanto, a minha animação ao pisar lá pela primeira vez e conhecer cada um dos cantinhos – que couberam no roteiro e que foram possíveis – dessa cidade que é certamente única no mundo. Hoje vou te contar como foram meus dias por lá, qual foi o meu roteiro e o que você também pode fazer na cidade em três dias. Vamos? Oui!
- Como planejar uma viagem para Paris?
- Evite filas: como comprar seus ingressos para Paris
- O que fazer em 3 dias? Atrações principais
- Place de la Concorde
- Jardin des Tuileries
- Museu d’Orsay
- Pont des Arts
- Pont Neuf
- Île de la Cité
- Sainte-Chapelle
- Catedral de Notre Dame
- Quartier Latin
- Pantheon de Paris
- Jardin de Luxembourg
- Saint-Germain-des-Prés
- Museu do Louvre
- Palais-Royal
- Petit Palais
- Grand Palais
- Pont Alexandre III
- Campo de Marte
- Torre Eiffel
- Jardins du Trocadéro
- Arc de Triomphe
- Champs-Élysées
- Opera Garnier
- Le mur des je t’aime – O Muro do Eu Te amo
- Sacré Coeur
- Montmartre
- Galeries Lafayette Haussmann
- Onde nos hospedamos em Paris?
- O que mais tem para fazer em Paris?
- Disney Paris
- Palácio de Versalhes
Paris é um clichê muito bom de conhecer. Parece que entramos na tela do computador e estamos andando no Pinterest de tanta beleza, uma beleza simples e chic. A montagem do meu roteiro por lá envolveu tudo que eu costumo fazer antes de uma viagem maiorzinha: vídeos no YouTube, pesquisas em blogs, sites oficiais e muito planejamento. Se é a sua primeira vez por lá – ou mesmo se não é – te convido a fazer o mesmo.
Como planejar uma viagem para Paris?
Bom, para planejar uma viagem para Paris: você vai precisar de foco. Sendo uma capital da relevância que é, Paris tem inúmeras coisas para se fazer e muito provavelmente você não vai conseguir fazer tudo – dói né? Eu também fiquei desconfortável quando percebi que não ia rolar de fazer muita coisa hahahaha. Então para ajudar você a priorizar, pense em algumas respostas às seguintes perguntas:
- Quais as suas prioridades? Museus? Conhecer a cidade mesmo? Gastronomia? Disney Paris? Palácios?
- Quanto tempo você tem?
- Quanto de dinheiro você tem disponível?
- Deslocamentos – onde é o seu hotel?
- Como vai chegar na cidade? Se de avião, por qual aeroporto?
- Quando – em que época do ano – você está indo? Considere aqui se é temporada (a cidade pode estar super cheia), o clima, a temperatura média da cidade na época (ficar passeando na rua quando está muito frio ou calor é horrível, vai por mim).
Essas são algumas perguntas básicas que levamos em consideração em praticamente todas as nossas viagens, e que você vai precisar ter em mente ao montar seu roteiro. Claro que com mais dias, você vai aproveitar muito mais mas, se levarmos em consideração que nem sempre isso é possível, posso dizer por experiência própria que sempre dá pra aproveitar um pouquinho mais se você se planeja com antecedência.
Nosso roteiro: 3 dias em Paris
Para termos de comparação, você já sabe. Trago o nosso roteiro para você se inspirar.
Bom, nós tivemos três dias inteiros em Paris – deixei em negrito aqui embaixo os dias de roteiro na cidade mesmo, porque os outros dois foram de deslocamento. Chegamos na sexta-feira à noite e fomos embora na terça-feira de manhãzinha/madrugada. Vou listar aqui embaixo o que fizemos cada um dos dias. Além disso, para facilitar, vou compartilhar com vocês o meu mapa com tudo que visitamos – ou tentamos visitar – nesses dias.
Claro que as coisas saem do roteiro, algumas coisas vemos mais depressa que outras e com certeza podem haver pontos turísticos por aqui que você simplesmente não se interessa, estavam fechados, ou não deu. Só lembre-se de estudar um pouquinho o roteiro antes e, claro, comprar com antecedência os ingressos para você não perder tempo em filas (compramos todos os nossos aqui no nosso link afiliado, compre também e ajude o blog a crescer).
Dia 1
- Chegada em Paris pelo aeroporto Charles de Gaulle
- Ida ao hotel de Uber
Dia 2
- Place de La Concorde
- Jardin des Tuileries
- Museu d’Orsay
- Pont des Arts
- Pont Neuf
- Sainte-Chapelle
- Notre Dame
- Quartier Latin
- Pantheon
- Jardin de Luxembourg
- Saint-Germain-des-Prés
Dia 3
- Museu do Louvre
- Quartier du Palais-Royal
- Petit Palais
- Grand Palais
- Pont Alexandre III
- Campo de Marte
- Torre Eiffel
- Pont d’Ièna
- Jardins du Trocadéro
Dia 4
- Opera Garnier
- Le mur des je t’aime – O Muro do Eu Te amo
- Sacré Coeur
- Montmartre
- Café des Deux moulins
- Moulin Rouge
- Arc de Triomphe
- Champs-Élysées
- Galeries Lafayette Haussmann
Dia 5
- Ida ao aeroporto Charles de Gaulle de Uber
- Volta à Milão
Evite filas: como comprar seus ingressos para Paris
Paris tem a disposição pelo menos dois passes de museus daqueles que você paga uma vez e usa para várias atrações. Nós preferimos, dessa vez, não comprá-los e vou explicar para você aqui o motivo da escolha. Primeiramente você precisa listar quais atrações você quer/consegue conhecer nessa visita e entender quais os benefícios de cada um dos cartões. Tenha em mente também a duração de cada um e prós e contras que precisam ser colocados na balança.
O mais famoso é o Paris Museum Pass que tem na lista mais de 50 atrações entre museus e monumentos de Paris e região. Ele tem o esquema de quanto mais você visita, mais você economiza e pode compensar para quem está visitando Paris com mais tempo ou não vai incluir no roteiro tantos espaços ao ar livre como nós fizemos. Vale a pena você conferir a lista de atrações antes e entender que os passes são divididos em 2 dias (48h), 4 dias (96h) ou 6 dias (144h).
Como eu contei para você ali em cima, os três dias que nós tínhamos na cidade não entravam no de 2 dias e nem no de 4 dias. Além disso, não tem na lista a Torre Eiffel, que teríamos que comprar por fora. Por outro lado, tem atrações como o Pantheón e o Arco do Triunfo, que nós decidimos não visitar por dentro dessa vez. Dito tudo isso, para nós não compensava. Além disso, o tempo começa a contar (validade do cartão) a partir do seu primeiro uso, então leve também em consideração isso para montar o seu roteiro.
Por isso que o ideal é você listar tudo que vai visitar, os dias que fará a visita, e por na ponta do lápis se esses cartões compensam. Planejamento, também aqui, vai ser a alma da sua viagem.
Dito tudo isso, vamos agora ao detalhe de cada uma das atrações que visitamos. Ao longo delas, também vamos indicando os ingressos respectivos, assim você pode ir se planejando melhor – e comprando com antecedência para evitar todas as filas.
O que fazer em 3 dias? Atrações principais
Nesse tópico vou dividir com você no detalhe as principais informações de cada um dos lugares que visitamos em Paris. Como disse ali em cima, a escolha das atrações foi feita por prioridades – quais eram as coisa que eu mais queria visitar -; por tempo disponível e por facilidade de roteiro – por exemplo ir a Versailhes “gastaria” todo um dia do meu roteiro que eu poderia conhecer outras coisas na cidade.
Outra coisa, a gente tentou ao máximo otimizar o tempo na cidade – que é grande e nem tudo é perto. Isso quer dizer que, começamos o passeio por coisas que poderíamos ver “de fora” ou que são em área aberta tipo a Place de La Concorde, primeiro tópico aqui embaixo. Nesse dia, nosso primeiro compromisso com horário marcado era o Museu d’Orsay, então aproveitamos para descer no metrô perto da praça e já conhecê-la e depois ir caminhando até o museu – passando por alguns outros lugares no caminho.
A vantagem de acordar cedo é que, assim, você pode não só fazer render o seu dia, como também tem a possibilidade de encontrar os lugares bem mais vazios.
Place de la Concorde
Como disse aqui em cima, seguindo a linha de pensamento de fazer render o pouco tempo em Paris, a gente começou o nosso roteiro pela Place de la Concorde. Descemos no metrô ali pertinho e já iniciamos o nosso dia na famosa praça francesa localizada no finzinho da Champs-Elysées. Lembro que a primeira coisa que me impressionou foi o tamanho da praça, é bem grande e majestosa.
Informações? Temos. A praça foi construída em meados do século XVIII com um projeto para homenagear Luís XV. Por ali, você encontra duas fontes e bem no centro da praça um enorme obelisco egípcio de Luxor, do século XIII a.C. (!). Ele foi doado em 1836 para a França e foi posicionado exatamente no chamado Eixo Histórico da cidade – falo mais dele daqui a pouquinho.
Começar nosso roteiro pela Praça da Concórdia foi bem bacana, porque como ela tem uma boa localização, só nesse primeiro giro que fizemos por ali já pudemos ver a Torre Eiffiel, quando seguimos até a Pont de La Concorde que fica do lado (nem precisa cruzar a ponte, se for até ela já dá para ver bem, e aliás essa foi a primeira vez que vi a torre na vida, então não me esqueço). Além disso, para você ter uma ideia, a praça está localizada também entre pontos turísticos famosos como o Museu de l’Orangerie, o Jardim das Tulherias e a Champs-Elysées, além de mais para frente, cruzando o Jardim, ser possível acessar o Louvre.
Eu não sabia na hora, descobri agora escrevendo para vocês, que as oito estátuas que foram posicionadas ao redor da praça representam cidades francesas importantes. Já fica aqui o lembrete para mim mesma para reparar nisso daí quando voltar hehe.
Jardin des Tuileries
Então, saindo da Place de la Concorde, seguimos sentido o Louvre ainda que não fôssemos entrar nele nesse primeiro dia. Eu já tinha visto a Torre né? Queria também passar por fora de um dos principais museus do mundo, hehe. E foi uma ótima escolha, porque como ainda era bem cedinho, pegamos a frente do museu vazia e deu para fazer até um videozinho anunciando no Instagram (segue a gente lá) a nossa chegada nessa cidade encantadora – veja abaixo.
E para chegar no Louvre, saindo da Praça da Concórdia: nada melhor do que passar por dentro do famoso Jardin des Tuileries, simplesmente o jardim mais antigo de Paris. Foi construído no século XVII e é um dos locais mais visitados da cidade dada, claro, a sua localização única.
Como eu disse ali em cima, passamos super cedinho por ali, então vimos vários locais fazendo esporte, passeando com os cachorros. Acho que aproveitam as primeiras horas do dia, antes do jardim ser invadido pelas centenas – ou milhares – de turistas que devem passar por ali diariamente. Ele é bem menor do que o de Luxemburgo, que visitamos depois, mas ainda assim é um check que deveria ser feito nas suas andanças por Paris.
O Jardim das Tulherias, em português, tem uma aparência impecável – daquelas que no imaginário a gente já espera de Paris. Nós fomos na primavera e estava lindo, apesar do clima um pouco nublado logo de manhãzinha. Ele fazia parte de uma palácio que depois foi demolido, restando “apenas” o jardim. Seu nome vem de Tuile, que em francês significa telhas, porque antigamente havia um grande número de olarias que as fabricavam. É também dentro do jardim que você vai encontrar, além de cafeterias e restaurantes, os museus Jeu de Paume e o Museu l’Orangerie – que dessa vez não conseguimos visitar.
Depois de passarmos pelo jardim, demos direto na entrada dos museus do Louvre, mas sobre ele vamos falar só “amanhã”, então resolvemos atravessar o Rio Sena e seguir para a nossa primeira visita de hoje, descrita aqui embaixo.
Museu d’Orsay
A gente fala muito aqui no blog sobre estilos de viagem e eu gosto muito de visitar museus. Sei que não é a preferência geral da nação e também alguns amigos não entenderam minha escolha de ir no Museu d’Orsay e não ir para Versalhes, por exemplo. E é por isso que a gente sempre diz aqui: a gente faz o que dá com o tempo que tem e de acordo com cada estilo de viagem. Dito tudo isso, o d’Orsay realmente não é a escolha óbvia para quem tem pouco tempo em Paris, mas foi uma das minhas escolhas, que acabou se tornando meu museu preferido – até agora – na cidade.
Nós começamos por ele por questões de agenda. Na hora de montar o roteiro completo, acabou que a manhã de sábado seria a mais coerente para nós, em questões de tempo e localização. E foi uma boa escolha porque depois ele começou a encher mas ainda assim conseguimos pegar algumas salas vazias no início da manhã. E é cheio assim não à toa: ele está na lista dos mais visitados do mundo com seus três milhões de visitantes por ano. Toda essa gente vai até lá para encontrar obras de artistas como Claude Monet, Edgar Degas, Vincent Van Gogh e Auguste Rodin, só para citar alguns nomes.
Além disso, o prédio por si só já é um ponto turístico, já que antes de ser museu ele era uma estação de trem, que foi usada inclusive para o desembarque de ex-prisioneiros de guerra quando a Segunda Guerra Mundial acabou. Depois disso a estação, que antes se chamava Gare d’Orsay, foi inclusive ameaçada de destruição para ser substítuída por um complexo hoteleiro, mas em 1977 foi decidido – ainda bem – que o local seria transformado no Museu d’Orsay e o prédio foi inaugurado oficialmente como museu em 1986.
O d’Orsay está localizado na frente do Rio Sena, perto de outras atrações como o Jardin des Tuileries e o Museu do Louvre. Dá para chegar rapidinho de metrô e pegar um dos primeiros horários, como fizemos nós. São quatro níveis de exposição e um sepaço apra exposições temporárias – no dia que fomos estava rolando uma de Gaudì.
A coleção do museu é destinada a objetos – quadros, esculturas, decoração – produzidos entre 1848 e 1914. Ou seja, é mais tarde do que os museus que estamos acostumados a ver na Itália, por exemplo, que muitas vezes focam no Renascimento (lá pros 1500). A era moderna então é retratada por artistas que já ouvimos falar na vida, como Delacroix, Monet, Manet, Van Gogh e muitos outros mais.
Sinceramente, a gente se perdeu um pouco no museu porque não achamos uma “ordem lógica” de percorrer a exposição. Por isso acabamos perdendo um pouquinho de tempo com as idas e vindas e aquela “ansiedade” de estar perdendo alguma coisa importante. Mas no fim deu tudo certo hahahaha.
Recomendaria começar pelo térreo, começando pelas obras que foram produzidas de 1848 a 1870. Por ali, você vai encontrar o trabalho de Edgar Degas, Delacroix e Manet, por exemplo. O museu traz grandes obras dos movimentos impressionistas e expressionistas que provavelmente você já viu em alguma aula de história ou de artes por aí. Eu gostei muito de ir percorrendo a exposição e tendo a oportunidade de ver ao vivo algumas obras de Renoir, Monet e Van Gogh.
Agora a dica óbvia mas que alguns de vocês sempre esquecem: para evitar filas – principalmente na alta temporada de verão e primavera – comprem seus ingressos com antecedência. É um mantra que a gente sempre repete aqui porque, sério, mesmo indo nas primeiras horas da manhã ali para a frente do museu, já tinha gente na fila para comprar seus ingressos e entrar. Por isso, compre seus ingressos antes e evite perrengues previsíveis.
Pont des Arts
Saindo do museu eu só tava mesmo é com fome hahahaha, então veio bem a calhar que no roteiro já havia previsto andar pelas margens do Rio Sena e foi ali mesmo que fizemos o nosso primeiro almoço em Paris. Entramos em um mercadinho nas redondezas e compramos vinho e uns lanchinhos, e fomos para a beira do Rio Sena comer, beber e acenar para os barcos que passavam ali, com turistas que faziam o Cruzeiro no Rio Sena – um dos próximos passeios que gostaria de fazer quando voltasse a Paris.
Mas você está nesse tópico para falar sobre a Pont des Arts, então vamos a ela. Durante esse passeio ao longo do Rio Sena, fomos conhecendo as famosas pontes de Paris, uma mais linda que a outra. A Pont des Arts, por exemplo, é também conhecida como a ponte do amor, já que era ali que as pessoas colocavam os cadeados com nomes e frases, e jogavam a chave no rio.
Esse hábito, digamos assim, foi abolido há alguns anos, já que a ponte já não aguentava mais o peso de tantos cadeados e tinha o risco de acabar caindo. Foram colocados vidros no local para impedir as demonstrações de amor eterno hahahah e preservar a estrutura da ponte, e foi assim que a encontramos.
Bom, a Pont des Arts foi construída entre 1802 e 1804, sob o reinado de Napoleão I. Ela leva esse nome porque liga o Institut de France ao Palais du Louvre, que antes era chamado de Palais des Arts. Foi a primeira ponte de ferro da capital francesa.
Pont Neuf
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1991, a “Ponte Neuf” de Paris é simplesmente a ponte mais antiga da cidade! Isso porque sua construção é de 1607, mas foi a primeira ponte de Paris feita de pedra – as anteriores eram feitas de madeira. E as curiosidades dela não param por aí: além disso é uma das pontes mais longas de Paris, com 232 metros de comprimento.
E tudo isso de comprimento porque ela passa por cima do Sena e liga a margem direita e a margem esquerda à Île de la Cité, uma ilha no meio do Sena, que foi o nosso destino para o início da tarde, e sobre a qual falarei no próximo tópico.
Além disso, é uma ponte realmente muito bonita, não sei se a minha preferida, mas está entre as que mais gostei de conhecer – e pela qual passei algumas vezes. Ela é formada por duas partes, uma com cinco arcos e outra com sete arcos, tem 385 gárgulas esculpidas em pedra e, quando chega à Île de la Cité, ainda podemos conhecer a estátua de bronze do rei Henrique IV da França.
Île de la Cité
E aí chegamos à Île de la Cité. Uma das coisas que mais gostei de Paris é que a cidade em si é monumento. Ou seja, percorrer as margens do Rio Sena para ir do d’Orsay até a Île de la Cité foi fácil, já que tudo é bonito, as pontes são incríveis e cheias de história. Ou seja, além de entrar nos museus, igrejas e monumentos em si, você pode caminhar por ela despretenciosamente e, ainda assim, suspirar em cada uma das esquinas planejadas e lindas.
Passado o momento declaração de amor à Paris, vamos falar então da Île de la Cité, ou ilha da cidade na tradução livre minha – que não falo francês infelizmente hahaha. Essa ilha no meio do Rio Sena é importante porque ali, praticamente, é o berço da capital francesa. O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que é nessa ilha que estão concentrados alguns importantes pontos turísticos como a Catedral de Notre-Dame, o Palácio da Justiça, a Conciergerie e a Sainte Chapelle (que vamos visitar ainda hoje), para citar alguns.
Se trata do núcleo mais antigo de Paris. Foi ali que, olha que interessante, uma tribo celta chamada Parisii se estabeleceu no século III a.C. É daí que vem o nome da cidade e, também nessa ilha, que estabeleceu-se a capital franca desde o século VI. Portanto, a Île de la Cité foi basicamente sede dos poderes real, religioso e judicial por milhares de anos – pois só muito mais tarde os reis decidiram morar na margem direita do Rio Sena e se transferiram para lá.
Sainte-Chapelle
Eu “conheci” a Sainte-Chapelle pela primeira vez em um jogo de videogame do Bruno – juro (!). O jogo Assassin’s Creed Unity, aliás, é uma ótima ideia para a nossa antiga série do Turistando na Quarentena que fizemos quando estávamos todos passando pela pandemia – quem está conosco há mais tempo talvez lembre. Bom, em resumo, o jogo se passa na antiga Paris, durante a Revolução Francesa, e enquanto o Bruno jogava, eu ia me apaixonando pela cidade e vendo alguns dos seus pontos turísticos (os mais antigos) para, depois, reconhecê-los na vida real, durante a viagem, andando pelas ruas e entrando nos pontos turísticos.
Já no jogo dava para ver que se tratava de um lugar lindo. No entanto, e felizmente, o jogo não soube traduzir a real beleza de ver todos aqueles vitrais iluminados pela luz do sol. Foi um dos lugares que mais suspirei ao entrar na vida – e olha que se tratando de Paris isso é uma coisa e tanto. A nossa linda Sainte-Chapelle aqui foi a primeira de uma série de outras “santas capellas” construídas na França durante os séculos XIII e XVI. Claro que ela é um outro patrimônio mundial da UNESCO e foi encomendada por Luís IX, um rei que de tão católico, foi transformado em santo mais tarde.
Essa “capelinha” de dois andares então foi construída por um motivo super nobre: abrigar as relíquias da Paixão, incluindo a coroa de espinhos e uma lasca da cruz de Cristo. Ambas foram realocadas mais tarde para o Tesouro da Catedra de Notre Dame, que fica ali pertinho, mas a magnitude da capela se manteve e desde 1248 encanta todo mundo com seu complexo de vitrais que revelam as cenas do Antigo e do Novo Testamento, além de recontarem a história das relqíuias da Paixão de Cristo.
Como disse ali no parágrafo anterior, então são dois andares. Nós entramos na capela por uma portinha de nada, e ali conhecemos, primeiramente, a capela destinada aos membros da corte e aos criados. Não me leve a mal: ela já é muito bonita. Por ali você pode, inclusive, encontrar souvenirs para comprar se quiser. Mas é só quando pegamos a escadinha e subimos para o segundo andar que a mágica das luzes do sol com o colorido dos vitrais acontece. Vai lá ver, se quiser, claro, e depois me conta o que achou.
Catedral de Notre Dame
Essa daí me doeu conhecer só por fora. Os mais experientes talvez se lembrem que em um triste 15 de abril de 2019 a importante Catedral de Notre Dame pegou fogo e o incêndio destruiu parte da igreja enquanto o mundo todo assistia boquiaberto. Desde então, ela está fechada para visitas, claro, mas a boa notícia é que será reaberta provavelmente em 2024.
Rainha da ilha da cidade, a Catedral de Notre Dame é imponente até mesmo com esses tapumes que atrapalham um pouco as nossas fotos de turista. Também, pudera, a nossa madame aqui é um dos monumentos mais visitados de Paris e é considerada uma obra de arte da arquitetura gótica, com sua fachada caracterizada por uma simetria perfeita e suas proporções harmoniosas. Considerada um monumento histórico da França desde 1862 e, claro, está na lista dos Patrimônios da UNESCO.
Eu realmente fiquei triste por não poder conhecê-la por dentro por enquanto. Ainda por ali, na praça em frente à igreja, a gente vê que não é a toa que a Notre Dame é a Notre Dame. Dezenas de vendedores ambulantes e tudo o mais que você possa imaginar ainda continuam por ali para atender as centenas de turistas que, ainda que fechada, vão visitá-la, como nós também fizemos.
A Notre Dame começou a ser construída em 1163 e concluída dois séculos depois. Claro que além dessa última, pós-incêndio, ela já havia passado por inúmeras restaurações e intervenções. Afinal, se trata de uma senhora de mais de 600 anos que foi testemunha de momentos históricos como a coroação de Napoleão bonaparte e a beatificação de Joana d’Arc.
Quartier Latin
Acabaram-se então nossos compromissos com hora marcada do dia, e resolvemos aproveitar as horas a mais de dia (fomos na primavera, lembra?) para desbravar a cidade. Talvez você já tenha visto por aí na sua pesquisa dos roteiros, mas Paris é dividida pelos chamados arroundissements, que nada mais são do que divisões geográficas dentro da própria cidade, os distritos que, por sua vez, dividem-se em bairros.
A montagem do nosso roteiro levou em consideração as distâncias geográficas e o que tínhamos para fazer naquele dia – por exemplo, caminhamos do D’Orsay até a Sainte-Chapelle, porque havíamos horário marcado nos dois, e no caminho percorrido a pé já fomos conhecendo os pontos turísticos que haviam por ali.
Eu geralmente sugiro que você faça o mesmo, assim conseguirá poupar tempo, enquanto não percorre grandes deslocamentos de transporte público. Se você tem ainda menos tempo na cidade, talvez sua melhor estratégia seja outra.
Bom, agora sim, começo a falar sobre o Quartier Latin. Como o seu francês pode imaginar, o quarteirão latino na minha tradução livremente ruim é uma das regiões mais antigas de Paris. Mas o nome dele não tem relação com o boom de Reggaeton que a gente vê aqui na Europa hahahahaha – desculpem, falar de Paris me deixa feliz e, logo, mais engraçadinha hahaha. O nome Quartier Latin vem lá dos tempos medievais, quando naquela região havia um bom número de escolas de latim e os estudantes usavam a língua por ali.
Segundo os guias que eu li, é ali que acontece o encontro entre os parisienses e os turistas. Minha experiência pessoal foi: só vi um monte de gente, um mon-te-de-gen-te. Juro. Ô bairro cheio! Mas também, considerando que se tratava de um sábado à tarde, de sol, acho mais do que justo a galera se reunir (ou amontoar) ali para aproveitar o bairro super boêmio e animado.
Bom, lá no bairro, além de passear, existem alguns pontos turísticos que escolhemos visitar – não é só um bairrinho bonito, também tem conteúdo. E que vou citar aqui embaixo. Além desses que visitamos, claro, existem muitos outros. Então vale você dar uma pesquisada antes sobre aqueles que mais te interessam. Nós, por exemplo, havíamos colocado no roteiro visitar a Universidade Sorbonne, mas acabamos pulando essa etapa, já meio-vencidos pelos quilômetros andados naquele dia.
Outro check pelo bairro é a Fontaine de Saint-Michel, fonte de São Miguel, que fica localizada na Praça de mesmo nome. A fonte/estátua representa o arcanjo Miguel ferindo Satanás e foi construída em 1860. Nós passamos rapidamente por ali e seguimos a caminhada porque havíamos outros lugares para conhecer.
Pantheon de Paris
Antes de nos encaminharmos para o Jardin de Luxembourg, que na verdade fica perto da universidade, nós preferimos seguir sentido o Panteão francês para conhecê-lo por fora. Dessa vez optamos por não entrar, mas mesmo assim vale a visita porque ele é simplesmente gigantesco. Lá dentro, se você quiser conhecer (tem ingresso aqui), estão os restos mortais de grandes personalidades como René Descartes, Marie Curie e Voltaire, por exemplo. Também ali dentro, você encontrará pinturas que retratam a história da França.
Se você, assim como nós, decidir que dessa vez vai passar o passeio, ao menos chegar ali perto para conhecê-lo por fora já é super interessante.
Jardin de Luxembourg
Após o subir e descer pelo bairro, finalmente chegamos ao lindo Jardin de Luxembourg. E nossa, como gostei desses jardins. Ali, sim, parecia ser frequentado pelos locais que estavam esparramados por todas as partes do parque – chamo de parque porque é grande hahahaha – curtindo o sol, conversando, encontrando amigos e etc. Ele fica relativamente perto da Universidade, e é ali também que está localizado o lindíssimo Palácio de Luxembourg.
Pelo que entendi, esse palácio – que combina perfeitamente com o verde em volta dos jardins – pertencia antigamente à mãe do rei Luís XIII, Maria de Médici, que comprou um antigo hotel e o reformou inteiro para transformá-lo em residência. O prédio passou depois de mão em mão, ao longo da história, mas hoje abriga o Senado da França.
E o que fazer no Jardin? Bom, a gente deu uma passeada por ali, viu as pessoas se divertindo, tomando sol, conversando, e ficamos encantados com as árvores geométricas, tudo iguais, muito bem planejadas e cuidadas. Nos sentamos nas cadeirinhas e fim. É um passeio gostoso para fazer no fim de tarde – e aparentemente os parisienses concordam – então foi legal ter um contato mais próximo com a vida local – ainda que eu me sinta na obrigação de dizer que estava repleto de turistas, como nós hahaha, ali também.
Saint-Germain-des-Prés
Depois de meio descansados de uns minutinhos ali no Jardin de Luxembourg, já mais para o finzinho da tarde, voltamos caminhando pelo bairro e seguimos em direção a Saint-Germain-des-Prés. É uma região praticamente vizinha ao Quartier Latin e por isso foi colocada no primeiro dia, para podermos explorar tudo por ali.
E.. ai, como gostei de Saint-Germain-des-Prés! Com suas ruazinhas charmosas, elegantes, restaurantes e cafés para todo o lado com a galera sentada só vendo o ir e vir (repare que os cafés e restaurantes deixam todo mundo sentado na direção da rua). O bairro tem uma alma boêmia que foi construída, principalmente entre os anos 30 e 50, quando por ali se reuniam a nata da literatura e filosofia da época.
O charme do roteiro aqui é andar pelo bairro. Simples assim. A gente foi, voltou, percorreu as pequenas ruas e até passou na frente dos pontos turísticos famosinhos – e lotadinhos – como o Café de Flore e o Les Deux Magots. Não entramos, mas passamos na frente hahaha. Outra coisa para fazer por ali é dar uma passeada na Rue de Rennes, que é uma longa rua cheia de lojas e lojinhas, hotéis, patisseries e muito mais. Dá para usar um tempinho do seu dia por ali para passear.
Nós ficamos no bairro até o comecinho da noite, quando nos encaminhamos para o restaurante que havíamos reservado uma mesa pelo The Fork. Já falei sobre ele aqui, é um aplicativo que usamos também em Milão para fazer reservas de restaurantes – sem o estresse de ter que ligar e com o conforto de chegar e já ter seu lugar garantido, sem filas. Usando nosso código (8258C6DC) você ganha desconto para a primeira reserva que fizer pelo aplicativo. E assim se foi o nosso primeiro dia em Paris.
Museu do Louvre
Eu não esperava que vocês achassem que eu me esqueci dele. Claro que não. E não só não nos esquecemos como também chegamos super cedo nos arredores de um dos principais museus do mundo, porque reservamos (sem filas e sem estresse) o primeiro horário de entrada por ali. E digo mais: quem nos acompanhou lá no Instagram viu que zeramos – real – as filas porque entramos por uma entrada especial e fomos, simplesmente, os primeiros a entrar no museu por aquela entrada – juro gente, parecia que tava errado hahahahaha.
A nossa entrada – que agora se tornou a preferida – foi pela Porta dos Leões. Uma outra entrada boa – para fugir das grandes filas das pirâmides – é a entrada do Carrossel do Louvre. De nada. E não se preocupe em perder nada, tá? De um jeito ou de outro você vai sair embaixo das pirâmides, você só não vai descer por elas – e vai evitar toda a fila ali fora para isso.
Bom, e aí entramos né? Subimos as escadas, e eis que já estávamos dentro do museu e, mais precisamente, demos de cara com a ala do Renascimento Italiano. E sabe quem é dessa época aí? Pois é. Leonardo da Vinci. E sabe uma das coisas que ele resolveu fazer quando tava vivo? Sim, A Mona. A rainha do museu estava, com certeza, a poucos passos de nós então saímos – praticamente – em disparada para encontrá-la o mais vazio o possível – ou seja, logo de manhã na abertura do museu, quando o pessoal que está entrando ainda está procurando por ela.
Indo o mais rápido que a nossa dignidade nos permitiu, encontramos. E pegamos a sala bem mais vazia do que geralmente é (garanto a vocês, ainda que tenha sido minha primeira vez por ali, sei que tava bem mais vazia). E bom. A conhecemos, demos esse check na lista do turismo mundial e partimos para os próximos passos. Afinal, ainda tínhamos mais de 480 mil obras de artes para – não – ver e dezenas de alas e corredores para percorrer dentro desse museu que é gigante.
E quando a gente ouve falar que ele é gigante, acredite, ele é gigante. É impossível conhecê-lo em um dia só e arriscaria dizer que é muito difícil conhecê-lo em uma só viagem – ainda que você volte lá em outros dias espaçados. É tão grande que cansa. E a ordem que você vai percorrê-lo é você quem escolhe. Então até aí tem que rolar uma mini-programação inicial que pode ajudar você a não se perder tanto ali dentro.
Eu não vou conseguir te ajudar nesse ponto, mas vou compartilhar com você aqui embaixo quais são as obras que nós tentamos priorizar e buscamos ver ali dentro, escolhe-las antes nos ajudou a entender qual caminho íamos percorrer (quando chegamos lá dentro, nada muito planejado antes). Talvez te ajude também. Boa sorte e aproveite muito porque, apesar de grande e cansativo, é um dos maiores e melhores museus do mundo e é um privilégio conhecê-lo!
Ah, e levamos cerca de três horas para decidirmos sair do museu. Foi um bom tempo, vai? E lembrando que as obras aqui embaixo não estão “em ordem”. Nós montamos a ordem da visita lá dentro, conforme íamos acompanhando o mapa, já que entramos por outra porta.
- Mona lisa
- O Casamento em Caná (na mesma sala da Mona)
- São João Batista – quadro do Leonardo da Vinci
- A Liberdade Guiando o Povo
- Vênus de Milo
- A Coroação de Napoleão
- Vitória de Samotrácia
- Cripta da Esfinge (e área do Egito como um todo)
- Escriba Sentado
- Apartamentos de Napoleão
- Fundações do Louvre medieval
E foi mais ou menos isso. Claro que indo de uma obra para a outra, nós fomos nos encantando com cada um dos corredores com outras milhares de obras. Era legal também que às vezes nós paravámos em frente à um quadro ou outro e quando íamos ver quem pintou: Leonardo da Vinci, Rafaello (não sei, to chutando), mas tipo, eram pessoas famosas ali, no meio do corredor, misturado com outras obras igualmente – tenho certeza- famosas.
Em um resumo nada resumido, são 35 mil obras de arte lá dentro. TRINTAECINCOMIL. Pois é. Elas estão espalhadas por 14 quilômetros de galeria. Além disso, a arquitetura né? Afinal, o museu já foi residência real, levou séculoS para ser construídos – vimos inclusive pedaços de uma fortaleza remanescente por ali. Enfim. Impossível resumi-lo em um tópico dentro de um texto sobre Paris. Então eu vou parar por aqui.
A única coisa que preciso te lembrar é que, para conhecer e fazer as fotos na pirâmide invertida – já que não entramos por ela – temos que ir na direção do Carrossel do Louvre.
Palais-Royal
Bom, saindo do museu a gente tinha mais uma caminhada para fazer, em direção à Dama de Ferro. Antes disso, precisava ser alimentada. As horas de museu são cansativas. Então nos dirigimos à saída do Carrossel como disse ali em cima, e almoçamos Mc Donald’s no shopping que tem saindo do Carrossel – é meus queridos, não é só de tartar e de creme brulee que se vive em uma visita à Pari$$$$.
E aí estávamos já no Palais-Royal. Como assim? É que esse é o quarteirão onde está localizado o Louvre e, já que você está nele, porque não parar uns minutinhos para fazer as fotos de turista e conhecer a grandiosidade e a beleza de uma das atrações da capital francesa, não é mesmo?
Por ali, hoje em dia, estão localizados alguns órgãos governamentais e, antigamente, já foi um palácio real – daí o nome. Construído em 1632, o lugar teve moradores nobres como Luís XIV e hoje é um dos pontos mega fotografados da capital francesa.
Eu disse fotografado? Oui, oui. O chamado Pátio de Honra é figurinha marcada nos perfis de Instagram afora. Por ali você encontrará um conjunto de 260 colunas de diversas alturas, em mármore preto e branco, e encontrará também uma multidão de turistas tirando as mais variadas fotos. Se trata de uma instalação chamada “Deux plateaux”, do escultor Daniel Buren. Conhecida como “Colunas de Buren, esse é mais um ponto instagramável de Paris para você marcar presença – como se a cidade não tivesse muitos outros.
Se você tiver tempo e quiser, também dá para fazer um passeio pelos Jardins do Palais Royal. São jardins reais né? Então com certeza seriam lindos e ótimos para um descanso entre as árvores. A gente não tinha tempo para isso, então seguimos o roteiro hehe.
Petit Palais
Seguimos caminhando até chegarmos à frente do Petit Palais. Um prédio – lindo, claro – construído em conjunto com o Grand Palais e com a Ponte Alexandre III, para a Exposição Universal de 1900, um evento que simplesmente marcou a história de Paris. Você vai ver que vamos falar algumas vezes desse evento porque realmente teve importância histórica para a cidade ser como ela é hoje.
Mas, voltando ao Petit Palais, hoje ele é sede do Musée des Beaux-Arts de Paris, após passar por uma reestruturação completa em 2005. Exibe obras desde a antiguidade até o século XX, passando pelos períodos antigo, medieval e renascimento italiano e francês.
Como estávamos com pouco tempo na cidade, sim falarei isso muitas vezes nesse texto – prioridades, lembra? – a gente seguiu caminho pois não estava previsto no nosso roteiro entrar no Petit Palais. Mas, se você quiser, pode se programar para visitá-lo, saiba que a entrada para a coleção permanente é gratuita.
Grand Palais
Aí para chegar ao Grand Palais a gente só precisou atravessar a rua. Sim, ele fica de frente para o Petit Palais e também foi construído na época da Exposição Universal de 1900. O lugar abriga mostras e eventos de relevância internacional e foi completamente construída no estilo belle epoque.
A gente também só admirou por fora, mas já dá para ver o quão majestoso ele é, decorado ricamente com suas colunas e estátuas de bronze. Hoje, por ali, além dos eventos internacionais, existe também um restaurante e um museu dedicado à ciência, inaugurado em 1937.
Quando passamos por ali, ele estava sob uma grandíssima reforma, mas isso não nos impediu de admirar sua beleza e sua famosa cúpula de vidro gigantesca. Aliás, falando de tamanhos, são 77 mil metros quadrados construídos e dedicados à república e à glória da arte francesa.
É um lugar realmente emblemático e muito interessante. Além da sua importância histórica, o Grand Palais recebe uma enorme pista de patinação no gelo durante a época de natal.
Pont Alexandre III
Bom, e aí a gente chegou na lindíssima Ponte Alexandre III. Falei dela aqui em cima. Construída junto com o Petit e Grand Palais na época da exposição, ela é todinha em estilo Art Noveau e foi dedicada a enaltecer a aliança entre a França e a Prussia. Foi inaugurada em 1900 para a Feira Mundial – outro nome da Exposição Universal – e recebeu o nome do czar Alexandre III da Rússia.
Cheia de querubins, ninfas e cavalos alados e lâmpadas ornamentais ao longo dela, a ponte que também cruza o Rio Sena é toda branca e decorada em metal dourado. É realmente muito bonita e, claro, considerada uma das mais elegantes e ornamentadas da capital francesa.
A ponte liga a Champs-Élysées à região do Invalides, um outro ponto turístico muito conhecido da capital. E como tudo na cidade respira história e arte, quatro colunas decorativas nas suas extremidades representam a França ao longo da sua história, com uma escultura medieval, uma renascentista, uma para o Rei Sol e uma contemporânea.
Campo de Marte
Nosso passeio pelo Rio Sena continua e agora vamos, finalmente, chegar aos pés da Dama de Ferro. Como ainda tínhamos tempo até o nosso horário de subir na Torre Eiffel, decidimos conhecer o famoso Campo de marte, ou Champ de Mars, que é o maior parque público de Paris.
Ele homenageia o Deus romano da Guerra, Marte, e antes era usado para desfiles militares. Hoje, é definitivamente um ponto de encontro entre os parisienses e os turistas que se reúnem ali para, além das fotos da torre, fazer piqueniques. No Campo de Marte também rolam diversos eventos ao longo do ano, como festivais, shows e etc.
A nossa ideia era ficar um pouquinho por ali antes de voltar para a Torre no nosso horário de subida, mas como eu contei no post de perrengues de viagem pelo mundo, o meu pé já dava sérios sinais de esfolamento e então preferi já ficar mais pertinho para não correr o risco de ele falhar de vez antes de chegar na dama de ferro. Além disso, estava bem cheio e é um mega descampado aberto e estávamos em maio, fazia um belo calorzinho e eu não me animava muito com a ideia de ficar debaixo do sol – sol fraco, de primavera, mas mesmo assim sol – por muito tempo.
Maaaas, na minha próxima visita a Paris, quem sabe não deixo algum tempinho para ficar por ali só admirando e curtindo o belo cenário. Aliás até sugiro que você faça o mesmo, assim você terá a visão da torre de baixo e, logo em seguida, a visão de Paris – e do Campo de Marte – de cima, já que vamos subir nela.
Torre Eiffel
Chegado o momento de subir na Torre, eis que fomos para lá. São dois controles de segurança antes de você pegar o elevador para subir, então recomendo que você chegue um pouquinho antes do seu horário. Aliás, falando nisso, claro que muita gente prefere deixar para comprar na hora o ingresso para subir na torre, já que o dia pode estar nublado e se você tiver mais tempo de viagem, você pode subir em um dia que o céu esteja limpo. No entanto, eu não recomendaria essa estratégia.
Como vocês que nos acompanham sabe (e para quem está chegando agora saber), eu gosto de planejar as viagens com antecedência. Subir na Torre Eiffel foi uma das prioridades que tive para essa viagem e, então, para mim era importante que desse certo. Aliás, isso era até mais importante do que se chegasse lá em cima e não desse para ver muita coisa da cidade. Meu foco ali era na experiência de subir na torre, de vê-la por dentro, de estar entre as suas estruturas de ferro, entende? Então arriscar não ter mais ingressos porque eu queria ver a vista de Paris – da qual podemos ver de outros lugares também – não era uma opção no meu caso.
Bom, justificada a minha reserva antecipada dos ingressos (você pode fazer o mesmo clicando aqui com nosso parceiro ou diretamente no site da Torre Eiffel), vou te contar como foi realizar esse sonho. Eu já estava encantadíssima com a visão da torre debaixo e foi igualmente incrível poder testemunhar a vista que a torre tem de Paris, lá do alto.
Depois que passamos o primeiro controle, seguimos para a área que fica, literalmente, debaixo da torre. Pelo que eu tinha lido, antigamente era possível a todos circular naquela área ali. Mas por razões de segurança, eles fecharam e agora devemos passar pela segurança antse de chegar embaixo da torre. De lá, temos acesso então as filas de quem vai subir pelas escadas e de quem vai subir pelo elevador (nosso caso).
Seguimos para lá no nosso horário e pegamos mais uma filinha para passar por um segundo controle. De lá, pegamos o elevador e foi muito legal ter a experiência de subir vendo toda a estrutura de ferro ao redor. E enquanto estamos subindo, te conto um pouquinho sobre ela.
A icônica torre de ferro foi construída para comemorar o 100º aniversário da Revolução Francesa e era super controversa: muitos parisienses a viam como uma monstruosidade hahahahaha. Imagine você. E ela nem mesmo era para continuar por ali, já que seria desmontada ao fim do evento – que evento? Claro, a Exposição Universal de 1889. Aliás, ela era o arco de entrada da exposição.
Apesar disso, rapidamente ela ganhou o coração das pessoas que avistavam a cidade e o monumento, este que foi projetado pelo engenheiro Gustave Eiffel (daí o nome) e se tornou hoje uma das atrações turísticas mais visitadas do mundo, arrancando suspiros de milhões de visitantes todos os anos.
A nossa visita foi direto para o segundo andar da torre e depois descemos para o primeiro (ainda é possível visitar um terceiro, mas não havíamos comprado o ingresso para subir ainda mais). Sobre a experiência, eu achei muito legal rodar por tudo ali. Além de ter uma visão 360 graus da cidade e ver vários pontos turísticos de cima, também é possível ver lojinhas de souvenirs e até tomar café – ou um belo champagne – lá em cima, experiência que não fizemos mas que deve ser interessante hahahah.
Uma coisa que achei curiosa é que parece que “falta alguma coisa” na paisagem vista da torre e que é exatamente a torre. Depois de quase dois dias andando por Paris, a gente se “acostuma” (acostuma marcadamente com aspas, porque eu não sei fingir costume na real) com a torre ao fundo. E ver Paris do alto, sem ela ali, é no mínimo curioso.
E já que estamos falando disso, também deixe um tempo para admirá-la, ali dos arredores, à noite. Explico: depois do pôr do sol, todos os dias, a Torre se acende e ilumina o cenário de Paris – ela se apaga pouco antes da meia noite. Além disso, a cada hora cheia, ela brilha! Como assim? Ela fica piscando centenas de luzinhas e é simplesmente lindo quando isso acontece. Não deixe de ver pelo menos uma vez, tá?
Jardins du Trocadéro
Bom, descendo da torre (escolhemos o elevador para descer já que eu não sentia mais os meus pés devido às bolhas), nos encaminhamos para o melhor lugar para admirar a Torre Eiffel – e não, não é só do Campo de Marte que você tem uma belíssima visão dela. A terraça monumental do Trocadéro é um lugar mais alto, do qual você consegue ter uma visão panorâmica da torre e da cidade de fundo.
Para chegar à ela, você desce da torre e atravessa o Rio Sena pela Ponte d’Iéna – passando e saltando pelos inúmeros vendedores ambulantes que te oferecem a Torre Eiffel em todos os formatos, tamanhos, cores possíveis e inimagináveis, ao gosto do freguês. É difícil dar as costas para a torre, eu sei, mas vai valer a pena quando você chegar aos Jardins du Trocadéro. Uma vez que ali chegou, você poderá escolher onde prefere tirar a sua foto, o pessoal gosta muito lááá de trás, do alto da escadaria, ali fica lotado.
Agora vamos para a história. O local recebeu o seu primeiro jardim para, adivinha, a Exposição Universal de 1878. Na época ele recebeu um estilo oriental, com minaretes. E aí anos depois ele foi reformado para, adivinha de novo, sim, mais uma Exposição Universal, mas dessa vez de 1937. Dá para ver o quanto Paris se beneficiou dessas exposições, né? Mas dessa segunda vez a reforma já trouxe aos parisienses o jardim como ele é hoje.
Curiosidades? Temos! O lago artificial que existe ali tem, acredite, 20 canhões de água que são capazes de gerenciar 5700 litros de água por segundo. À noite, que eu não vi mas na próxima verei, existe por ali uma interessante iluminação, com a torre de fundo, que torna tudo ainda mais encantador.
Arc de Triomphe
O Arco do Triunfo foi um dos pontos turísticos que ficamos em dúvida se conseguiríamos encaixar nessa viagem ou não. Nesse caso, decidimos por não subir nele mas, claro, resolvemos conhecê-lo por fora. Isso porque ele é, querendo ou não, um dos pontos turísticos mais visitados e importantes da capital da França , localizado no fim – ou começo – da famosa Champs-Élysées.
O arco começou a ser construído em 1806 à pedido do imperador Napoleão, que tinha como objetivo celebrar as conquistas militares. As obras duraram cerca de 30 anos e em 1836 o majestoso Arco do Triunfo, com seus 50 metros de altura estava pronto. Mas o imperador acabou não vendo sua obra concluída, já que em 1815 ele perde a famosa Batalha de Waterloo na hoje Bélgica enquanto o arco ainda estava sendo projetado.
No entanto, até hoje nele podemos encontrar escritos os nomes das mais de cem batalhas e dos mais de 500 generais que lutaram ao lado de Napoleão e o ajudaram nas vitórias militares que conquistou. O Arco do Triunfo possui ainda o Túmulo do Soldado desconhecido, que fica na sua base.
Outra coisa que talvez você gostaria de saber é que é exatamente ali no arco que acontecem as principais manifestações políticas e grandes cerimônias patrióticas da França. E é ali também que se encontram 12 importantes avenidas de Parrrrí – claro que uma delas você já sabe, a Champs – sendo que o arco fica ali no meio, no encontro de todas elas.
Um dos passeios que Paris nos proporciona, então, é exatamente vê-la do alto dos 50 metros de altura do Arco. Nós o vimos e o conhecemos debaixo, já que nessa viagem nossa vista panorâmica seria do alto da Torre Eiffel por questões de tempo e investimento$$$ também. Se você tem vontade de fazer o passeio, lembre-se de usar a passagem subterrânea que atravessa a rotatória/cruzamento que deve estar na lista dos mais insanos do mundo. Fique uns minutinhos ali na frente como eu fiquei que você vai entender do que estou falando.
Por isso, reforço a dica, não atravesse. Use a passagem subterrânea para chegar lá embaixo do monumento e iniciar sua visita com segurança.
Champs-Élysées
E já que estamos no começo/final de uma das avenidas mais famosas do mundo. Já vamos falar sobre ela. Falar e caminhar. Já que não íamos subir no Arco do Triunfo, aproveitamos o tempinho para ir andando pela Champs-Élysées e explorando tudo por ali. E minha visão foi de explorar mesmo, com curiosidade, vendo as fachadas de lojas incríveis, as pessoas que por ali caminhavam, e toda o lifestyle parisiense turístico que existe pela larga e comprida avenida.
E saiba que você pode até falar para os seus amigos que fez compras na Champs-Élysées. Isso porque além das grandes grifes e gigantes da moda mundial, você também pode encontrar outras gigantes como a Zara, a H&M e outras fast-fashions que são mais amigas dos nossos bolsos.
A Champs para os intimos tem quase dois quilômetros de extensão. E é interessante ver que ela vai mudando conforme você vai caminhando nela. Sua história começa lá em meados de 1640, quando havia por ali, veja você, uma plantação com as árvores alinhadinhas. Esse alinhamento, mais tarde, deu origem então ao que hoje conhecemos como a avenida mais famosa de Paris.
Opera Garnier
Essa daqui eu conheci antes, vendo Emily in Paris e também vendo vídeos de viagens para Paris. E eu simplesmente sabia que queria muito conhecer. Também conhecida como Palais Garnier o famoso teatro está localizado nono arrondissement e foi planejado pelo arquiteto francês Charles Garnier em 1875. Esse lugar simplesmente combina com Paris, não sei bem como explicar.
É suntuoso, majestoso, e não só por fora. Assim que entramos nos deparamos com a grande escadaria, repleta de varandas ornamentadas onde o pessoal da época conseguia ver quem estava chegando para acompanhar as apresentações. Aliás, essas apresentações acontecem ainda hoje por lá, mas infelizmente não tivemos a oportunidade ver uma – mas como eu queria!
A Ópera Garnier é a casa que recebe então, até hoje, tanto a ópera quanto o balé de Paris. Ao longo dos anos, foram muitas as apresentações importantes que por ali passaram, incluindo “O Lago dos Cisnes” que foi apresentado no local pela primeira vez.
E falando de grandes apresentações, tem uma outra obra que me fez ”conhecer” a Opera Garnier antes de conhecê-la de verdade: O Fantasma da Ópera. Não sei muito bem o motivo mas, desde criança, era fascinada pelo livro publicado pela primeira vez em 1910 – e que depois virou musical e filme – sobre o fantasma e na época nem entendia direito onde se passava a história. Pois bem, ela se passa aqui mesmo: no Palais Garnier.
Seu autor, Gaston Leroux, se inspirou em um suposto misterioso lago subterrâneo embaixo da ópera onde vivia o fantasma e que se apaixona pela jovem Christine. Em muitas passagens da história a ópera é citada, como a grande escadaria, o auditório e o lago.
Bom talvez pelo tamanho do tópico eu nem precise dizer que amei visitar a famosa ópera de Paris. Acho que, assim como a cidade, tudo ali respira arte, história e realmente entrar e poder vivenciar todo esse lugar é uma oportunidade única.
História da Ópera Garnier
O local foi encomendado por Napoleão III em 1860. A ideia era substituir a antiga casa de ópera da cidade e então realizaram um concurso para escolher qual arquiteto faria o projeto. Quem venceu foi o Charles Garnier, que depois acabou dando seu nome para a ópera. Foram 15 anos supervisionando a construção do edifício que, aliás, passou por várias questões de construção já que a área ali, antes, era toda alagada.
Um dos grandes destaques da decoração é o lustre gigantesco que tem no auditório – aliás, o lustre foi até tema de musicais e filme como vimos ali em cima. Mas além dele, a Ópera Garnier tem todo um interior decorado com esculturas, mosaicos, tudo dourado, tudo lindo, oui oui. O estilo ali dentro é chamado de Beaux-Arts, que era popular no país no fim do século XX.
Le mur des je t’aime – O Muro do Eu Te amo
Saindo da ópera fomos conhecer, finalmente, a região do bairro Montmartre. Fomos de metrô e a nossa primeira parada foi no Le mur des je t’aime. É uma parada rapidinha mas bem romântica, se trata de um muro criado em 200 pelo artista Frédéric Baron e pela calígrafa Claire Kito. Juntos, eles escreveram em 250 diferentes línguas a frase “Eu amo você”.
É uma parada bem rapidinha para fotos, fica dentro de um jardim minúsculo chamado de Square Jehan Rictus. Ainda que seja pequeno, se prepare, é beeeem frequentado por turistas e pela galera que quer fazer umas fotos românticas em Parriiiii. A parede de 10 metros de largura por uns 6 metros de altura tem 612 azulejos azuis dispostos como se fossem um quebra-cabeça azul e branco. As línguas foram organizadas de maneira alfabética.
Sacré Coeur
Saindo do muro, nós procuramos um lugar para almoçar e depois seguimos morro acima em direção à Sacré Couer. Essa que é a Basílica do Sagrado Coração de Paris, pano de fundo também para algumas obras do cinema mas famosa não só por elas, já que é o ponto mais alto de Paris, possui toda a boêmia do bairro em volta, e tem uma vista para o pôr do sol em cima de Paris de tirar o fôlego. Enfim, os motivos para visitá-la são muitos!
A igreja católica romana, construída entre 1875 e 1914, está localizada no ponto mais alto de Paris. Então mesmo que você não seja um super fã de visitar igrejas, talvez valha subir até lá para ter uma vista panorâmica da cidade e para conhecer a arquitetura única, com sua grande cúpula, os mosaicos, vitrais e pela sua cor sempre branquinha.
Falando da cor, aliás, ela é sempre assim branca porque foi construída com um tipo especial de pedra que se chama travertino, um tipo de calcário. Com a mistura de ar e água, existe uma espécie de reação que forma uma crosta de carbonato de cálcio, que tem a cor branca. Legal né? É como se ela fosse autolimpante hahahah. Essa reação que acontece no tipo de calcário, na real, é um meio de proteção da própria pedra, evitando a erosão ao longo dos anos. A mesma pedra foi utilizada para construir o Arco do Triunfo, que já vimos ali em cima.
A visita à igreja é gratuita mas é possível também subir os cerca de 300 degraus e ir até a sua cúpula – ai já é um passeio pago. Nós optamos por não fazê-lo mas se você quiser, dava para adquirir ali na hora e subir, a vista de Paris deve ser ainda mais incrível de lá né? Outra opção de visita paga é para conhecer as criptas da igreja.
História da Sacré-Coeur
A igreja foi construída no fim do século XIX, após a Guerra Franco-Prussiana. Os franceses na época fizeram um apelo para que a igreja fosse construída como símbolo de paz, cura e unidade nacional. Interessante né? Aí em 1873 um grupo de católicos se dedicou a levantar fundos para a construção de uma basílica dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Em 1875, a construção começa no bairro de Montmartre.
Os arquitetos que fizeram o projeto da basílica se inspiraram na arquitetura românica e bizantina e hoje temos a igreja como ela é, em forma de cruz, repleta de mosaicos e vitrais, com uma grande cúpula. Foram quase 40 anos para finalizar a igreja, e só em 1914 os trabalhos foram concluídos.
Montmartre
Depois de conhecer a famosa basílica, fomos descendo e explorando um pouquinho de Montmartre, a famosa e boêmia região de Paris. Localizado na parte norte da cidade, no alto de uma colina que oferece vistas panorâmicas para a capital francesa, a região é conhecida pela sua história e cultura que, posso dizer, são únicas.
O rolê, na realidade, é passear por ali e vivenciar um pouco da sua atmosfera boêmia, vibrante e artística, com suas lojas, cafés e restaurantes únicos. Dizem também – mas isso não pude comprovar – que a vida noturna também bomba por ali. Bom, entre os pontos turísticos, dois nós já citamos: o muro Le mur des je t’aime e a basílica de Sacré-Coeur.
Além deles, você também pode tirar um tempinho se quiser para conhecer o famoso cabaré Moulin Rouge (nós só passamos na frente) e também o Café des Deux moulins, cafeteria que ficou famosa no filme “O fabuloso destino de Amélie Poulain“.
Esse bairro foi também morada de muitos artistas famosos, como Salvador Dali e Pablo Picasso. Até hoje, a região mantém sua alma artística, com inúmeras galerias e vários artistas de rua trabalhando por ali. Dizem que o segredo aqui é explorar a região sem pressa.
Galeries Lafayette Haussmann
Para finalizar o dia, voltamos para a região da Ópera Garnier para conhecer as Galerias Lafayette. A famosa e luxuosa loja no centro de Paris foi fundada em 1893 com uma arquitetura única no estilo Art Noveau. Mesmo que você não esteja na cidade para fazer compras, vale a visita pela sua arquitetura magnífica – com uma cúpula gigantesca feita de vidro – e também pelo seu terraço incrível, com uma vista inesquecível – e gratuita – de Paris.
Na realidade não é apenas um prédio mas vários que compreendem mais de 750 mil metros quadrados de lojas que, juntas, fazem das galerias Lafayette uma das maiores lojas de departamento do mundo. Por ali você vai encontrar não só as roupas, sapatos, jóias, beleza, mas também restaurantes, bares, cafeterias, mercado e muito mais.
E, como quase tudo em Paris que citamos aqui, não se trata só de uma loja mas também de um ponto turístico. Periodicamente, a loja ainda recebe eventos dos mais diversos, como exposições, desfiles e workshops.
Onde nos hospedamos em Paris?
Deixei esse tópico mais para o final porque, estando uma vez apenas na cidade, eu não poderia dar dicas para você de onde é melhor se hospedar. Claro que, se você pode (€€€€), se hospedar em bairros bem localizados, nos chamados arrondissement com números menores, significa que você está mais próximo dos pontos turísticos principais. Mas Paris é uma cidade bem grande, então você pode pensar também em regiões como a do Quartier Latin ou Saint Germain – que são lugares que eu adorei – e ver se por ali as hospedagens cabem no seu orçamento.
No nosso, na época, não coube. Então optamos por usar o transporte público de Paris e seu famoso metrô, e acabamos escolhendo o Ibis Budget Paris Clichy Mairie para nos hospedarmos. Ficamos a cerca de 30 minutos do centro da cidade de metrô, e funcionou bem para nós.
Então os três dias que ficamos por ali, pegávamos o metrô de manhãzinha e íamos até o centro da cidade, passeávamos o dia todo, e voltávamos só a noite depois da janta. Se esse não é o seu ritmo de viagem, pode ficar desconfortável se hospedar “mais longe”, caso queira de repente pegar alguma coisa no hotel e sair de novo. Então tenha isso em mente.
Uma outra coisa que, para nós, foi benéfica é que essa região está localizada mais ao norte da cidade, exatamente na direção do aeroporto Charlles de Gaulle. Nós chegamos super tarde em Paris na sexta-feira à noite e saímos mega cedo na terça-feira de manhã, então para nós foi benéfico porque de Uber saiu mais barato ir até Clichy e depois sair de lá para o aeroporto – se comparado ao que gastaríamos para ir e voltar de Uber ou taxi do centro da cidade.
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O que mais tem para fazer em Paris?
Esses aqui não deu para a gente visitar, infelizmente. Aliás, dar, até dava. Mas falei de prioridades ali em cima, né? E como esses dois – que eu não vejo a hora de voltar para conhecer – ficam localizados fora da cidade, nós “perderíamos” um tempo de deslocamento que eu poderia usar para conhecer um pouco mais Paris. Minha opção foi essa, a sua pode ser diferente, e se for, me conta depois se valeu a escolha!
Lembre-se que além dos dois tópicos aqui citados aqui embaixo, Disney e Versalhes, existem, claro, muitas outras coisas para fazer em Paris e algumas já fomos citando ao longo do texto, como o Pantheon, subir no Arco do Triunfo e muito mais. Tudo vai depender do tempo que você tiver disponível na cidade!
Disney Paris
Não é segredo para ninguém que eu amo o universo Disney (veja tudo que já saiu no blog sobre o assunto), mas a Disney Paris não coube nessa viagem. São dois parques no complexo, que está localizado a cerca de 40 minutos da cidade. O acesso é bem fácil – dá para ir de trem – e, chegando lá, o ideal é que você já tenha seus ingressos em mãos (compre aqui o seu). São mais de 50 atrações que podem ser visitadas no mesmo dia ou em dias consecutivos, depende do ingresso que você escolher.
Além disso, claro, você vai ter toda a magia Disney à disposição, com shows, paradas, gastronomia de todo tipo e lojinhas cheias de coisas que você “precisa ter” hahahaha. Claro que, sendo a Disney, existe uma boa variedade de hotéis e hospedagens ali no entorno, pode compensar ficar por lá (já que os preços das hospedagens em Paris nos assustaram um pouco).
Bom, não fomos nessa viagem mas fomos em outra, alguns meses depois (antes de eu ter tempo hábil de soltar esse post aqui que você está lendo). Mas já escrevi sobre o outro porque precisava te contar sobre a novissima área da Marvel que foi inaugurada no segundo semestre de 2022 no Walt Disney Studios. Então vem ler!!
Palácio de Versalhes
Patrimônio Mundial da UNESCO, exemplo da arte e da arquitetura francesa do século XVII. Fica a aproximadamente 40 minutos de Paris – dá para ir de trem – e era ali que estava localizado o epicentro do poder real francês. A monarquia francesa morava e comandava o país dali, então durante a visita é possível conhecer os aposentos reais – são 2300 quartos decorados (!!), além de claro a famosíssima Galeria dos Espelhos e também a Sala de Guerra e, claro, os belíssimos (já viram as fotos desse lugar?) Jardins de Versalhes. Para visitá-lo existem uma infinidade de tipos de ingressos. Veja os mais convenientes para você nesse link e aproveite para pular as filas e garantir o seu passeio.
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