Uma das dúvidas que a gente mais recebe aqui no blog e lá no nosso Instagram (segue a gente!) tem relação com a Cidade Eterna. Também, pudera, com mais de 15 MILHÕES (!!!) de visitantes em 2022, Roma está no imaginário e no check list dos sonhos de viajantes do mundo inteiro. Já temos alguns posts aqui no blog sobre a cidade, mas em breve traremos outros para ajudar você a se planejar para visitá-la no pós pandemia. Hoje, falaremos sobre onde se hospedar em Roma quando estiver por lá.
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E essa dica é importante e explico o porquê: só de turistas estrangeiros houve um aumento de 500% na ocupação da rede de hospedagem em Roma. Isso significa duas coisas: aumento nos preços (a velha lei da oferta e demanda) e escassez de opções. E sobre isso eu falo bem sério: a Itália virou um point que viralizou nos últimos tempos com hashtags sobre o verão italiano e etc, e isso significa que as cidades turísticas no geral estão lotadas – e não estou exagerando nesse lotadas.
Isso significa, também, que portas de entrada no país, como Milão e Roma, acabam absorvendo boa parte desses turistas que passam pelo menos um dia nas cidades antes de seguirem para seus destinos, sejam eles Florença, Veneza, e tantos outros.
Isso significa também que além de concorrer com os turistas que visitam as cidades em si, você concorre também com aqueles que disputam a hospedagem apenas porque estão de passagem por um dia na cidade.
Sentiu o drama? Eu senti. E para a gente controlar as nossas doses de ansiedade altas e constantes temos uma palavra bem chave nesse contexto: planejamento. É nosso mantra aqui e nossa missão de vida do Voyajando. Ajudar você a planejar e a curtir sua viagem com calma. Depois de toda essa introdução cansativa – tava inspirada, sorry – vamos finalmente entender como você pode planejar a sua hospedagem em Roma, baseada em casos reais (os nossos) – e também muita pesquisa hahaha.
O melhor custo-benefício para se hospedar em Roma
Como encontrar o melhor custo-benefício para se hospedar em Roma? Pesquisando. E pesquisando com antecedência. Os preços subiram DEMAIS no último ano e até nós que vivemos na Itália ficamos assustados com os valores. Isso significa que você deveria desistir da viagem, claro que não. Mas significa que o quanto antes você fechar esse seu roteiro – e nós estamos aqui para ajudar você com isso – melhor.
E como é para isso que você está aqui, vamos lá. Nós, geralmente, usamos o Booking para pesquisar os preços e hospedagens de praticamente todas as nossas viagens. Já tivemos exceções, quando por exemplo viajamos em grupos grandes de seis pessoas, em que o Airbnb era a opção mais barata – e não tão segura, já que tivemos problemas sérios com a plataforma em Veneza, que nos deixou na rua.
No próprio Booking, então, você pode inserir a data e o local da sua viagem e quantas pessoas estarão com você. Mas não só. Os filtros à esquerda ajudam a encontrar opções que sejam melhores para as suas preferências: como banheiros privados, hoteis, apartamentos, se os animais são aceitos, e etc. Se você já usou uma plataforma dessas na vida, sabe mais ou menos como funciona. Nós aqui usamos esses filtros para facilitar a busca e entender melhor o que estamos procurando – e esse parágrafo serve para todas as nossas pesquisas em qualquer lugar do mundo.
O mapa aqui embaixo dá uma noção, e faz um recorte, também das opções de hospedagens disponíveis na cidade eterna. E agora vamos ver os bairros, de acordo com a nossa experiência das visitas que fizemos à cidade, para ajudar você a escolher onde se hospedar em Roma.
Booking.com
Onde se hospedar em Roma?
Enfim, depois de uma longuíssima introdução da qual não me orgulho mas achei necessária, vamos conversar sobre onde se hospedar em Roma. Depois de ter em mente quanto você poderia investir nessa hospedagem, saiba também que você andar MUITO nessa viagem pela Itália – e arrisco dizer pela Europa.
E isso pode ser uma questão para quem não está acostumado (e antes de me mudar para cá me incluía nessa conta) a percorrer grandes distâncias a pé. Roma potencializa essa questão já que é uma cidade bem grande para os padrões italianos, e isso significa que você não só vai andar para chegar aos pontos turísticos mas também dentro deles (os museus do Vaticano são grandes e tem um longo percurso a ser percorrido, por exemplo).
E você deve estar se perguntando: idaí? E daí que a sua hospedagem vai ser o seu ponto de partida, todos os dias, para o seu roteiro na cidade. Leve isso também em consideração quando for montá-lo no dia a dia do que fazer ali, para economizar passos e energia.
Um último ponto a ser levado em consideração, mas isso no mundo inteiro: as diárias variam conforme a época do ano. Se você conseguir fugir das altas temporadas de Roma (primavera e verão na Itália), melhor para o seu bolso.
Centro Histórico de Roma
Claro que tínhamos que começar por ele – que já contradizendo o que eu comentei ali em cima, não tenho uma experiência pessoal para falar sobre. Sim, eu nunca me hospedei no Centro Histórico de Roma. E meus motivos talvez sejam também os seus – ou não – os preços.
Mas eu não preciso me hospedar para saber que definitivamente é um dos melhores lugares para se hospedar em Roma. Perto de tudo o que provavelmente você vai fazer na cidade – com exceção do Vaticano – o centro histórico tem não só os pontos turísticos como também muitas opções de bares e restaurantes e ainda ajuda no deslocamento, já que você pode evitar usar o transporte público e economizar alguns eurinhos ali.
Aqui só tenho um adendo a se fazer: o centro histórico de Roma é gigante. Gigante e antigo. E é antigo DE VERDADE. Estamos falando de mais de dois mil anos de história, né? Tenha isso em mente quando der uma olhadinha nas opções de hospedagem por ali, já que algumas opções podem não ter elevadores, ponto de atenção para quem tem dificuldade de locomoção e/ou está com muitas malas ou malas muito grandes.
Outro argumento é caso você esteja de carro. E nesse caso eu aplaudo a sua coragem de dirigir em Roma hahahah. Fique atento às temidas ZTLs – Zonas de Tráfego Limitado na tradução by eu mesma – que são zonas e espaços, geralmente ligados aos centros históricos, em que a circulação de carros é limitada a pessoas autorizadas e moradores. Não arrisque voltar para casa com uma bela multa em euros te esperando no retorno.
Outra coisinha – muitas coisinhas, eu sei – é que como o centro histórico é grande, você pode optar pela “região” do centro histórico que prefere. Tem opções próximas à Piazza Navona, um pouquinho mais afastada e com menos opções; e à Piazza Spagna, mais central, com muitos restaurantes e relativamente próxima à Fontana de Trevi, por exemplo. Outra opção são as hospedagens na região do Coliseu.
- Leia também: A origem e as curiosidades do Coliseu de Roma
Arredores da Estação Termini
Vamos finalmente falar dos arredores da estação Termini de Roma. Existe uma regra-não-tão-dita que, muitas vezes, os entornos das estações de trem são as regiões mais feinhas da cidade para se hospedar. No post de Milão eu comentei isso, e aqui vale essa regra também, ainda mais que estamos falando de uma das maiores estações de trem da Itália. Mas não pule esse tópico agora, fica comigo.
Começo dizendo que as últimas duas vezes que fui para Roma, apesar, no entanto e todavia, me hospedei nos arredores dessa mesmíssima estação. Os preços são melhores, eu fui e voltei de trem, então o deslocamento carregando as malas era menor e era mais conveniente.
Abro um parênteses aqui para dizer que estamos, sim, na Europa mas, como você deve ter visto quando o meme do “Attenzione Pickpocket” explodiu, infelizmente temos sim pessoas que não têm as melhores das intenções. Sendo uma região que circula MUITA gente, é importante estar atento, e fazer o máximo possível para não dar bobeira e acabar estragando a sua viagem com alguma situação chata.
Isso significa não andar sozinha muito tarde da noite – odeio escrever isso, mas sim, falo com você amiga mulher, se cuide – e significa estar sempre atenta e de olho nos seus pertences.
Dito tudo isso, vamos nos localizar melhor. O pior lugar para ficar são aqueles colados à estação, na rua chamada de Giovanni Giolitti, no bairro Esquilino (à direita da estação olhando de frente). A coisa melhora se você se afasta um pouquinho e vai para “trás” da estação Termini (olhando de frente para ela, é o bairro à esquerda), na região de San Lorenzo.
Outra opção é se manter na região do Esquilino, que inclusive já fica no sentido do centro, mas mais afastado da estação, então evitando a Giovanni Giolitti e entrando mais para o bairro, sentido a Igreja Santa Maria Maggiore. E é ali, entre esse bairro e o Monti (aqui embaixo) que nos hospedamos nas últimas duas vezes.
E como nos hospedamos, podemos falar. Uma das vezes ficamos em um hotel chamado Augusta Lucilla Palace, mais antiguinho mas com um bom buffet de café da manhã, e a Jeanine e o Gian ficaram no The Hive, ali pertinho e mais moderninho, e gostaram muito.
Já na nossa última vez em Roma, estávamos em seis pessoas e ficamos hospedados exatamente na rua da Igreja Santa Maria Maggiore. No caso pegamos um Airbnb e foi ok – e por isso não vamos recomendar aqui.
Monti
O Monti é um bairro que ultimamente tem sido bem cotado como uma opção não tão cara e bem localizada para se hospedar em Roma. Inclusive, foi ali que Woody Allen escolheu para ser o cenário do filme Para Roma com Amor (falamos dele aqui). É também deste bairro que você consegue ir andando até a região do Coliseu, ou seja, é perto o suficiente para isso e, ao mesmo tempo, bem interligado. Pois ali existe a estação Cavour, uma das estações de metrô que poderá usar para chegar, por exemplo, ao Vaticano que é um pouco mais longinho.
É também ali que se encontra a Via Nazionale, uma avenida gigante pelo qual passamos várias vezes nas nossas viagens (até porque nas últimas estávamos hospedados no bairro depois). Você pode se localizar por ela para entender melhor onde ficar.
Trastevere
Na primeira vez que fomos para Roma em 2018 (contei tudo aqui), nos hospedamos na região de Trastevere. Esse é o bairro da origem proletária de Roma, que hoje é super boêmio e reúne vários restaurantes e bares agitados tanto na hora do almoço quanto também à noite.
É um pouquinho mais afastado do centro histórico e, acabamos usando bastante o bonde para o ir e vir até o centro da cidade. E, veja bem: não foi ruim. A única complicação é que como estávamos vindo do Brasil, as malas eram grandes e o deslocamento para chegar ali e depois sair no primeiro e último dia não foi o mais confortável, mas para o dia a dia de visita à cidade, não encontramos grandes dificuldades.
Por outro lado, é um bairro que nós sempre indicamos visitar ao menos uma vez quando estiver na cidade e fica relativamente perto do Vaticano – não tanto, mas é na direção hahahah. Leve também em consideração que a oferta de bares e restaurantes (saudações ao nosso preferido, o Tonarello) ali é bem grande, e é muito bacana caminhar pelas suas ruas e ver um pouco da vida local também, já que ali a gente tem a impressão de se aproximar mais da vida como os romanos vivem.
Região do Vaticano
Por fim, mas absolutamente não menos importante, a região do Vaticano também pode ser uma opção de hospedagem, principalmente se o seu foco for mais religioso. Além dos Museus do Vaticano e da Basílica de São Pedro, é também nessa região que está o Castelo Santo Angelo e é possível ir a pé até o Trastevere, até a Piazza Del Popolo e depois ao centro de Roma.
Ou seja, mal localizado não é. É só um pouquinho mais longe do que as outras opções mas o bairro é atendido pelo metrô e pelo bondinho, então o deslocamento é mais facilitado e pode ser que você encontre boas opções de hospedagem por ali.
Caso você não ache como “Vaticano” pode também dar uma olhada no bairro que se chama Prati, que fica ali pertinho.
Eu espero, sinceramente, que tenhamos conseguido ajudar você a se planejar para visitar Roma, uma das minhas cidades preferidas no mundo. Sei que muitas vezes quando vamos para um lugar novo é um pouco assustador lidar com tantas opções mas reitero aqui a informação/dica/pedido que fiz no começo do texto: se planeje com antecedência. Principalmente para Roma.
Ultimamente temos assistido um boom de visitas na cidade e eu espero, do fundo do meu cuore, que não seja a falta de planejamento a comprometer sua experiência por lá. E que você goste de Roma tanto quanto eu gosto. Depois não esquece de me contar como foi sua viagem por lá e buon viaggio!
Esse post foi escrito em parceria com o grupo de blogagem Viagens por Escrito. E se você busca mais textos sobre hospedagem, esse mês indicamos o Mundo Viajante, que deu dicas sobre onde ficar em Buenos Aires; e o Descobrir Viajando, que mostrou onde ficar em Mérida. Leia tudo que já saiu do Viagens por Escrito aqui no blog na tag.
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