Como é fazer um Intercâmbio em Portugal?

Morar em definitivo ou por um tempo em um outro país requer muita adaptação. Idioma, cultura e até mesmo o clima podem influenciar no início da sua nova vida por lá – seja ela definitiva ou temporária. Mas não há quem não cresça com essa experiência e é isso o que a Nathalia Geromel, acredita e veio dividir com a gente hoje na nossa #serieintercambio.

(Aliás, se você ainda não leu os demais relatos da série intercâmbio, corre aqui para ver tudo!)

Natural de São Paulo e formada em administração de empresas, a Nathalia já saiu do Brasil para fazer um intercâmbio por duas experiências, uma em 2013, quando foi para Londres, e depois em 2016, quando conseguiu uma bolsa de estudos em Portugal. Incrível né? É sobre essa segunda experiência que ela vai falar um pouco mais para nós hoje. Acompanhe abaixo.

– Para qual país você foi?
Londres, 2013 e Portugal 2016

Nathalia aproveitou a bolsa de estudos em Portugal para conhecer um pouco mais sobre a cultura do país

– Qual intercâmbio você fez/está fazendo?
Minha primeira experiência foi para Londres em 2013, onde fiquei 1 mês estudando inglês e foi mágico! Quando voltei ao Brasil só pensava em fazer outro, e em 2016, consegui uma bolsa de estudos para Portugal, num programa de graduação sanduíche.

– Como foi no início?
Vou relatar sobre Portugal porque foi uma experiência incrível! Ao contrário do que muitos amigos meus relatam eu não tive a “crise dos 3 primeiros meses” como era algo que eu queria muito, não me deixei vencer por saudades e até mesmo pelo “comodismo”. Foram muitos dias de adaptação à nova rotina, mas eu sempre tive em mente qual era o meu propósito naquele período. Até uma situação cômica, eu achava que por ser Portugal, iria me entender super bem kkkk porém morei em uma cidade do interior e no primeiro mês eu chegava em casa e chorava porque não entendia as pessoas falando Português 🤣 

– Como foram as aulas, o curso que fez?
Cursei 1 ano de gestão (em Portugal é o nome para administração), a didática das aulas era semelhante às minhas aulas da universidade brasileira, porém com bem menos recursos tecnológicos, tanto que tinha aula de inglês com toca fitas para ouvir os áudios kkkkkk. O meu programa era de dupla titulação, então hoje sou graduada pelo Brasil e por Portugal.

– Qual foi o momento mais desafiador que passou durante o intercâmbio?
O primeiro eu me lembro que foi “quebrar paradigmas” muitas brasileiras sofrem preconceitos em cidades pequenas em Portugal, antigamente muitas iam para o país para se prostituirem e esse foi o primeiro desafio. O segundo foi morar em uma cidade que neva de outubro a março e eu residia em uma casa que não tinha aquecimento, nas noites que nevavam eu me lembro que a temperatura chegava a -5 graus dentro de casa, eu dormia com 2 pijamas daqueles de flanela, touca, luva e 5 cobertores, sim 5! Vários dias eu via uma colega que morava comigo chorar porque não gostava do frio e aquilo foi uma prova gigante para mim, a minha mente as vezes tentava me sabotar, eu chorava e pensava se precisava passar por aquilo, mas eu precisa me manter forte para ajudar ela que morava comigo e também precisava passar pela experiência.

O frio foi um dos desafios que a paulistana enfrentou em Portugal

– Qual foi o melhor momento que você passou durante o intercâmbio?
Tive muitos momentos especiais, fiz amizades incríveis e todas às vezes que eles me levavam para passar finais de semana na casa da família deles era muito especial. Temos uma cultura relativamente parecida, mas modos de pensar bem opostos e eles encaram a vida de uma forma leve, aquilo pra mim não tinha preço, famílias pobres que contavam dinheiro para comprar 1 caixinha de natas, me convidando para passar o final de semana e se desdobrando para fazerem comidas típicas para que eu pudesse conhecer de tudo. Um momento que me marcou muito, foi uma cerimônia portuguesa quando as pessoas se formam na graduação. Tem todo um ritual de “batismo” cada estudante tem um padrinho na universidade que auxilia com tudo, ele é um veterano. E quando o curso finaliza o padrinho faz o “batismo” diz palavras bonitas, deseja sorte e sucesso e cobre com uma capa preta que os estudantes utilizam durante toda a graduação.

– Que dicas daria para quem pensa em fazer um intercâmbio similar ao seu?
Acima de tudo pesquise, há bolsas de estudo para muitos lugares do mundo, e em segundo lugar, não tenha medo de arriscar, o medo impede que a gente cresça e sem dúvidas essa é uma das maiores experiências que eu acredito que uma pessoa possa ter.

– Você passaria por essa experiência novamente? Ou faria outro intercâmbio?
Com certeza, foi a melhor experiência que eu já tive até hoje! Passei muitas dificuldades e vi como somos fortes, era eu por mim mesma ali, se eu não fizesse não ia ter ninguém para fazer! A gente se conhece melhor é um tempo de profunda imersão no seu próprio ser, de muito aprendizado e crescimento. Infelizmente ainda não é algo que todos podem realizar, porém o meu conselho é para quem puder, que faça, porque muda muito a vida. 

– Se você fosse dar uma dica para você mesma quando decidiu fazer o intercâmbio, qual seria?
Aproveite mais cada segundo, as emoções e os dias são tão intensos que tem muitos momentos que eu não consigo me lembrar, eu deveria ter feito um diário para anotar todos os acontecimentos por dia e para poder relembrar.

Loucura pensar nessa questão do frio sem aquecimento dentro de casa né? Ao mesmo tempo essas lembranças de bons e não tão bons momentos nos fazem crer que o intercâmbio é um combo de aprendizados.

A Nathalia compartilha outras dessas experiências muito legais que ela tem pelo mundo no blog ABC dos Viajantes, dá uma olhada lá! E aproveite também para segui-la no Instagram.

E para ler mais relatos inspiradores como esse, acesse nossa tag #serieintercambio e veja histórias de quem já morou fora em diversos lugares pelo mundo. E se você já fez um intercâmbio ou conhece alguém que fez e gostaria de nos enviar o relato, fale com a gente lá no Instagram do Voyajando, vamos adorar ter você por aqui.

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