Onde fazer um intercâmbio?

Associação divulga pesquisa com os destinos mais procurados para a educação internacional

“Decidi fazer um intercâmbio, mas e agora? “São muitas as dúvidas de quem decide se jogar no mundo e realizar o que para muitos é um sonho desde a infância. A Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio do Brasil (Belta) divulgou nesta semana a pesquisa anual feita com mais de 5 mil estudantes e 500 agências de intercâmbio para saber quem são esses estudantes que buscam experiências e estudos fora do País.

Segundo dados revelados, a educação internacional no Brasil cresceu 20,46% em 2018, de 302 mil estudantes embarcando para um intercâmbio, o número saltou para 365 mil. Os dados foram apresentados no Consulado da Irlanda em São Paulo e, segundo a presidente da Belta, Maura Leão, parte deste movimento se dá também pela receptividade dos brasileiros lá fora. “Os brasileiros são muito bem recebidos, os estrangeiros gostam de nos receber”, disse em conversa com o Blog Voyajando.

De acordo com a pesquisa, os destinos mais procurados são: Canadá, EUA, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Malta. “Malta aparece pela primeira vez entre os seis destinos mais procurados porque implantou a política do intercambista ter a possibilidade de estudar e trabalhar. É um ganho para a ilha, para nós, e para todos do setor de viagem de estudos no exterior”, comemora Maura Leão, Presidente da Belta. O Canadá lidera a primeira posição há 13 anos.

Maura comenta que os países da América do Sul também oferecem boas oportunidades de intercâmbio. “Muitas vezes, os estudantes pensam que só dá para estudar espanhol na Espanha. Mas existem países aqui, mais perto da gente, que oferecem essa mesma oportunidade. A Costa Rica, por exemplo, é incrível”, destaca na entrevista. “ Os jovens perceberam que desfrutar de países próximos ao nosso é um excelente custo – benefício. Aprender espanhol na Argentina, Chile, e/ou Uruguai pode render experiências únicas com o idioma e próximo de casa. O que causa menos ansiedade nesse estudante”, enfatiza Maura Leão.

Outro dado interessante mostra quem é o intercambista. De acordo com os dados revelados, 60% das pessoas que viajam são mulheres e, a maioria, viaja sozinha. O que tem crescido também é a procura por intercâmbio por pessoas acima dos 40 anos, que buscam experiências culturais, educacionais ou para aprender idiomas.

Aprender outra língua, aliás, é um dos principais motivos de optar por um intercâmbio. O inglês se destaca nessa modalidade. Os intercambistas também procuram cursos de idioma com a possibilidade de trabalho temporário e cursos de férias para teens. Cursos de graduação estão em quarto lugar e em seguida, o High School. “Um dos motivos de vermos essa ascensão dos cursos de graduação é a especialização maior das universidades do exterior em receber os brasileiros e também pela possibilidade desse aluno ir como intercambista esportivo. Várias instituições de ensino do exterior valorizam o esporte e por isso tivemos um aumento de 20% no número de jovens indo neste modalidade de intercâmbio. Em números absolutos: 3 mil indivíduos embarcaram para fazerem graduação com bolsa parcial e/ou total devido ao esporte”, explica Maura Leão, Presidente da associação.

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