Bonjour mon ami! Ça va? Depois de visitar Paris e a região do sul da França, chegou a hora de ir mais em direção ao norte, mais precisamente na fronteira com a Alemanha. Eis que vou contar para vocês o que fazer e o nosso roteiro pela Alsácia, na França, e os motivos pelos quais você pode passar 6 dias na região e aproveitar cenários que parecem ter saído de um conto de fadas!
Já dei algumas indicações, né? Visitamos a Alsácia, região francesa na fronteira com a Alemanha a leste, e a Suíça, ao sul, em meados de um fim de abril e começo de maio. Ficamos quase uma semana por ali, e pegamos a temperatura amena, com alguns diazinhos de sol, e outros de chuva. A região é conhecida pelos seus mercadinhos de natal – e talvez por isso você tenha chegado nesse post -, mas infelizmente não foi dessa vez que pudemos ver as famosas feirinhas e a decoração de conto de fadas.
- Onde se hospedar na Alsácia? Confira aqui uma lista de opções
- Leia tudo que já saiu sobre a França aqui no blog
Me arrependo? Jamais. Indo em uma época menos agitada, pudemos conhecer com calma cada uma das cidadezinhas que visitamos na Rota do Vinho e, além disso, pudemos explorar as suas ruazinhas, curtir com calma os restaurantes com gastronomia única, e viver a região de uma maneira diferente. Isso não quer dizer que não quero voltar para lá em dezembro – quer dizer apenas que você pode insistir na viagem ainda que não seja a época natalina.
Então, bora para o roteiro! Você vai ver aqui pelo menu – e você pode navegar diretamente por ali – que será um texto detalhado. Convido você, então, a pegar um café, um chá ou um bom vinho alsáciano (depende do gosto e do horário que estamos conversando) e explorar com calma o roteiro que, espero, ajude você a entender como funcionou um pouco a nossa viagem e a planejar seu roteiro próprio.
Bon voyage!
- Como chegar à Alsácia?
- A Alsácia na França
- A Rota do Vinho na Alsácia
- Nosso roteiro pela Alsácia
- O que fazer na Alsácia?
- Estrasburgo – a capital da Alsácia
- Castelo de Haut Koenigsbourg
- Degustação de Vinhos na Alsácia
- Bergheim
- Colmar
- Europa Park
- Ribeauville
- Riquewihr
- Kaysersberg
- Eguisheim
- O que comer na Alsácia?
- Mais tempo na Alsácia, o que mais fazer?
- Obernai
- Hunawihr
- Zellenberg
- Mulhouse
- Alsácia no Natal
Como chegar à Alsácia?
A Alsácia é muito bem conectada e estando em um miolo com várias cidades importantes no entorno e próxima de três países diferentes, existem muitas maneiras possíveis de chegar à região. No nosso caso, saímos de Milão no norte da Itália de carro e seguimos para a Alsácia cruzando a Suíça.
Já caso você venha do Brasil, para chegar à Alsácia ainda existem várias opções interessantes. A primeira é, claro, chegando de avião por Paris. Com voos diretos saindo de São Paulo e Rio de Janeiro para Paris e, de lá, você pode pegar um trem para chegar à região.
E já que a Alsácia fica pertinho da fronteira com a Alemanha, a mesma estratégia pode ser feita com o aeroporto internacional de Frankfurt. Também de lá existem as opções de trem que ligam o país à Alsácia.
Você ainda pode considerar os voos internacionais, ou internos, dentro da Europa, que chegam e partem dos aeroportos de Zurique e de Basel. Ambos têm ligação com várias capitais e podem ser uma boa opção para chegar à Alsácia seja de trem ou de carro.
Chegando nesses hubs de aeroportos, você pode optar por qual método usará para chegar à Alsácia. Trens partem de Paris, de Zurique e de Frankfurt diretamente para a região em viagens que duram cerca de 2h30. Já de carro, a viagem levará aproximadamente 5h saindo da capital francesa e aproximadamente 2h saindo de Frankfurt. De Zurique, que é mais perto, em 1h30 é possível chegar à região.
A Alsácia na França
A Alsácia é uma região que está localizada a norte e leste da França, na fronteira com a Alemanha. Ao sul, a região faz fronteira ainda com a Suíça, e foi dividida como Alto Reno e Baixo Reno, com as montanhas chamadas Vosges. É considerada uma das regiões mais férteis da França, com as colinas e os rios que fazem parte da paisagem natural da região e que contribuíram para o seu histórico de produtores de vinho.
Com resquícios de ocupação romana, a Alsácia sempre esteve no meio de guerras e conquistas e disputas de territórios. Tenha isso em mente quando caminhar por ali e perceber, principalmente nas cidades e na gastronomia, a grande influência de diversas culturas enraizadas. Estamos falando de invasões que acontecem desde o século V, e se estenderam por centenas de anos até o final da Segunda Guerra Mundial.
Cada cidade por ali tem uma própria história, mas o que dá para entender no contexto geral é que as disputas incessantes entre França e Alemanha pelo controle da região deixaram raízes profundas nas pessoas que ali vivem. Desde o fim da Segunda Guerra a região é considerada francesa mas, basta girar um pouco por ali que conseguimos perceber que a língua, os costumes e a culinária alemã persiste.
Casas em Enxaimel
Devo começar esse tópico dizendo que eu sou uma pessoa curiosa. E de tanto ler sobre as casas famosas feitas em enxaimel – e/ou Fachwerk em alemão – eu fiquei intrigada e quis saber qualéqueé dessa arquitetura específica. E eis que vou compartilhar com você e assim você já chega na Alsácia sabendo.
Essa é uma técnica popular na Idade Média na Europa Central, em que se usa vigas de madeiras para a construção de paredes. As vigas são posicionadas em vários ângulos e encaixadas entre si formando uma treliça (horizontal, vertical e diagonal). O espaço entre elas é preenchido por outros materiais como tijolos e pedras. Segundo o site Viva Decora, a técnica milenar foi aperfeiçoada pela arquitetura alemã na Idade Média. E como a Alsácia tem uma grande influência alemã, por ali encontramos em toda a região essas casinhas construídas desse modo.
Outra curiosidade é que as vigas são numeradas, então seria possível desmontar a casa e montá-la em outro lugar sem problemas. Já o telhado pontiagudo, com a ondulação acentuada se deve ao fato do clima não ajudar tanto por ali, e como a umidade é alta por conta das chuvas, a madeira não fica muito tempo molhada, preservando-a por mais tempo.
Foi legal descobrir também que essa técnica chegou ao Brasil, principalmente na região sul, que recebeu um grande número de imigrantes vindos da Alemanha. Cidades como Pomerode, em Santa Catarina, possuem um grande número de prédios construídos com essa técnica.
As cegonhas da Alsácia
Muitas vezes, quando viajamos, percebemos que as cidades e regiões turísticas adotam certos símbolos que, nem sempre, a gente entende muito bem o por quê. No entanto, na Alsácia, a questão das cegonhas foi imediatamente compreendida: elas estão em todos os lugares: e não só nas lojas de souvenirs.
Praticamente em todos os lugares que visitamos pudemos vê-las brancas e majestosas, sobrevoando as cidades. Outra oportunidade incrível foi admirá-las em seu ninhos, construídos em cima dos prédios históricos, igrejas e casas. Em lugares mais silenciosos ainda tivemos a oportunidade de escutar seu som do bico batendo um no outro, achamos super característico – nos lembrou um pouco o barulho do velociraptor (quem é fã de Jurassic Park vai entender hahah).
Pelo que eu estava lendo, elas foram quase extintas na região e um trabalho foi feito para reintroduzi-las. Alguns lugares falam que elas não migram mais; em outros, dizem que ela vai para o sul no fim do outono, e retorna à Alsácia em fevereiro-março, para fazer seus ninhos e anunciar a chegada a primavera. Se for esse segundo caso, tivemos sorte visitando a região no fim de abril. Vimos muitas espalhadas por ali, e algumas pareciam, realmente, estar protegendo seus ninhos.
Depois de conhecê-las “pessoalmente”, vimos com muito mais carinho as cegonhas espalhadas por todas as lojas de souvenirs. Eternizadas em pelúcias, imãs de geladeira, quadros, cerâmicas, e muitos outros objetos, elas estão por toda parte.
A Rota do Vinho na Alsácia
E antes que a gente desbrave cada uma das cidades que visitamos – não estou enrolando, juro! – é importante falar um pouquinho da Rota do Vinho. Afinal, são 170km de vinhedos, circundados de uma paisagem surpreendente, próximo às florestas e ruínas de castelos da Idade Média e com todas aquelas plantações de uva a perder de vista. Somadas à isso, as estradinhas nos levam a vislumbrar muralhas antigas, casas em enxaimel e, claro, o mix único das culturas que passaram por ali e deixaram sua marca ao longo dos séculos.
Para montar seu roteiro por essa Rota do Vinho eu aconselharia, vivamente, que você considerasse o seu tempo disponível para entender quais as cidades que você quer visitar. Foi uma das minhas dificuldades nessa programação, já que cada vez que eu abria a foto de uma cidadezinha nova, imediatamente pensava que gostaria de visitá-la e explorar tudo por ali.
Portanto, o tempo é rei também nesse caso: se você tem mais tempo, sua rota do vinho pode ser mais lenta e tranquila, de repente até escolhendo mais de uma cidade para fazer base (reserve aqui suas hospedagens nessa viagem). Se você tem menos tempo, como nós, talvez seja o caso de dormir em cidades mais centrais – ou mais estruturadas – e apostar em excursões e/ou bate-voltas que a proximidade das cidadezinhas oferece com uma facilidade bem interessante.
Uma outra questão que não pudemos prever mas que também tivemos por ali foi o ‘funcionamento’ das cidades. Ou seja: em algumas cidades, chegamos por volta das 9h da manhã e estava tudo fechado ainda, abrindo lá para as 10h. Em outras, chegamos pouco antes das 18h e já estava tudo fechando – mesmo em dias que a luz solar ia até às 20h mais ou menos.
E se você é real um entendedor do vinho, pode dar uma fuçada também no site Vin Alsace, que vai trazer uma visão geral sobre os vinhos e vinhedos da Alsácia, além de entender melhor as possibilidades de visita turística, festivais, eventos e outras particularidades da região que recebe 11 milhões de turistas todos os anos.
Aliás, no nosso roteiro de Colmar que já está no forno para sair aqui no blog, vamos compartilhar com você informações sobre a visita que fizemos ao Museu do Vinho da Alsácia. Fique ligado!
Nosso roteiro pela Alsácia
Quer se inspirar no nosso roteiro de 6 dias (não conto o primeiro)? Eis aqui um resumo do que fizemos em cada dia! O detalhe de cada visita e informações gerais, você já sabe, estão aqui embaixo no post.
Dia 1 – Saída de Milão à tarde; cruzamos a Suíça e chegamos à Estrasburgo já à noite
Dia 2 – Estrasburgo – centro histórico da cidade
Dia 3 – Castelo Haut Koenigsbourg; Degustação de vinho na Rota do Vinho; Bergheim
Dia 4 – Colmar – centro histórico; Museu do Vinho em Colmar
Dia 5 – Europa Park
Dia 6 – Ribeauville; Riquewihr; Kaysersberg
Dia 7 – Eguisheim e volta para Milão de carro
O que fazer na Alsácia?
Na nossa viagem fizemos base em duas cidades: Estrasburgo e Colmar. As duas primeiras noites dormimos em Estrasburgo e nos demais ficamos em Colmar e fizemos bate-volta de lá. Como estávamos com o carro, para nós funcionou super bem dessa forma, mas você pode também optar por dormir nas cidadezinhas para fazer a Rota do Vinho completa ou escolher como base só uma delas: ou Estrasburgo ou Colmar.
Você vai perceber que as cidades ficam bem próximas umas das outras, como são muito pequenas, em algumas levamos apenas cerca de 15 minutos para mudar de cidade. Isso facilitou o deslocamento. Outra ressalva é ficar atento às vagas de estacionamento. Em todas as cidades que fomos foi relativamente fácil de estacionar, mas temos que levar em consideração que viajamos fora da temporada de fim de ano e também que chegávamos cedo na maioria dos lugares.
Estrasburgo – a capital da Alsácia
Nosso roteiro começa, então, pela bela Estrasburgo e nosso passeio foi, mais precisamente, no coração de Estrasburgo, sua grande ilha. A ideia aqui foi passear sem pressa, admirando as joias arquitetônicas que foram consideradas Patrimônio Mundial da UNESCO – e se a UNESCO aprova, já sabe né? Vamos destrinchar em um post mais completo sobre a cidade já já, fique ligado, mas deixo aqui algumas fotos para você já se inspirar na visita à cidade.
Castelo de Haut Koenigsbourg
A gente aqui ama e aproveita as oportunidades de conhecer castelos. Então, com o Castelo de Haut Koenigsbourg não poderia ser diferente. Afinal, são nove séculos de história de sobrevivência a várias guerras que a região da Alsácia presenciou.
Sua construção foi no século XII e por ali passaram vários proprietários que, ao longo dos séculos, deixaram marcas na história do castelo e mudanças na sua estrutura. Os primeiros registros de um castelo na região datam de 1147, localizado em uma montanha na Alsácia a mais de 700 metros. Ainda que tenha uma posição estratégica, o castelo foi atacado inúmeras vezes e, inclusive, foi derrotado na Guerra dos Trinta anos, no século XV.
Durante essa guerra, o castelo foi saqueado e incendiado em meados de 1633, e ficou por ali abandonado por cerca de duzentos anos. Só em 1862, suas ruínas foram classificadas como monumento histórico e, pouco tempo depois, a cidade de Sélestat comprou as ruínas e decidiu restaurar o local – projeto que nunca seguiu adiante, já que era ambicioso e a cidade não tinha dinheiro para tal.
A situação só mudou quando a Alsácia virou, novamente, território alemão. A partir daí, o imperador resolveu fazer do castelo um símbolo do seu poder e bancou a restauração completa do castelo, que aconteceram entre 1900 e 1908.
No entanto, em 1919 após o Tratado de Versalhes, eis que a região volta para as mãos francesas e o Haut-Koenigsbourg recebe o status de Palácio Nacional. Ainda assim, algumas restaurações continuaram durante o século XX, sendo finalmente classificado como monumento histórico em 1993.
Chegamos ao castelo pela manhã e fiquei surpresa com o tamanho do lugar. É gigante! E nossa visita durou aproximadamente duas horas por ali. Existem muitas placas indicativas com informações sobre o castelo durante todo o trajeto, mas você pode inserir um áudio-guia na sua visita. Achei bem legal porque o castelo foi muito bem conservado depois dessa reforma grande que passou. Então ainda podemos ver móveis e os cômodos estão bem organizados.
Outra dica: se você estiver em uma road-trip, existe a possibilidade de estacionar pertinho do castelo, na própria estrada existem vagas para carro. No entanto, eu diria para chegar cedo. Quando estávamos indo embora, perto de 12h, as vagas já estavam todas preenchidas.
Degustação de Vinhos na Alsácia
São várias as experiências que você pode viver na Rota do Vinho de degustações da mais variadas. Nós escolhemos a degustação da Domaine Sylvie Fahrer et Fils por uma comodidade de roteiro, já que era bem perto do castelo onde estávamos antes, e também de disponibilidade de data.
Localizada em Saint-Hippolyte, a empresa familiar existe desde 1932 e chegou à quarta geração de vinicultores. Eles possuem uma certificação de produção orgânica desde 2021 e além das experiências diferentes de degustação ali oferecidas, você ainda pode se hospedar no local, que dispõe de cinco quartos.
E falando das opções de degustação, então, são três . Todas começam com uma visita à adega e aos tanques subterrâneos, contando um pouco sobre a história da empresa até os dias de hoje. Podemos saber um pouco mais sobre como a adega nasceu e como cresceu ao longo dos anos, e eles nos mostram também como acontece o processo de vinificação, passando por fermentação, maceração e envelhecimento da bebida. Finalizamos com uma degustação e, aí sim, vai depender do tipo de experiência (e valor) que você escolheu.
Na primeira opção podemos provar os vinhos secos e doces, tintos e brancos e também um espumante específico da região. Já a segunda opção oferece uma experiência sensorial com aromas e sabores às cegas. Por fim, a última opção nos oferece a possibilidade de provar quatro vinhos com suas harmonizações, incluindo patês, salmão, queijos e chocolate. Foi essa última que optamos – mas hoje, escolheria a primeira.
Chegando no local, que gentilmente abriu antes para nós, pedimos uma tábua de queijos e salames à parte da degustação e também dois vinhos da região para experimentar. Enquanto esperávamos nossos companheiros de tour, pudemos viver essa experiência adiantada e também descobrimos que, caso você não queira participar da degustação, pode se dirigir diretamente ali e fazer esse aperitivo separadamente (15€ a tabuinha de queijos e salames, e a partir de 3€ a taça de vinho).
Bergheim
A primeira vez que joguei essa cidade no Google fiquei assustada: me deu quatro horas de distância de Colmar e foi então que descobri que existem duas cidades com o mesmo nome – ou parecido – e uma fica na Alemanha. Então fique atento ao fazer o seu roteiro e incluir a Bergheim correta, a francesa, com suas casinhas antigas, floridas, dentro de muralhas intactas e com ruazinhas sinuosas. Dizem que a cidade parou no tempo. Coisa mais linda!Foi considerada a aldeia favorita francesa em 2022. Possui uma arquitetura medieval memoráel, além de lindos jardins medievais
Colmar
Nossa segunda base e a segunda maior cidade, depois de Estrasburgo, foi Colmar. Ali ficamos pelos outros dias, e além de conhecer a cidade e ir ao Museu do Vinho, também foi de lá que saímos para visitar as cidadezinhas mais famosas ao longo da Rota do Vinho e também para conhecer o Europa Park.
Vamos trazer um post mais completinho também de Colmar já já aqui no blog. Então guenta aí que em breve você vai saber tudo o que conhecemos em Colmar.
Europa Park
Além de A Bela e a Fera, um outro motivo muito do válido que nos fez planejar essa viagem pela Alsácia foi o Europa Park. Como já repetimos inúmeras vezes aqui, a gente ama um Parque de Diversão. E quando vimos que o Europa Park era ali pertinho, tivemos que colocá-lo no roteiro.
Localizado em Rust, já na Alemanha, o Europa Park é um dos maiores parques da Europa, perdendo apenas para a Disney Paris (leia aqui). O parque foi inaugurado em 1975 e sua temática gira em torno dos países do velho continente. São 19 áreas no total e pernas para quê te quero para percorrer todas elas e ainda conhecer as atrações.
Só pelo tom da minha conversa já dá para ver que foi corrido. Afinal, são 17 países, divididos em 20 regiões temáticas e mais de cem atrações, sendo que 14 dessas são montanhas-russas (!). É muito bacana ver que cada área, ou seja cada país, tem suas atrações, arquitetura, gastronomia e todo um clima próprio.
Outra dica é: chegue cedo! Chegamos antes das 9h, horário de abertura do parque naquele dia, e foi ótimo porque o parque já estava aberto e conseguimos adiantar alguns minutinhos de andanças pelas regiões. Além disso, pegamos um ótimo lugar no estacionamento (pagamos 10€ para ficar o dia todo), pertinho da entrada.
Você também pode baixar o aplicativo do Europa Park com antecedência. Além do mapa para caminhar pelo parque, que ajuda muito no deslocamento, dá para acompanhar o tempo das filas para se planejar melhor e entrar também nas filas virtuais de algumas atrações. Essa é uma ótima estratégia. Você insere os ingressos seu e das pessoas que estão com você na área dedicada às filas virtuais do aplicativo, e todos entram na fila juntos. No horário reservado, você pode ir diretamente para a porta da atração, e economiza um bom tempo de fila.
Foi assim que conseguimos zerar todas as atrações que gostaríamos de ir naquele dia. Incluindo aí a nova atração da área da Croácia, Voltrom, que estava com filas de mais de 1h30 – essa fila a gente enfrentou, mas a dica aqui é ir pelo ‘single rider’; ou seja, você pode aproveitar os buracos que as pessoas deixam na fila normal em uma fila à parte, para ir sozinho.
Ribeauville
Ribeauville foi a preferida do Bruno. Foi também a primeira cidadezinha que entramos e tivemos a imediata sensação que voltamos no tempo – coisa que Riquewihr, aqui embaixo, reforçou. Chegamos cedo por ali, por volta das 9h. E ainda que esse horário não pareça cedo para os nossos padrões, para os padrões da cidade, aparentemente, era já que: não tinha ninguém nas ruas! Hahahaha
Isso não nos desanimou. Aliás, foi ótimo para tirar algumas fotos. Fomos andando em meio aos comerciantes que chegavam para trabalhar, admirando a arquitetura que só era disturbada, por assim dizer, com os diversos carros nada fotogênicos que estavam ali para abastecer o comércio e restaurantes.
Mas o cenário aos poucos foi mudando e pudemos desfrutar, finalmente, da sensação de cidade-medieval-turística, do jeitinho que a gente gosta. As hordas de turistas de excursão chegaram também, e logo preencheram as ruas e lojinhas de souvenirs e restaurantes que, àquela altura, já estavam começando a abrir para receber os primeiros clientes tanto para um café da manhã quanto para um almoço cedo.
Nós também almoçamos por ali, depois de explorar toda a cidade a pé, resolvemos nos sentar em um dos restaurantes mais bem avaliados pelo Google, chamado Winstub La Flammerie. Amamos a experiência que nos custou aproximadamente 63€ para duas pessoas com vinho, água, uma salada super diferente que tinha até foeis gra (foto aqui embaixo) e um joelho de porco com mostarda e mel (que não tem foto, mas recomendamos hahaha!).
Dali, seguimos viagem. Nossa próxima etapa era uma cidadezinha que eu estava com muita vontade de conhecer! Riquewihr.
Riquewihr
Quando vi fotos sobre Riquewihr sabia que a cidadezinha sera incluída no nosso roteiro pela Alsácia. E não nos arrependemos. Rolam boatos que foi essa cidade que inspirou o filme de A Bela e a Fera da Disney – que eu particularmente amo – e só por isso já eram motivos suficientes para visitá-la.
Mas, como se não bastasse a beleza da cidade que parece ter saído diretamente dos contos de fadas, os motivos não param por aí. A cidade fica dentro de uma muralha, que protege até hoje as casinhas de madeira coloridas e seus 1200 habitantes. No entorno, as vinhas cumprem seu papel de dar um ar ainda mais pitoresco à cidade medieval.
A ideia, como em várias cidades medievais por aí, é explorar a cidade sem nenhuma pressa. Descobrir os detalhes das fachadas, se perder e se achar nas ruazinhas. Mas não, voyajante, não vou te deixar na mão e perdido por ali. Riquewihr merece um post a parte e ele vem já já. Continue nos acompanhando por aqui.
Kaysersberg
Mais casinhas fofas, coloridas em ruazinhas ainda mais lindas. Kaysersberg também ganhou como vilarejo preferido dos franceses e não foi à toa. Suas casas de madeira tradicionais são o cenário perfeito para um passeio pelo centrinho histórico. Para quem curte de viver uma experiência full também pode optar por subir até as ruínas do castelo imperial. Dizem que a vista lá de cima compensa o esforço.
Nós não fizemos nada disso. Aliás, passeamos pela cidadezinha, sim, mas chegamos tarde e infelizmente já estava tudo praticamente fechado. Às 18h em ponto vimos todas as lojinhas recolhendo os souvenirs e fechando as portas, ainda que por ser primavera, tínhamos muito tempo de luz solar.
Mesmo assim, valeu conhecer um pouquinho de Kaysenberg e fiquei com vontade de voltar em um dia mais movimentado. Recomendo que você chegue um pouco mais cedo caso queira explorar tudo por ali.
Eguisheim
Visitamos Eguisheim no nosso último dia de Alsácia, antes de voltar para a Itália. Também nessa cidadezinha, quando chegamos, estava tudo fechado. Mas aos poucos os negócios foram ganhando vida e pudemos explorar um pouco mais por ali.
Eguisheim também foi escolhida como um dos vilarejos preferidos dos franceses. Dos franceses e da gente. Assim como as outras, achei a cidade super bem preservada, e seu centrinho histórico tem um charme a mais com a capela dedicada ao Papa Leon IX, que nasceu ali, ainda dentro de muros que demarcavam o primeiro vilarejo. A gente consegue ter uma noção do quanto eram pequenos na época – claro que olhando com o olhar de hoje.
Por ali você pode caminhar sem rumo, começando pela Gran Rue, ou seguir a indicação da própria cidade, que espalhou mapas no centro histórico sugerindo um trajeto que faz o círculo completo, passando pelas casinhas em enxaimel. Além disso, vi também que tem um passeio de trenzinho que parte da cidade para dar uma volta pela região – próximo ao estacionamento onde deixamos o carro.
Também pertinho da entrada da cidade, existe uma loja de vinhos que vou deixar como sugestão aqui: Maison Wolfberger. É uma loja bem grande, com ‘vinhos de fábrica’, e achamos os preços bem bons comparados a outros lugares que visitamos na região. Chegamos a comprar vinhos típicos da Alsácia por 4,95€! E outra coisa que achei bem favorável: a oportunidade de degustar gratuitamente três vinhos à sua escolha e, assim, conhecer melhor o que você está comprando. Legal, né?
Outro detalhe é que foi aqui que vimos a maior quantidade de ninhos de cegonha da viagem. Então não esqueça de olhar para cima e vê-las sobrevoando o céu de Eguisheim!
O que comer na Alsácia?
Eu não sabia, mas descobri pesquisando para o roteiro que a gastronomia da Alsácia é uma das mais conhecidas no país. Além dos vinhos, temos então uma variedade grande de produtos com alta qualidade de ingredientes que acabam culminando ali em muitos restaurantes estrelados – muitos mesmo, vimos várias plaquinhas de Michelan por lá!
Por exemplo, o Foie gras e a choucroute fazem parte da gastronomia alsaciana, bem como o baeckeoffe e a tarte flambée. Fora os diversos tipos de uvas que resultam em vinhos premiados e únicos e que você pode experimentar em praticamente todos os restaurantes por ali.
Também vimos clássicos da culinária francesa, como o tartar e o creme brulée e diversos tipos de carnes e hambúrguer. Ah, e a influência alemã também está presente, claro: comemos um joelho de porco ótimo em Ribeauville, como falei ali em cima. Não esqueça também de provar o queijo munster – de cheiro e gosto fortes para o nosso paladar, mas provamos mesmo assim.
Uma coisa que achamos interessante é que você não precisa procurar muito. Quase todos os restaurantes que vimos serviam as iguarias típicas locais. Fora as lojas de souvenirs que nos permitem levar tudo isso para casa se quisermos! Tudo isso, regado a um ótimo vinho alsaciano, geralmente branco, que a gente recomenda muito que você experimente – se você gosta de vinhos.
Aqui embaixo, algumas das experimentações que fizemos por lá:
Mais tempo na Alsácia, o que mais fazer?
Como sempre, o tempo que ficamos na região da Alsácia não foi o suficiente para fazermos tudo que queríamos e o que a região tinha para nos oferecer. Tem mais tempo que nós, ou gostaria de aproveitar seu tempo de outra forma? Sem problemas. Eis aqui embaixo algumas opções a mais para incluir no seu roteiro.
Obernai
Obernai estava na lista do Dia 3 de viagem, antes da visita ao Castelo. De última hora, resolvemos ir direto para o castelo porque o pessoal da degustação nos pediu para adiantar o tour em uma hora. E que bom que fizemos isso. Como comentei ali em cima, o castelo é grande e para explorá-lo com calma levamos quase duas horas.
Indo para Obernai, não teríamos tido a oportunidade de ver tudo com a calma que os produtores de conteúdo aqui precisam para filmar e tirar todas as fotos para nossa comunidade voyajante. E tudo bem. Obernai fica como motivo para voltar.
Obernai é faz parte da Rota dos Vinhos da Alsácia e está situada a cerca de 30km de Estrasburgo. Possui um conjunto de casas medievais e renascentistas, e o centro histórico está rodeado de muralhas. Por ali, visite a praça do mercado central, veja o campanário do século XIII, o poço renascentista de 1579 e também conhece a fonte de Sainte-Odile, santo padroeiro da Alsácia, que nasceu ali na cidadezinha.
Hunawihr
Essa daqui é para quem quer viver a Rota do Vinho real-oficial. Hunawihr é um refúgio entre as vinhas e você pode se perder caminhando por ali. Uma igreja, um cemitério e casas de produtores de vinhos completam o seu passeio por ali.
Zellenberg
Também faz parte da famosa Rota do Vinho. Dizem que o charme de Zellenberg não está somente na cidade em si mas também na vista que ela oferece; ou seja, seu maior triunfo é a localização privilegiada. A cidadezinha está em uma colina no meio das vinhas, e possuem uma arquitetura típica. Duas torres, ruínas do antigo castelo, completam o panorama.
Mulhouse
Outra cidade que ‘caiu’ do nosso roteiro enquanto estávamos lá. No último dia, já que pegamos muito trânsito na ida para a Alsácia, resolvemos tirar Mulhouse do dia de volta para garantirmos um percurso mais tranquilo para Milão.
Se você tem mais tempo que nós, aqui vai: Mulhouse é a segunda maior cidade da Alsácia. Possui cerca de 100 mil habitantes e a mistura cultural ali é bem grande: além de alemães e franceses, imigrações de italianos, turcos e muitos suíços também já passaram/passam por ali.
A cidade sofreu bastante com as guerras, então várias casas do centro histórico são réplicas reconstruídas após os bombardeios. Dizem que passear por ali, exatamente pela reconstrução tardia, é como passear por um cenário de filme. Se você for, você me conta?
Alsácia no Natal
E, por fim, mas absolutamente não menos importante, não dá para deixar de citar que um dos meus maiores motivos para voltar à Alsácia é o quanto a região é transformada no natal. Em várias cidades pelas quais passamos nessa viagem, como Estrasburgo, Colmar e Riquewihr, possuem lojas exclusivas de natal todo o ano. Mas a questão aqui é que as cidades simplesmente viram o endereço certo das feirinhas de natal – das mais famosas e premiadas da Europa.
E eu, como amo um natal, gostaria muito de voltar um dia para ver ao vivo e a cores todas as luzinhas, enfeites, e mercadinhos que se espalham por toda a região. Esteja preparado, no entanto, para o preço das hospedagens. Tirando isso, curta muito por mim e, quem sabe, em breve você vai ler aqui no blog como foi minha experiência por lá também nessa época especial? Amém!
E.. ufa! Aqui foi o primeiro post – e mais completo – sobre nossa viagem pela Alsácia Eu espero muito, muito, que você tenha gostado do post e que ame a viagem tanto quanto eu amei.
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