Embora a palavra adulto possa ser definida como “que ou o que atingiu o máximo de seu crescimento e a plenitude das suas funções biológicas”, também pode ser entendida como “que ou quem se encontra na fase da vida posterior à juventude e anterior à velhice”. Ou seja, seu significado é totalmente – e unicamente – uma questão de perspectiva. Mesmo assim, uma categoria intitulada intercâmbio para adultos surgiu e contempla aqueles que, depois dos 30 anos, desejam visitar outro país com o intuito de aprender, seja a língua ou a cultura do lugar.
É o caso da Keli Della Torre que, em 2019, escolheu Toronto, no Canadá, para sua experiência de intercâmbio. Além das temperaturas baixas do país, seu maior desafio foi viajar sozinha sem seu marido e seus dois filhos para aperfeiçoar o seu inglês. “Era ir ou ir”, como ela mesma disse.
E se você está aí, achando que não tem mais “pique” ou que intercâmbio é coisa de adolescente: esse relato da #serieintercambio é para você. Em tempo, muito obrigada por sua participação, Keli. Foi um prazer poder contar com o seu depoimento aqui no Voyajando!
– Qual intercâmbio você fez/está fazendo?
Fiz intercâmbio para aprimorar o inglês.
– Para qual país você foi?
Canadá
– Como foi no início?
Foi um grande desafio e estranhei muito. Primeiro porque após 19 anos de casada nunca tinha viajado sozinha, sem esposo e filhos. E segundo porque as baixas temperaturas foram desconfortáveis; não gosto de sentir frio (rs). Se eu tivesse opção teria escolhido ir no verão, mas decidi ir logo que saí do trabalho, Era ir ou ir!
– Como foram as aulas, o curso que fez?
Gostei muito da escola e de todas as aulas. Optei por curso integral – das 8h as 17h. As turmas eram separadas pelo nível do aluno em cada skill – o que dava uma oxigenada na mente e não ficava cansativo.
Isso também propiciou conhecer um número maior de pessoas de diversos países, pois participei de várias turmas de alunos com idades diferentes.
– Qual foi o momento mais desafiador que passou durante o intercâmbio?
A primeira vez que andei de metrô sozinha. Para ir e voltar da escola eu utilizava apenas um ônibus e para passear usava o metrô. Embora o conceito de metrô seja o mesmo no mundo todo (um que vai e um que volta), em Toronto há muitas linhas e opções para ir a um único lugar. Também levou um tempo para eu entender e me inteirar das opções de cartão de transporte com menor custo, pois o que eu tinha lido a respeito mudou na semana em que cheguei.
– Qual foi o melhor momento que você passou durante o intercâmbio?
A viagem de 4 dias para a parte francesa do Canadá – Montreal e Quebec – foi uma bela experiência cultural. Amei! Foi o maior frio que enfrentei na vida (-14°!) e com neve. Foi também uma excursão com pessoas totalmente novas pra mim dentro da viagem, pois entrei em um ônibus com outras 30 pessoas que não se conheciam e que compraram o passeio em uma agência de turismo aleatória na cidade.
Foi bem diferente, porém foi nesta oportunidade que fiz as amizades que cultivo até hoje e tenho as melhores lembranças do intercâmbio.
– Que dicas daria para quem pensa em fazer um intercâmbio similar ao seu?
Opte por ficar em casa de família. Essa é outra parte da viagem que vale muito a pena. Tenho ótimas lembranças e também mantenho contato frequente com minha “mãe canadense” ❤️
– Você passaria por essa experiência novamente? Ou faria outro intercâmbio?
Sim, com certeza.
– Se você fosse dar uma dica para você mesma quando decidiu fazer o intercâmbio, qual seria?
Não tenha receio de deixar sua família pra estudar; isso é muito comum.
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