Viagem para a Puglia, na Itália: dicas sobre o que fazer em Lecce capital do Salento

Como você viu aqui no blog – ou se não viu, vai lá ver clicando aqui – nossas primeiras férias de verão morando na Itália e nosso primeiro verão na Europa teve como destino a Puglia (se lê “pulhia”, ou região da Apúlia, em português). Saímos de carro de Milão, fizemos uma parada rápida em Ascoli Piceno, e seguimos na nossa road-trip italiana até Lecce, capital da região do Salento, a Puglia. É aqui que eu inicio a série de posts sobre as cidades que visitamos na região. Então nos acompanhe para ver tudo o que fazer na cidade nesse post.

Conhecida como “Florença do Sul“, por causa da sua magnífica arquitetura e cultura, Lecce me surpreendeu desde o primeiro momento que pisei no seu centro histórico no nosso primeiro dia na Puglia. A cidade foi a nossa primeira base da viagem – depois fomos para outra cidade mais ao norte – e, de lá, fomos visitando as praias da região do Salento.

É uma cidade que ousaria dizer que pode merecer a sua visita até mesmo em meses não tão quentes do ano (nós fomos no verão para a região por causa das praias da Puglia, mas posso dizer que o centro histórico já valeria o passeio). Nesse caso, é importante verificar antes se os pontos de interesse e restaurantes estarão abertos na época que você for.

Lecce ficou conhecida principalmente por ser uma cidade “barroca por excelência”, mas oferece muito mais do que o seu imenso patrimônio artístico e cultural aos turistas que enchem suas ruas no verão. Começo comentando sobre a sua cor super característica, graças à típica pedra que existe na região. Passar pelos portões da cidade e entrar no centro histórico andando pelas ruas “bege” faz você se sentir pertencente à uma outra época.

O que fazer em Lecce na Puglia? A gente mostra para você!

Até aí, nada de novidade quando se trata de cidadezinhas na Itália, certo? Mas você começa a identificar que a capital do Salento é um lugar diferente quando começa a se aproximar do “fervo”, com música ao vivo nas praças, restaurantes com mesinhas à luz de velas nas vielas e uma atmosfera quase mágica que recebe muito bem casais, mas também grupos de amigos e famílias. Tem espaço para todo mundo por ali.

Juro que não é enrolação para seguir logo com esse texto, caro voyajante. É que precisava da sua imaginação (junto com as fotos ao longo do post). Tendo isso, já começo a falar um pouco mais sobre a história dessa bela cidade. Pelas ruas já passaram vários povos, que dominaram a cidade e deixaram por ali um patrimônio histórico, arqueológico e cultural gigantesco.

Suas origens são antiguíssimas (antes de Cristo!) e os registros da dominação romana ainda estão por ali, misturadas com a exuberância do barroco do século XVIII, cheio de detalhes e riquezas em fachadas de igrejas e construções no centro histórico. Como disse ali em cima, o centrinho então é feito dessa pedra Lecce, que é um material calcário de cores quentes que era facilmente modelável, e por isso, durante o Reino de Nápoles, conseguiu transformar suas fachadas em um desfile arquitetônico de belezas.


O que fazer em Lecce, na Puglia?

Antes de mais nada devo dizer que a cidade me surpreendeu, e eu gostaria de ter deixado um pouquinho mais de tempo para o centro histórico (que é realmente lindo). Se você não quiser fazer como eu, uma ideia é contratar um walking tour (link afiliado) e conhecer melhor esse lugar cheio de história.

Piazza del Duomo

Bom, se você já acompanha o blog sabe que na maioria – para não dizer em praticamente todas – as cidades da Itália existe uma Praça do Duomo. Isso, geralmente, significa que é a praça da cidade onde se encontra a catedral. E aqui não é diferente. O Duomo – ou Catedral de Santa Maria SS. Assunta – possui duas fachadas e um campanário. Por ali, você também pode admirar outros prédios históricos como Palazzo Vescovile e o Palazzo del Seminraio.

Piazza Sant’Oronzo

Essa, pra mim, é a principal praça da cidade, pois foi ali que passei várias vezes nos dias que estive em Lecce. Restaurantes, bares, símbolos da cidade, mais uma igreja barroca e um gigante Anfiteatro Romano são as características principais da praça super bonita. Também é por ali que estavam vários dos artistas de rua que acabam trazendo uma música a mais para a cidade.

Palazzo del Seggio – Sedile

Antes de você se admirar com mais calma para o “coliseu” que tem escavado no meio da praça, olhe primeiro um pouquinho para o lado. Você vai achar ali o Palazzo del Seggio, também conhecido como Sedile. Construído entre 1588 e 1592, é uma Igreja de São Marcos, que tem até o Leão de San Marco – símbolo de Veneza – no complexo arquitetônico, representando as relações que a cidade tinha com a República de Veneza na época.

Mosaico do Brasão de Lecce

Também por ali você vai conhecer o belíssimo mosaico do brasão. Fica no centro oval da praça. Uma grandíssima loba representada em mosaico, criado em 1953. Foi restaurado recentemente e, segundo esse site aqui, o pessoal até evita de pisar no símbolo de identidade da cidade.

Coluna de Sant’Oronzo

Agora você vai olhar para a Coluna de Sant’Oronzo. Esse é outro símbolo da cidade, com 25 metros de altura, construída em 1666. No seu topo, o santo padroeiro da cidade, S. Oronzo, é homenageado. O agradecimento veio depois da peste que dizimou a população da cidade.

Anfiteatro Romano

Pronto. Agora vamos mais para perto do Anfiteatro Romano para admirá-lo com calma. Datado da primeira metade do século II d.C., ele simplesmente foi coberto de terra para servir de alicerce para novos edifícios que seriam construídos ali em cima em 1500!! Eis que, em meados de 1901, ele foi “redescoberto” e parcialmente desenterrado em 1938. Dá para ver que ele não está totalmente “desenterrado”, e provavelmente nem poderá ressurgir por completo porque existem vários prédio históricos igualmente importantes na praça (!). Sim, a Itália tem dessas!

Estima-se que o Anfiteatro Romano tinha capacidade para 25 mil pessoas. Ele tem um comprimento de eixo de mais de 100 metros e a parte enterrada sob os prédios históricos mais recentes está a cerca de oito metros abaixo do nível da praça.


Esse foi mais ou menos o “geral” que fizemos na capital do Salento. Nosso foco nessa viagem, como era verão, foi dividir a atenção entre praias da Puglia e cidades históricas e acabamos deixando a cidade como base para visitar as lindíssimas praias do Salento pois havíamos poucos dias à disposição (mais ou menos uma semana de viagem) então fizemos tudo meio correndo. Claro que você pode aproveitar muito mais a cidade se tiver tempo. De qualquer maneira, eu adorei passear por ali e ver um pouco da agitação na vida noturna no centrinho.

Falando nisso, a maioria dos restaurantes que fomos na cidade nós agendamos pelo The Fork. O aplicativo/site tem opções de reserva – e reserva de restaurante, principalmente na temporada, é importantíssimo aqui na Itália. Por isso usamos a facilidade da reserva, a possibilidade de desconto e ainda as avaliações dos usuários do aplicativo para escolher em quais restaurantes jantaríamos durante nossa estadia na cidade.

Se você for reservar pela primeira vez no The Fork, use o código 8258C6DC para se inscrever e você ganha um bom desconto para usar nos restaurantes.

Comemos um lanche de polvo delícia em Lecce!



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O Voyajando surgiu do sonho de criar um espaço para trocar dicas de passeios, restaurantes, hotéis e tudo o mais que envolve os pequenos períodos maravilhosos da vida que chamamos de viagens. São elas que nos proporcionam a possibilidade de descobrir novos universos, ter contato com outras culturas e outros jeitos de ver a vida. O Brasil e o mundo estão cheios de lugares incríveis. Vamos conhecê-los juntos?

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