Bate e volta de Dublin: fizemos a trilha de Bray a Greystones

É a nossa segunda vez na Irlanda (a primeira foi intercâmbio, e já escrevi sobre a experiência aqui). É a nossa segunda visita à Bray Head Cliff Walk, uma trilha costal que liga a cidade de Bray a Greystones, ambas localizadas no condado de Wicklow, vizinho a Dublin. Até lá a viagem é rápida, por isso é super possível de se fazer um bate-e-volta em um final de semana ou um dia de folga. Para quem estiver precisando de contato com a natureza, não há lugar melhor. O cenário é de tirar o fôlego – principalmente na Primavera! – e existe toda uma infraestrutura para os menos dados a aventuras (como eu!). Ah, e vale comentar aqui que é vice-e-versa, viu? Se você quiser começar a trilha em Greystones e terminar em Bray, você pode. O poder é seu! Nas duas vezes que eu tive a oportunidade de fazer essa trilha, fomos por Bray.

Como chegar até Bray?

Bray é uma cidade vizinha de Dublin e super acessível de transporte público. Ela fica no condado de Wicklow. Da primeira vez fizemos a trilha, nós fomos de trem (Dart) e demoramos cerca de 40 minutos para chegar até lá. Mais recentemente, experimentamos a rota de ônibus (a linha 155 do Dublin Bus) passa tanto do lado ímpar quanto do lado par da cidade e acaba sendo o meio de transporte mais interessante para quem quer dar aquela economizada. O percurso durou cerca de 1h. Com o leap card (que é o cartão de transporte daqui – e existe a versão turista) você paga no máximo 2,50 euro no trecho e 7 euro por dia (independente da quantidade de ônibus que você pegar). Mas, dependendo de onde você estiver na capital da Irlanda e o tempo disponível, talvez o trem seja um melhor negócio pela rapidez. Vale estudar a rota, combinado? E, claro, indo de ônibus você está sujeito ao fator trânsito.

Ir de trem ou de ônibus, tanto faz. Nós descemos exatamente no mesmo lugar, que é na estação ferroviária Bray Seafront. Dali fica fácil encontrar o início da trilha, conhecida como Bray Head Cliff Walk. O primeiro passo é chegar na praia que, por sinal, é de pedras, e andar para a direita. Tem uma grande cruz localizada em cima do monte (chamado Bray Head) no final da praia que ajuda você a se encontrar. É ali! Depois, é só seguir, e seguir, e seguir, e seguir, e seguir (me senti a Dory de Procurando Nemo agora e o seu “continue a nadar”, hahaha)

E voltar?

Não vou largar você na mão, voyajante. Na primeira vez entramos na estação e voltamos para Dublin de trem mesmo. E na segunda visita era essa a nossa intenção também. Porém decidimos ir em um domingo pré-feriado – aqui chamado de bank holiday – e acabou que a companhia que administra o Dart decidiu fazer manutenção na linha neste mesmíssimo final de semana. Acabamos pegando o ônibus – 84, também Dublin Bus e serve o leap card – de volta para Bray e de lá pegamos o 155 (a mesma linha da ida) para voltar para a capital da Irlanda. Deu certo! Vale exaltar aqui o aplicativo Moovit que funciona super bem aqui na Ilha Esmeralda.


E esse passeio já está disponível também em vídeo! Já segue o Voyajando Blog no Youtube?

A trilha

Uma vez que você chegou em Bray, é bem tranquilo encontrar a trilha. Mas, antes de começá-la é minha sugestão você ir no banheiro por ali mesmo. Depois, só em Greystones (que por experiência própria parece mais longe quando se está apertada, hahaha). Oficialmente a trilha possui sete quilômetros, mas a gente acaba fazendo mais do que isso já que existem maneiras de “sair” do caminho principal para fotos. Seja para chegar no pico do Bray Head, com 250 metros de altura, que é onde você encontra a cruz, seja para tirar foto das famosas flores amarelas. Mas, tome cuidado. Embora o penhasco seja cercadinho, a gente sempre vê na trilha uma galera se arriscando nas beiradas ou subindo nas muretas. É perigoso. Até porque é comum encontrar na imprensa irlandesa notícias sobre deslizamentos de terra na região. Logo, mantenha-se nos caminhos pré-estabelecidos e voilà. Você vai conseguir ver e aproveitar bastante.

Na primeira parte da trilha você encontra também – um número limitado de – mesas e bancos para piqueniques, caso esteja a afim de comer algo em meio à natureza. Só não se esqueça de levar seu lixo embora com você, combinado? Mas, é válido ressaltar, que tanto em Bray quanto em Greystones você encontra restaurantes, pubs e cafeterias para esticar o seu passeio antes ou depois da caminhada. Existe uma infraestrutura muito bacana nas duas regiões e você não ficará a ver navios se for desprovido de comes e bebes.

O que ver na trilha e Bray a Greystones?

A trilha costal entre Bray e Greystones por si só já é um atrativo. Durante todo o caminho você observa o Mar da Irlanda, os penhascos, a linha de trem e a vegetação nativa que, dependendo da estação do ano, pode ser bem colorida. Principalmente pela cor amarela. Durante todo o trajeto você encontra as canolas, e de forma mais incisiva mais perto de Greystones. Por isso, se não quiser fazer a trilha completa e quiser ver somente as flores, só começar pelo outro lado. Elas são muito fotogênicas, pois deixam ensolaradas todas as fotos que você tira por lá (e eu fui em dia nublado, acredite em mim!).

História da trilha

Acredita-se que a trilha entre Bray e Greystones tenha surgido na Idade Média. A que existe hoje, a Bray Head Cliff Walk, surgiu por volta de 1840 com a circulação de homens e equipamentos na região graças à construção da linha férrea que ligaria Dublin, a capital do país, até Greystones. Na época, ela era uma vila de pescadores com 93 habitantes e hoje é dona de uma marina bem charmosa que você encontra assim que sai da trilha. Tanto Bray quanto Greystones, aliás, se modernizaram e cresceram com a chegada da linha de trem.

Já a cruz que adorna o Bray Head é de pedra e foi colocada ali nos anos 50. Lá de cima você tem uma visão panorâmica de Bray, do nordeste de Wicklow e da Baía de Dublin.



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