Bate-volta de Milão para Turim: um dia no Museu Egípcio e no Museu do Automóvel

Você pode achar ousado fazer um bate-volta de Milão para Turim, mas nós resolvemos arriscar. E essa pode ser uma boa ideia para você que tem um tempinho a mais na cidade milanesa – assim como Bérgamo, que já contamos nesse post, clica aqui. Ao contrário de outros bate-voltas de Milão, capital da Lombardia, Turim fica em outra região, no Piemonte (onde fizemos nossa cidadania italiana, lembra?). Saímos de Milão cedinho em um domingo nublado e chegamos à Turim por volta das 8h30 da manhã. Ficou com vontade de fazer o mesmo? Pois então hoje vamos compartilhar o roteiro com você, do nosso um dia pela cidade no Museu Egípcio e no Museu do Automóvel? – ou o que deu para fazer por lá nesse tempinho hahahaha.

Desde sempre o início, meu foco em Turim sempre foi um só: o Museu Egípcio. E como fiquei frustrada na primeira vez que fui à cidade para conhecer e não pudemos entrar porque estava fechado por conta da pandemia do Covid-19. Pois então, assim que abriu a Zona Amarela no Piemonte em que reabriram a maioria dos museus, lá fomos nós. E como o Bruno queria conhecer o Museu Nacional do Automobilismo, também em Turim, acabou que o dia na cidade foi bem corrido, mas mesmo assim super bacana.

Turim merece mais do que um bate-volta, mas é possível conhecer um pouco da cidade em um dia

Um adendo aqui e que ajudou na programação foi o agendamento prévio dos museus. No nosso caso, foi uma exigência dos tempos de pandemia, em que para controlar a entrada dos visitantes, todos os museus devem ser previamente agendados para serem visitados de fim de semana. No entanto, se você nos acompanhou nas outras viagens pela Itália, sabe que agendar a ida aos museus ajuda bastante na programação dos horários, fizemos isso com a Galeria Uffizi, em Florença, e também com a Galeria Borghese, em Roma, por exemplo.

Bate-Volta Milão para Turim

Saímos de Milano Centrale, a principal estação de trem de Milão, bem cedinho, por volta das 6h30. A estação é abastecida por linhas de metrô, então é bem tranquilo chegar até lá. Foram cerca de duas horas de trem regional até Turim e chegamos na capital do Piemonte às 8h30. O valor do trem, por pessoa, foi de 10,90€ o trecho de ida (a volta foi mais ou menos o mesmo valor).

O trem regional é mais devagar e, às vezes, tem a necessidade de trocar de trem em baldeações. Nesse caso ele foi direto, então a única questão mesmo foi a velocidade, se comparado ao trem de alta-velocidade. No entanto, o valor é bem mais acessível – às vezes menos da metade do valor – então você precisa ver qual dos dois compensa mais (se o tempo, ou o valor).

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Vou contar no detalhe como foi a visita a cada um dos museus aqui embaixo mas, já de adianto, digo que foi um dia corrido e cansativo. Não digo que não vale a pena ou que não compensa o bate-volta, a viagem de trem em si foi tranquila, mas acredito que não temos mais idade para dois museus grandes como esses no mesmo dia, hahahahaha. Lamentações à parte, os dois museus foram interessantíssimos – até o do automóvel, veja você – e recomendo bastante que você coloque eles no seu roteiro caso se interesse pelos temas.

Como falei ali em cima, durante a zona amarela da pandemia na Itália, a visita aos museus aos finais de semana deveriam ser agendados antecipadamente. Pois bem, quando decidimos fazer o bate-volta à Turim, corremos para agendar o Museu Egípcio mas não haviam mais ingressos para a visita de manhã, então agendamos para a tarde. O Museu do Cinema, que seria a nossa segunda opção, não estava aberto ainda na ocasião – foi o primeiro fim de semana de reabertura – então optamos pela nossa terceira opção – ou a do Bruno, hahahaha – que foi o Museu do Automóvel.

Já se você prefere passear no centrinho de Turim e conhecer a cidade, é também super possível. Para nós, fica para uma próxima. Dessa vez não conseguimos explorar bem a cidade porque estávamos dedicados à conhecer o museu. Quem sabe em um próximo bate-volta?


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Museu do Automóvel de Turim

Chegamos cedinho em Turim, tomamos um bello cappuccino e seguimos para o bairro um pouco afastado, onde fica o Museu do Automóvel de Turim. É possível chegar até lá de metrô mas, como tínhamos bastante tempo, resolvemos ir a pé – grave erro, porque eu andaria muito nesse dia ainda.

Pois bem, chegamos ao museu perto do horário de abertura e também do nosso horário que já havia sido agendado anteriormente (durante a pandemia, era necessário agendamento para controlar o número de visitantes). Entramos e, já de início, fiquei positivamente surpreendida com a interatividade e tecnologia que parecia que eu veria ali. Mesmo para mim, que não sou uma fã de automóveis, achei a exposição muito bem construída. A história do automóvel é contada com o passar dos anos, então é bem bacana ver aos poucos a evolução das máquinas.

São três andares com muitos e muitos carros disponíveis para serem conhecidos. Fãs de design também podem se beneficiar, já que a gente vai acompanhando a evolução das máquinas com o passar dos anos e das necessidades que foram identificando para torná-las cada vez melhores, mais confortáveis, mais rápidas, mais potentes. Separe ao menos duas horas para percorrer todo o percurso com calma – nós levamos mais, claro.

A história do museu começa em 1932, com a ideia de dois pioneiros do automobilismo da Itália, Cesare Gorria Gatti e Roberto Biscaretti di Ruffia (primeiro presidente do Clube de Automobilismo de Turim e o fundador da Fiat). O filho do Roberto, chamado Carlo, que fez a primeira exposição inaugural, com o objetivo de mostrar a história do automobilismo nacional até ali. Hoje, o museu reúne uma das coleções mais raras e interessantes do seu gênero, com mais de 200 veículos originais e mais de 80 diferentes marcas de todo o mundo.

Museu Egípcio de Turim

Conhecer o Egito para mim é um sonho desde criança! E toda vez que chego mais perto dessa cultura, mais encantada eu fico. Foi assim no Museu do Vaticano em Roma, que tem uma parte dedicada ao Egito, e com certeza foi assim agora, no Museu Egípcio de Turim. O museu é o mais antigo do mundo totalmente dedicado à cultura egípcia, além disso, é considerado o segundo mais importante do mundo nesse tema – perdendo apenas para o museu do Cairo.

Um museu que vale muito ser conhecido

Fundado em 1824 em um prédio chamado de Collegio dei Nobili – projeto de 1679, de Michelangelo Garove – o museu abre suas portas ao público em 1832. Tem em sua coleção itens como o papiro mais longo preservado em um Museu Egípcio, com 1847 cm; 24 múmias humanas, 17 múmias de animais e a estátuta de Sethi II, de 5 toneladas!

A visita começa em uma ala dedicada inteiramente para responder a pergunta que todos nós nos fazemos: mas por quê um museu do Egito em Turim, na Itália? Pois então, o foco ali é explicar a história do museu, as expedições feitas ao Egito para encontrar os artigos para compor o museu, como as peças chegaram ali e tudo o mais. Logo na sequência, começamos a visita ao museu de fato e mergulhamos na cultura egípcia e nas várias fases e histórias que englobam esse universo.

Eu estava cansadíssima da visita ao Museu do Automóvel de manhã – já havíamos caminhado muito – e o museu é realmente gigante. Mas mesmo o cansaço não diminuiu o esplendor da coleção de mais de 3,3 mil peças expostas nas salas do museu. São papiros, sarcófagos e objetos da vida cotidiana que fazem a gente viajar no tempo. Se você levar um fone de ouvido, pode ainda direcionar a câmera do seu celular para QR Codes espalhados pelas salas e acompanhar explicações diretamente dos historiadores parceiros do museu, no canal do Youtube deles.

Uma dica que, infelizmente, não conseguimos seguir foi a de agendar e comprar ingresso com a explicação de guia. Os grupos guiados passavam por nós toda hora e sempre acompanhados de guias que passavam um panorama geral da sala, mostravam os principais objetos e traziam informações a mais para deixar a visita ainda mais interessante. Quando compramos os ingressos para o museu, os bilhetes com acompanhamento de guias já estavam todos esgotados. =(

São 4 mil anos de história, arqueologia e arte, né minha gente? Então o percurso inteiro do museu é dividido em 15 salas, com quatro andares! É muita informação então saímos de lá até meio tontos, hahahaha. Mas a questão maior é que você pode curtir o museu no seu tempo, ir lendo com calma e absorvendo a história e a arte egípcia da maneira que quiser. Aqui só vai mais uma dica: fique atento ao horário de fechamento do museu, porque – na nossa opinião – o melhor fica no final, na Galeria dos Reis, e foi exatamente onde tivemos menos tempo para admirar e olhar com calma – já que o museu fecharia dali a alguns minutos.

No mais, não preciso dizer que adorei a experiência, né? Com certeza quero voltar ao Museu Egípcio de Turimdessa vez descansada, sem nenhum museu antes e, se possível, com guia – para poder aprender ainda mais sobre essa cultura!


Após sairmos do Museu Egípcio, nós aproveitamos para tomar um belo aperitivo antes de pegar o trem de volta para casa. Foi corrido? Foi. Mas foi também um domingo muito bacana e aqui trouxemos a possibilidade de mais um bate-volta rapidinho, se você estiver hospedado em Milão. É claro que se você tiver mais tempo, Turim merece a sua atenção porque, como dissemos ali em cima, é uma cidade rica em histórias e museus interessantes.

A gente em Turim, tomando nosso belo aperitivo antes de voltar para casa.

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