Viajar de avião na pandemia? Como foi o nosso voo de Guarulhos (SP) à Zagreb, na Croácia

Vocês já viram aqui no blog que 2020 nos trouxe muitas surpresas. Entre elas o cancelamento do voo à Itália em março – viríamos à terra da bota nesse mês para o reconhecimento da cidadania italiana -; uma mudança total de planos e uma viagem à Croácia em outubro (para ficar 15 dias longe do Brasil e poder entrar na Itália na sequência). Nem nos meus maiores sonhos loucos eu imaginaria como seria esse ano e que faria uma viagem de avião no meio de uma pandemia. Na época, achei pouquíssimas informações sobre como seria esse voo e como já recebi algumas perguntas sobre isso, resolvi escrever esse post contando como foi o nosso voo de Guarulhos (SP) até Zagreb, na Croácia.

((((Pois bem. Se você está chegando aqui agora, saiba que não queremos incentivar ninguém à viajar – ou a não viajar – nessa época de pandemia. O Covid-19 trouxe mudanças profundas em nosso modo de viver como sociedade e inclusive na nossa maneira de turistar por aí. Acreditamos, no entanto, que cada pessoa tem suas razões e motivos para pegar um avião – assim como tivemos os nossos por razões muito particulares da nossa cidadania italiana. Também creio que, se você chegou aqui, é porque de alguma forma já decidiu – ou está pensando – em viajar de avião nesse período. Lembrando também que tudo que escrever aqui é com base na minha experiência pessoal, beleza?)))

Alinhados estamos, então seguimos viagem, rs.

Máscaras devem ser usadas durante todo o tempo, no aeroporto e no avião.

Compra de passagens

A primeira diferença dessa viagem de avião foi o prazo para compra das passagens. Como disse ali em cima, tivemos nosso voo cancelado em março pelo fechamento das fronteiras no mundo todo. Viríamos para Itália de Alitalia no fim de março, que nos ofereceu um voucher para remarcarmos a viagem dentro de um ano. A primeira parte foi relativamente ok, a @jeaninecarpani ligou para a companhia aérea e em pouco tempo eles nos enviaram o voucher. Como ainda não remarcamos, não sei se essa segunda parte vai ser tranquila também.

Então para não corrermos riscos de cancelamento e fechamento das fronteiras, lá para setembro, começamos a ver as possibilidades de entrada na Itália quase que diariamente, acompanhávamos o site do governo italiano e também outros monitoramentos de abertura, fechamento e restrições das fronteiras (como esse mapa que já falamos aqui no blog). Foi nessas pesquisas diárias que vimos que após passar 14 dias na Croácia, poderíamos dar entrada na Itália pela fronteira terrestre. Compramos então as passagens pela Turkish Airlines para o início de outubro.

Eis o primeiro – ou segundo, se você considerar o cancelamento da viagem de marçoplot twist desse rolê: na semana do embarque, recebemos um e-mail da Turkish dizendo que o voo estava cancelado. E fim. Zero explicações e ligue para reagendar. Não podíamos reagendar. O contrato da casa que alugamos estava com data para entrada, todas as hospedagens da Croácia já estavam marcadas – sem cancelamento. OU SEJA. Corram para as colinas.

Ligamos, mandamos e-mail, sinal de fumaça e pombos correios para reaver o dinheiro das passagens. Conseguimos – depois de tudo isso – com uma certa facilidade também. Algumas ligações de telefone depois, e o dinheiro estava de volta no cartão de crédito.

Próximo passo: achar outro voo na data próxima, para conseguirmos usar as reservas que já havíamos feito e não precisar mexer muito na documentação do contrato na Itália. Achamos a opção de voo pela KLM, com escala em Amsterdã (que não permitia a entrada de viajantes provenientes do Brasil, mas permitia a escala rápida no aeroporto), rumo à Zagreb, capital da Croácia. E foi esse aí que nós compramos e que pegamos e que eu conto aqui no post.

Teste de covid no Aeroporto de Guarulhos

Como disse, nosso voo saiu do aeroporto de Guarulhos no início de outubro, com escala em Amsterdã e destino final Zagreb. Para entrar na Croácia, o país exigia teste negativo PCR para Covid-19 feito até 48 horas da chegada no país. Além desse limite de tempo, havia o fato do nosso voo sair em um domingo (dia que boa parte dos laboratórios estão fechados) e que boa parte dos laboratórios só fazia o teste com pedido médico (que não tínhamos, pois não estávamos com os sintomas). Tudo isso dificultou um pouco o planejamento dessa nossa viagem no início, mas aí descobrimos que recentemente havia aberto no aeroporto de Guarulhos um laboratório que fazia testes particulares sem agendamento, e entrega o resultado em até quatro horas, com laudos em inglês e português.

Já contamos essa experiência aqui no blog (clica aqui para ler o relato completo) – e até para a Folha de S. Paulo, rs. O fato é que a presença do laboratório no aeroporto facilitou em muito o cumprimento desses prazos que os países estão impondo para entrada de estrangeiros. Então fizemos o teste de manhãzinha, fomos almoçar, e depois voltamos ao aeroporto para pegar o laudo – negativo, ufa – e embarcar.

Teste de COVID-19 no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo

minha viagem pela KLM

Tirando o fato do aeroporto, em um domingo no início de outubro de 2020, estar completamente vazio e diferente do que estávamos acostumados, o procedimento de check in (feito pelo celular no dia anterior) e despacho de bagagens foi bem igual. A única mudança foi que havíamos reservado assentos uma do lado da outra e a funcionária da KLM sugeriu que eu passasse para a fileira de trás da @jeaninecarpani, afim de termos mais conforto durante a viagem, já que o voo estava bem vazio.

A funcionária também nos alertou que fossemos direto para o portão do embarque quando estivesse próximo ao voo. Como o avião estava bem vazio, o procedimento de embarque seria finalizado rapidamente – o que realmente aconteceu.

A dica aqui é realmente ficar atento às instruções da companhia aérea. Algumas, por exemplo, pedem até para levar máscaras cirúrgicas para trocar a cada X horas. Nós fomos preparadas: estávamos com nosso kit de máscaras, alcool em gel em abundância e tomando todos os cuidados – e o teste negativado de Covid já estava na pastinha com os demais documentos importantes para a entrada na Croácia.

O embarque aconteceu de maneira ordenada, por fileiras para que não houvesse tumulto. O voo, como disse ali em cima, estava realmente bem vazio, então os procedimentos de embarque na aeronave foram rápidos e eficientes. Sem aquela aglomeração colocando malas de mão no bagageiro, rs.

Realmente fomos em fileiras separadas, como praticamente todo mundo no avião. Outra mudança também foi que não pudemos escolher o que iríamos comer, então as refeições eram iguais para todo mundo – só podia escolher a bebida. Tudo em embalagens descartáveis plásticas. Ah, e nada de água servida em copinho, foram distribuídas garrafas de água para todo mundo – o que eu particularmente, adorei. Depois do jantar, ganhamos esse saco plástico aqui embaixo cheio de quitutes para uma fominha noturna, caso houvesse.

Só pudemos – e só tiramos – as máscaras para comer. O voo era noturno, então dormimos de máscara e foi uma experiência bem esquisita – e não tão boa, mas necessária, né? De manhã, o procedimento foi o mesmo: café da manhã igual para todo mundo, tudo muito rápido, e você só podia escolher o que beber.

O desembarque, como sempre, foi um pouco mais bagunçado do que o embarque. Mas como o voo estava vazio, ocorreu tudo bem. No aeroporto de Amsterdã, não passamos em controles de imigração, mas pegamos uma fila enorme para passar por raio-x para análise das bagagens de mão. No mais, o mesmo esquema combo = distanciamento social + máscara + gel para todo o lado.

Nossa escala era de apenas uma hora e pouquinho e logo já estávamos embarcando de novo para Zagreb. Nesse segundo voo, o avião era BEM menor, por isso não houve nenhum distanciamento social, nem no embarque e nem na aeronave (todo mundo sentado junto, como sempre aconteceu). O uso de máscaras, claro, continuou obrigatório, mas ali parecia que as coisas estavam mais “normais” do que deveriam…

Chegada à Croácia

Já contei aqui no primeiro post sobre a Croácia um pouco do perrengue que passamos na imigração, então nem vou repetir aqui para não me estressar, kkkkk (mas, vai lá ler). Tirando o preconceito dos policiais da imigração, nós ficamos também espantadas como no aeroporto de Zagreb as coisas estavam diferentes do Brasil. A grande maioria dos policiais imigratórios estavam SEM máscara. Conversando entre eles sem distanciamento, sem máscara, como se não houvesse amanhã, inclusive quando nos levaram para a salinha para ver as nossas malas.

O aeroporto de Zagreb simplesmente vazio no fim de novembro de 2020 (quando o Bruno e o Gian viajaram para lá)

Na época – lembrando que fomos no início de outubro de 2020, quando o Bruno e o Gian foram no fim de novembro estavam já todos de máscara -, a Croácia estava com pouquíssimos casos de Covid-19 detectados e, talvez por isso, estavam mais “relaxados” com relação aos cuidados orientados pela OMS.

E foi isso! Essa foi a nossa experiência com relação ao voo da KLM que pegamos no início de outubro para Zagreb, com escala em Amsterdã. No geral, foi bem tranquilo. Tirando o fato de viajar de máscara e, claro, ficar atentas o tempo inteiro com relação às regras de segurança e saúde.

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